sábado, 31 de dezembro de 2011

Feliz Ano de 2012!

A. G. Sherwood Hunter, Jubilee Procession In a Cornish Village (1897, Royal Cornwall Museum).
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«Thousands of candles can be lighted from a single candle, and the life of the candle will not be shortened. Happiness never decreases by being shared».
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sábado, 24 de dezembro de 2011

Feliz Natal a todos!

Scott Gustafson, Decorating the Wreath.
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Aqui fica a minha  canção de Natal preferida:
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Adeste, fideles, laeti triumphantes;
Venite, venite in Bethlehem.
Natum videte Regem angelorum.
Venite adoremus, venite adoremus,
Venite adoremus, Dominum.
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domingo, 18 de dezembro de 2011

Menino Jesus do Céu

Menino Jesus Bom-Pastor (Museu Nacional Machado de Castro).
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Menino Jesus do céu
Escrevi-te um lindo postal
Para me mandares brinquedos
No dia de Natal

Menino Jesus do céu
De seda era o meu postal
Não te esqueça a minha rua
No dia de Natal!
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Canção de Natal.

domingo, 11 de dezembro de 2011

Brinquedos

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Brinca enquanto souberes!
Tudo o que é bom e belo
Se desaprende...
A vida compra e vende
A perdição,
Alheado e feliz,
Brinca no mundo da imaginação,
Que nenhum outro mundo contradiz!

Brinca instintivamente
Como um bicho!
Fura os olhos do tempo,
E à volta do seu pasmo alvar
De cabra-cega tonta,
A saltar e a correr,
Desafronta
O adulto que hás-de ser!
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Miguel Torga.

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Nossa Senhora do Rosário

Virgem do Rosário (séc. XVII, Museu Nacional de Arte Antiga).
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Gosto muito de imagens e esculturas em marfim e esta, em particular, fez-me lembrar a Ladainha de Nossa Senhora (Ladainha Lauretana) que é uma oração muito bela, repleta de imagens / símbolos, que foram muito utilizadas na arte. Aqui fica o excerto de que mais gosto:
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(...)
Espelho de perfeição,
Sede da Sabedoria,
Fonte de nossa alegria,
Vaso espiritual,
Tabernáculo da eterna glória,
Moradia consagrada a Deus,
Rosa mística,
Torre de Davi,
Torre de marfim,
Casa de ouro,
Arca da aliança,
Porta do céu,
Estrela da manhã,
Saúde dos enfermos,
Refúgio dos pecadores,
Consoladora dos aflitos,
Auxílio dos cristãos,
Rainha dos Anjos,
Rainha dos Patriarcas,
Rainha dos Profetas,
Rainha dos Apóstolos,
Rainha dos Mártires,
Rainha dos confessores da fé,
Rainha das Virgens,
Rainha de todos os Santos,
Rainha concebida sem pecado original,
Rainha assunta ao céu,
Rainha do santo Rosário,
Rainha da paz.
(...)
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Ladainha de Nossa Senhora (excerto)

domingo, 4 de dezembro de 2011

Frutos de Outono

Juan van der Hamen, Still-Life with Fruit and Glassware (1626, Museum of Fine Arts, Houston).
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J'aime les fruits d'automne
La pomme, le raisin
Et la noix blanche et bonne
Qu'on mange avec du pain

J'aime aussi la châtaigne
Qui chante sur le feu
Et la figue qui saigne
Dans son bel habit bleu

Viens voir un beau jardin d'automne
Qui s'éveille dans le brouillard
Viens voir un beau jardin d'automne
Où le soleil s'est levé tard.
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domingo, 27 de novembro de 2011

