sexta-feira, 30 de abril de 2010

Maio

Gravura de Eugène Grasset, Mai, in Les Mois (1896, Davidson Galleries).
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Primavera
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Primavera que Maio viu passar
Num bosque de bailados e segredos
Embalando no anseio dos teus dedos
Aquela misteriosa maravilha
Que à transparência das paisagens brilha.
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quinta-feira, 29 de abril de 2010

Acasos

Pintura de Edward Henry Cobould, Les Amants.
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Constelações 1
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De todos os fantásticos acasos
acaso foste tu
o mais constante.
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Poema de João Mattos e Silva (1986).

quarta-feira, 28 de abril de 2010

Flores da Primavera

Pintura de Dante Gabriel Rossetti, La Ghirlandata (1873).
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«Les fleurs du printemps  sont les rêves de l'hiver racontés, le matin, à la table des anges».

terça-feira, 27 de abril de 2010

A Janela sobre o Jardim I

Pintura de Iosif Krachkovskiy.
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«A leaf fluttered in through the window this morning, as if supported by the rays of the sun, a bird settled on the fire escape, joy in the task of coffee, joy accompanied me as I walked».
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Anaïs Nin
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segunda-feira, 26 de abril de 2010

A Janela sobre o Jardim

Pintura de Henri Martin, La Fenêtre sur le Jardin.
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«A morning-glory at my window satisfies me more than the metaphysics of books».

sábado, 24 de abril de 2010

Liberdade

Pintura de Vieira da Silva, A Poesia está na Rua.
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«Tudo quanto aumenta a liberdade, aumenta a responsabilidade».
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Flores

Pintura de Charles Webster Howthorne, Wild Flowers.
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«Soyons reconnaissants  aux personnes  qui nous donnent du bonheur; elles sont les charmants  jardiniers  par qui nos âmes sont fleuries».

quinta-feira, 22 de abril de 2010

Dia 23 de Abril: Dia de São Jorge

Pintura de Paolo Uccello, São Jorge e o Dragão (c. 1456, National Gallery, Londres).
 Pintura de Paolo Uccello, São Jorge e o Dragão (1458-60, Musée Jacquemart-André, Paris).
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De acordo com a Lenda Dourada, a história de São Jorge teve lugar na Líbia, numa cidade onde havia um dragão que envenenava com o seu hálito todos que dele se aproximassem. Para o apaziguar e manter afastado, as pessoas ofereciam-lhe ovelhas em sacrifício, mas quando estas acabaram começaram a oferecer-lhe crianças. A certa altura, chegou a vez da filha do rei, sendo esta enviada para o dragão, vestida como uma noiva. São Jorge viu a princesa e decidiu ajudá-la. Com a sua lança feriu o dragão, dizendo à princesa para o prender, o que fez amansar o animal. Seguiram então para a cidade, onde os habitantes se converteram ao cristianismo.
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Texto baseado na Wikipedia.

quarta-feira, 21 de abril de 2010

Dia 22 de Abril: Dia Mundial da Terra

 Pintura de Seurat, La Luzerne, Saint-Denis (1885, National Galleries of Scotland).
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Temos do tempo o sopro
e a noção da existência.
Temos do espaço o corpo
e a constância.
Temos do amor o desejo
e a essência.
Somos da terra a força
e a fragrância.
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Poema de João Mattos e Silva (1986).

terça-feira, 20 de abril de 2010

Leituras I

Pintura de Walter Crane, At Home: A Portrait (1872).
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Palavras de Palavras 4
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Como as palavras se excedem
nas palavras
o silêncio recolhe-se nos lábios.
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Poema de João Mattos e Silva (1986).

segunda-feira, 19 de abril de 2010

Leituras

Pintura de Henri Martin, Menina a Ler.
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Lê, primeiro, os labirintos, as cavernas, as grutas. 
Lê, a seguir, os montes, os vales, as planícies. 
Lê, ainda, os riachos, os rios, os mares, os céus. 
Lê, enfim, homem e humano.
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José Manuel Capêlo (1986).

Termas dos Cucos na Primavera

«Spring has returned.  The Earth is like a child that knows poems».

domingo, 18 de abril de 2010

Monsaraz

Fotografia de António Caeiro, Monsaraz.
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No dia dos Monumentos escolhi Monsaraz. A justificação prende-se com várias razões... Desde pequena que os meus locais preferidos de Portugal eram Sintra e Óbidos. Com o tempo, acrescentei Monsaraz. Fui lá levada pela minha avó, que era Alentejana (do Redondo) e gostei muito. Depois voltei com uma amiga, por fim com o meu marido. O local (o monumento) ganhou um valor humano para mim.
Gosto do castelo, no alto da montanha, das muralhas, da vista, das ruelas, das casas caiadas de branco.
Gosto da paz do Alentejo e tenho saudades, na Primavera,dos campos coloridos com flores brancas, roxas e amarelas.

sexta-feira, 16 de abril de 2010

Memória

Pintura de Carlos Botelho, Lisboa e Tejo (1935, Museu do Chiado, Lisboa).
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Na memória se encerra nela se abre
o tempo do que foi do que há-de vir.
Que o poema se chame sua chave.
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Poema de João Mattos e Silva (1987).

Um Ninho

 
Pintura de Sophie Anderson, The Bird's Nest.
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«To find the universal elements enough; to find the air and the water exhilarating; to be refreshed by a morning walk or an evening saunter... to be thrilled by the stars at night; to be elated over a bird's nest or a wildflower in spring - these are some of the rewards of the simple life.»
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quinta-feira, 15 de abril de 2010

O baile na flor

 Pintura de Matisse, Dance (I) (1909, MOMA, Nova Iorque).
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Que belas as margens do rio possante,
Que ao largo espumante campeia sem par!...
Ali das bromélias nas flores doiradas
Há silfos e fadas, que fazem seu lar...


