quinta-feira, 23 de abril de 2009

A Primitiva casa de Joaquim Pires Mendes

Palacete no Campo Grande, n.º 101-103, Lisboa (fotografia de Margarida Elias, 2009).
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Aindei bastante para encontrar algo sobre este palacete, que é um dos meus preferidos da cidade de Lisboa.
Descobri na internet que foi o palacete de Joaquim Pires Mendes, sendo da autoria do Arquitecto José da Purificação Coelho e edificado em 1911.
Segundo o Lifecooler é um «edifício de planta rectangular coberta por telhado de 2 águas, onde se misturam elementos clássicos, barrocos, românticos e Arte Nova. Na fachada principal encontram-se registos de azulejos em que o motivo principal são as alegorias». Foi classificado como Imóvel de Interesse Público pelo Dec. nº 2/96, DR 56 de 6 Março 1996.
De acordo com o IPPAR:
«A primitiva casa de Joaquim Pires Mendes sofreu grandes obras de reedificação no início do século XX, segundo o risco do arquitecto José Coelho. Destas obras destacamos a reconstrução total dos espaços interiores com aplicação de cantarias, alvenaria rebocada e pintada e friso de azulejos (com motivos alegóricos: puttis, cisnes e flores) nos panos murários exteriores. A construção, de planta longitudinal e volumetria paralelipipédica, desenvolve-se em três registos - cave e dois andares. A fachada principal composta por um corpo central, é ladeada por dois corpos divididos em três partes por pilastras de cantaria com decoração vegetalista, encimadas por cornija e coroadas por jarrões. Da profusão de decoração arquitectónica salientamos a porta principal realizada em madeira almofadada, ladeada por duas janelas de fresta com vãos em ferro e com um arco abatido de cantaria talhado com folhas entrelaçadas, a partir do qual arrancam mísulas decoradas onde assenta a varanda do segundo piso. Este edifício traduz um gosto eclético aplicado à arquitectura civil residencial».
Concluindo, para meu espanto, que afinal não estou sozinha na minha admiração por este edifício, deixo aqui citado o texto de outro blogue:
«Em 1911 / 1913 foi reconstruído, segundo projecto do arquitecto José Coelho, do palacete unifamiliar ao Campo Grande, antiga casa de quinta, (completa reconstrução do interior, mantendo-se o perímetro murário externo, embora com aposição de cantarias e elementos decorativos, aproveitando-se o anexo destinado a celeiro e a adega).
Em 1937 deu-se a expropriação parcial da quinta para áreas afectas à futura Cidade.
Em 1990, uma parte do terreno foi vendida ao Colégio Moderno.
Trata-se de um edifício elegante e luxuoso onde se misturam elementos clássicos, barrocos, românticos e Arte Nova (porta principal emoldurada por folhas entrelaçadas, ladeada por janelas decoradas a ferro por motivos ondulantes). Na fachada principal acentuam-se 3 eixos de simetria, o corpo central e o pano central dos corpos flanqueantes. O registo de azulejos da fachada principal tem como motivo várias alegorias: o central representa o comércio e a indústria, os laterais, representam as 4 estações do ano».
Gostava agora de descobrir agora alguma informação sobre o arquitecto e, se possível, sobre o proprietário.

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IPPAR

Esta Lisboa que eu amo

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