segunda-feira, 31 de agosto de 2009

O Mar

Pintura de Salvador, O Penedo de Santa Cruz.
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Há muito que deixei aquela praia
De grandes areais e grandes vagas
Mas sou eu ainda quem na brisa respira
E é por mim que espera cintilando a maré vasa.

domingo, 30 de agosto de 2009

«Chessboard With Flower Border»

Pintura de Giovanni Battista Salvi, Chessboard With Flower Border (1619).
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Para o Gonçalo.
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«Todo o tempo que não seja passado com amor é desperdiçado».
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Tasso (século XVI)
-citado por Ana Belo.-

sábado, 29 de agosto de 2009

Entusiasmo


Pintura de Iman Maleki, A Custodian's house (2001).
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«Nem que seja para fazer alfinetes, o entusiasmo, é indispensável para sermos bons no nosso ofício».

sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Uma moradia Art Déco em Lisboa


Moradia Avenida 5 de Outubro (n.º 207-215) (Fotografia de Margarida Elias, 2009).
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Esta moradia de Pardal Monteiro na Avenida 5 de Outubro em Lisboa, é um exemplo de edifícios de tendência Art Déco que este arquitecto desenhou para a cidade, tendo recebido o Prémio Valmor em 1929. Pardal Monteiro (1897-1957) é um dos meus arquitectos favoritos, autor também da Estação do Cais do Sodré, do Instituto Nacional de Estatística e da Igreja de Nossa Senhora de Fátima, por exemplo. Foi professor de arquitectura e presidente do Sindicato dos Arquitectos. França considera-o um dos «precursores do modernismo em Portugal».
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Dados biográficos: José-Augusto França (1991).

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Crianças


Pintura colectiva de crianças de 3 e 4 anos (creche do Povo, 2009).
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«When I approach a child, he inspires in me two sentiments; tenderness for what he is, and respect for what he may become».
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quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Não me Peçam Razões...


Silo no Castelo dos Mouros - Sintra (Fotografia de Margarida Elias, Agosto de 2009).
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Não me peçam razões, que não as tenho,
Ou darei quantas queiram: bem sabemos
Que razões são palavras, todas nascem
Da mansa hipocrisia que aprendemos.
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Não me peçam razões por que se entenda
A força de maré que me enche o peito,
Este estar mal no mundo e nesta lei:
Não fiz a lei e o mundo não aceito.
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Não me peçam razões, ou que as desculpe,
Deste modo de amar e destruir:
Quando a noite é de mais é que amanhece
A cor de primavera que há-de vir.
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terça-feira, 25 de agosto de 2009

O Passado


Igreja de São Pedro de Penaferrim - Castelo dos Mouros (Fotografia de Margarida Elias, Agosto de 2009).
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«Na vida do homem no passado, tudo o que pertenceu a esse homem, quer como indivíduo, quer como elemento social ocupa o historiador, e ocupa-o com igual importância e dignidade».
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A. H. de Oliveira Marques (1981).

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Visível vs. Inteligível


Árvore do Castelo dos Mouros - Sintra (Fotografia de Margarida Elias, Agosto de 2009).
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«Creio que não há nenhuma coisa visível e corporal que não signifique algo de incorpóreo e de inteligível».
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Escoto Eriúgena (citado por Umberto Eco - 1989).

domingo, 23 de agosto de 2009

«O Castelo de Monte Salvat»

Castelo dos Mouros - Sintra (Fotografia de Margarida Elias, Julho de 2009).
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«Um dos lugares de maiores tradições ligadas aos Mouros sintrianos é indubitavelmente o seu misterioso Castelo dilatando-se do cume pelas encostas do Monte das Penhas ou dos Penedos (...)»
«Mas este não é mais um castelo... é uma Rábita ou Templo-fortaleza de Cavaleiros monges, primitivamente Fatímidas. A dupla muralha (...) possui o sentido iniciático de peregrinação para o centro, o Centro Primordial (...) que depois veio a ser a Capela de S. Pedro de Penaferrim (...)».
«Ainda a ver com este Castelo de Sintra se liga a lenda de Melides, que assim conta: Após a conquista de Santarém, o rei D. Afonso Henriques impôs um cerco a Lisboa, que se estendeu por três meses. (...) o soberano incumbiu D. Gil, um cavaleiro templário, que formasse um grupo com vinte homens (...) para secretamente irem ali observar o movimento inimigo, (...). Entre Colares e o Penedo, Nossa Senhora aparece aos receosos cavaleiros e lhes disse: «Não tenhais medo porque ides vinte mas ides mil, mil ides porque ides vinte». Desse modo, cheios de coragem, (...) ao final de cinco dias de percurso confrontaram o inimigo, derrotando-o e conquistando o Castelo dos Mouros de Colares. Em homenagem a este feito foi erguida a Capela de Nossa Senhora de Melides».
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Vítor Manuel Adrião (2007).

sábado, 22 de agosto de 2009

Convento dos Capuchos: ainda...