E, em lindos cardumes,
Sutis vaga-lumes
Acendem os lumes
P'ra o baile na flor.
E então — nas arcadas
Das pet'las doiradas,
Os grilos em festa
Começam na orquesta
Febris a tocar...


E as breves
Falenas
Vão leves,
Serenas,
Em bando
Girando,
Valsando,
Voando
No ar!...
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Castro Alves (1876).

quarta-feira, 14 de abril de 2010

A Dança

Escultura de Carpeaux, La Dance (c. 1869, Museu d'Orsay, Paris).
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«Danser dans une ronde est magique; la ronde nous parle depuis les profondeurs  millénaires  de la mémoire».
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terça-feira, 13 de abril de 2010

Pelo sonho é que vamos...

Pintura de Bouguereau, Ninfas e Sátiro (1873, Sterling and Francine Clark Art Institute, Williamstown).
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Pelo sonho é que vamos,
comovidos e mudos.
Chegamos? Não chegamos?
Haja ou não haja frutos,
pelo sonho é que vamos.
Basta a fé no que temos.
Basta a esperança naquilo
que talvez não teremos.
Basta que a alma demos,
com a mesma alegria,
ao que desconhecemos
e ao que é do dia a dia.
Chegamos? Não chegamos?-
Partimos. Vamos. Somos.
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Sebastião da Gama.

segunda-feira, 12 de abril de 2010

Natureza Morta com Papagaio

Pintura de Baltasar Gomes Figueira (atribuído), Natureza Morta com Papagaio.
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A natureza morta é uma pintura que representa objectos inanimados. Despida de toda a anedota, ela é considerada como o género que serve melhor para revelar a existência das formas, das cores e dos valores na luz. Praticada desde a Antiguidade, a natureza morta só foi considerada como um género autónomo, no Ocidente, desde o século XVI.
A natureza morta parece reproduzir apenas objectos inanimados, coisas que já não estão vivas, mas, de facto, ainda contém vida. A expressão inglesa still life parece ser a mais correcta. A expressão do tempo que foge acompanha-se de uma crença na  sua permanência. Por vezes, o instante torna-se numa verdadeira eternidade.
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Margarida Elias, baseado no Vocabulaire d'Esthétique, de Étienne Souriau.

domingo, 11 de abril de 2010

Silva Porto a pintar

Pintura de Columbano Bordalo Pinheiro, Um Pintor (1883, Casa dos Patudos - Museu de Alpiarça).
Quadro de Silva Porto, Vacas na Pastagem e o quadro de Columbano (fotografia de Pedro Saraiva).
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Na pintura de Columbano, intitulada Um Pintor (ou O Atelier de Silva Porto) vê-se Silva Porto a terminar uma pintura de paisagem, Vacas na Pastagem, dentro do seu atelier. Sentado, a assistir, encontra-se Alberto de Oliveira. 
A obra de Columbano pertence à colecção da Casa dos Patudos, tal como a obra de Silva Porto, estando expostas lado a lado na mesma sala. Ambas as pinturas foram apresentadas no 3.º Salão do Grupo do Leão. N' O Ocidente, Monteiro Ramalho referia-se à obra de Silva Porto, mencionando que ele tivera de completar o quadro no espaço do atelier.
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Margarida Elias.

sexta-feira, 9 de abril de 2010

Pintura de Ar Livre

Pintura de Columbano Bordalo Pinheiro, Na Floresta de Fontainebleau (1882).
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«Se o sr. Bordalo determina ser decididamente um impressionista, - e serei eu o primeiro a aplaudi-lo por esse arrojo simpático, - creio que faria bem tomando o exemplo dos seus correligionários, e, logo que passem as chuvas que neste momento nos inundam, lançando aos ombros a sua mochila e abotoando as suas polainas, que vá para o campo com a perseverança dos fortes apontar de novo em frente dos efeitos da Natureza os valores correlativos da tinta».
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Ramalho Ortigão (1879).

When the April wind wakes the call for the soil...

Pintura de Edward Henry Potthast, Springtime.
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«When the April wind wakes the call for the soil, I hold the plough as my only hold upon the earth, and, as I follow through the fresh and fragrant furrow, I am planted with every foot-step, growing, budding, blooming into a spirit of spring.»
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quinta-feira, 8 de abril de 2010

Every spring is the only spring...

Pintura de José Malhoa, Manhã de Primavera (1912).
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«Every spring is the only spring - a perpetual astonishment.»

terça-feira, 6 de abril de 2010

No mês de Abril

Gravura de Eugène Grasset, Avril, in Les Mois (1896, Davidson Galleries).
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«And Spring arose on the garden fair,
Like the Spirit of Love felt everywhere;
And each flower and herb on Earth's dark breast
rose from the dreams of its wintry rest».
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Ressurreição

Pintura de Rafael, Ressurreição de Cristo (1499-1502, Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand).
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«(...) a Ressurreição de Cristo na Páscoa é de uma outra ordem: não o retorno à existência terrena, mas a passagem a uma vida definitivamente substraída à morte. A fé na Ressurreição de Jesus é o pilar do cristianismo (...)».
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In Dicionário da Bíblia e do Cristianismo.
Imagem do PROSIMETRON.

quinta-feira, 1 de abril de 2010

Tanquam Agnus Inocencie

Pintura de Josefa de Óbidos (atribuído), Agnus Dei.


Pintura de Zurbarán, Agnus Dei (Fine Arts Gallery, San Diego).
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«E o lugar da Escritura que lia era este: Foi levado como a ovelha para o matadouro; e, como está mudo o cordeiro diante do que o tosquia, assim não abriu a sua boca».
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Atos (8, 32).