Convento dos Capuchos - interior (Fotografia de Margarida Elias, Julho de 2009).
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«Escavado na penha viva, talhada de maneira a constituir um eremitério de ascetas, um cenóbio perfilando-se verdadeiro Santuário Jina aflorado miraculosamente das entranhas da Terra, único em seu género na Europa. Nele, austeridade e conforto, isolamento e aproximação acasalam-se discreta e naturalmente. Aqui sente-se mais a Serra e sente-se mais o Criador na criatura!...»
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Vítor Manuel Adrião (2007).

André Reinoso: Convento dos Capuchos



Ermida do Senhor no Horto - Convento dos Capuchos (Fotografia de Margarida Elias, Julho de 2009).
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Na entrada da Ermida do Senhor no Horto estão, de cada lado da entrada, dois frescos: um figurando São Francisco de Assis e o outro Santo António de Lisboa. As pinturas são atribuídas a André Reinoso, pintor do século XVII que foi considerado «hum dos mais avantajados e milhores pintores da sua profição de oleo e immaginaria que avia em todo este Regno». Terá sido discípulo de Simão Rodrigues e autor de pinturas da Igreja de São Roque (na capela do Menino Perdido), bem como de uma Adoração dos Magos do Museu Nacional de Arte Antiga.
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Biografia baseada em Fernando de Pamplona (2000).

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Tudo tem o seu oposto


Convento dos Capuchos (Fotografia de Margarida Elias, Julho de 2009).
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Tudo é duplo, tudo é polaridade, tudo tem seu oposto,
o igual e o diferente são a mesma coisa.
Todas as verdades são meias verdades:
tudo é igual e todos os paradoxos podem ser reconciliados.
O bem e o mal, a inteligência e a ignorância, tudo é igual.
Tudo existe e não existe ao mesmo tempo.
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Hermes Trimegisto.

terça-feira, 18 de agosto de 2009

Figueira da Foz: regresso...


Praia da Figueira da Foz (Fotografia de Margarida Elias, Agosto de 2009).
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«Adeus praia da Figueira,
adeus meu querido banheiro,
a saúde vai na mesma,
a carteira vai sem dinheiro».
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Quadra citada por Delfina Elias.

sábado, 15 de agosto de 2009

Dia de Nevoeiro


Fotografia de Margarida Elias (Figueira da Foz, 2009).
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Não sou nada.
Nunca serei nada.
Não posso querer ser nada.
À parte isso, tenho em mim todos os sonhos do mundo.
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Fernando Pessoa / Álvaro de Campos
Excerto do poema «Tabacaria», in Os Poemas da Minha Vida de Diogo Freitas do Amaral.

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Existir

Praia Azul - Santa-Cruz (Fotografia de Margarida Elias, 2009).

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To exist is to change, to change is to mature, to mature is to go on creating oneself endlessly.

terça-feira, 4 de agosto de 2009

Ermida de Nossa Senhora das Neves



Fotografias da Ermida de Nossa Senhora das Neves (Margarida Elias, 2009).
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Dia 5 de Agosto é dia de romaria à Ermida de Nossa Senhora das Neves, na Serra de Montejunto.
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«Quase no topo da Serra de Montejunto, fica situada a Ermida de Nossa Senhora das Neves, edificada, nos começos do Séc. XIII, pelos Frades Dominicanos. Junto à referida Ermida, podem observar-se as ruínas do primeiro convento da Ordem dos Dominicanos, fundado em Portugal».
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segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Liberdade


A Praia Azul - Santa Cruz (Fotografia de Margarida Elias, 2009).
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Aqui nesta praia onde
Não há nenhum vestígio de impureza,
Aqui onde há somente
Ondas tombando ininterruptamente,
Puro espaço e lúcida unidade,
Aqui o tempo apaixonadamente
Encontra a própria liberdade.
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Sophia de Mello Breyner Andresen

Elizabeth Vigée-Lebrun

Pintura de Marie-Louise-Elisabeth Vigée-Lebrun, Madame Vigee-Lebrun et sa Fille (1786, Museu do Louvre, Paris).
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Voltando à pintura do século XVIII, esta foi uma descoberta para mim, por causa de um trabalho que ando a fazer. Marie Vigée-Lebrun (1755-1842) foi uma pintora francesa que foi favorita de Maria Antonieta. Autora de muitos e bons retratos, fez alguns autorretratos com a filha, que eu acho lindíssimos.
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A mother's love is patient and forgiving
when all others are forsaking,
it never fails or falters,
even though the heart is breaking.
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