Nós e os outros

Maxfield Parrish, The Lantern Bearers (1910).
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«In everyone's life, at some time, our inner fire goes out. It is then burst into flame by an encounter with another human being. We should all be thankful for those people who rekindle the inner spirit»
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Albert Schweitzer.
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Descobri esta frase no blogue The Dutchess e lembrei-me logo do texto de Laura Esquível sobre as «caixas de fósforos» no livro Como água para chocolate, que já citei aqui há um bom tempo.
Na verdade, também agradeço a todos aqueles que me vão aquecendo (e iluminando) o espírito, entre os quais certamente estão as pessoas da minha família, mas também os amigos - entre os quais contam-se aqueles que vou encontrando aqui na internet.
Neste período do Advento, que agora começa, já que este ano vai ser mais pobre em bens materiais, temos de valorizar os espirituais - e sobretudo a amizade e a solidariedade - por exemplo, como tem sido realizado nas campanhas do Banco Alimentar contra a Fome.

domingo, 13 de novembro de 2011

Da exposição na Gulbenkian

Paul Gauguin, Natureza-Morta com Leque (1889, Musée d'Orsay, Paris).
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Sempre apreciei de ver quadros com naturezas mortas, embora prefira a definição dada em inglês de still life. Para mim, o que fascina no tema é precisamente a tranquilidade transmitida pela representação de objectos organizados de uma forma esteticamente apelativa. Também me interessam todas as interpretações que se podem fazer a partir de quadros aparentemente tão simples - simbólicas, históricas, estéticas, psicológicas, etc.
Gostei muito de ver a exposição da Gulbenkian A Perspectiva das Coisas, quer a primeira parte, quer a segunda parte - actualmente em exibição. Entre as várias obras ali presentes, escolho apenas esta de Gauguin (pela simples razão de que achei lindíssima), que me parece influenciada por Cézanne.
A propósito desta exposição, deixo registada uma frase (do folheto), sobre Cézanne:
«O principal desafio que a arte da maturidade de Cézanne nos coloca é que façamos uma avaliação do que é coexistir com um mundo de coisas em nosso redor e de como percepcionamos e pensamos a realidade que se apresenta perante nós».
Acho que o mesmo se poderá dizer sobre grande parte das naturezas mortas da Época Contemporânea, pelo menos desde o final do século XIX.

domingo, 6 de novembro de 2011

Estão a chegar os dias mais frios

 Walter Gay, Blue and White (Musée d'Orsay, Paris).
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«Enquanto houver sôbre a terra homens, matéria combustível  maneira de a inflamar - nunca deixará o elemento fogo de exercer, pelo mágico bailado da labareda, eterna fascinação nas almas inquietas e sonhadoras. A lareira, enraizada no conceito ancestral da casa-mãe; o fogo caseiro, origem da palavra átrio - início e centro da habitação; - elementos venerandos que perdurarão no seu significado simbólico e no encantamento dos seus aspectos decorativos».
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Raul Lino (1933).

terça-feira, 1 de novembro de 2011

O Lugar da Casa

Claude Monet, The Artist's house at Argenteuil (1873, Art Institute of Chicago).
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O lugar da Casa
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Uma casa que fosse um areal
deserto; que nem casa fosse;
só um lugar
onde o lume foi aceso, e à sua roda
se sentou a alegria; e aqueceu
as mãos; e partiu porque tinha
um destino; coisa simples
e pouca, mas destino:
crescer como árvore, resistir
ao vento, ao rigor da invernia,
e certa manhã sentir os passos
de Abril
ou, quem sabe?, a floração
dos ramos, que pareciam
secos, e de novo estremecem
com o repentino canto da cotovia.
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Eugénio de Andrade.
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Obrigada Ana pelo poema!

domingo, 30 de outubro de 2011

Outono

Mário Navarro da Costa, Porto de Leixões (1901, Pinacoteca do Estado de São Paulo).
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«I cannot endure to waste anything as precious as autumn sunshine by staying in the house.
So I spend almost all the daylight hours in the open air».

domingo, 23 de outubro de 2011

A Creche do Povo

Não me quero alongar demasiado sobre este assunto, até porque não consigo. Com muita pena minha a minha filha teve de sair da Creche do Povo (Torres Vedras) e tem sido um desgosto para mim. Espero sinceramente que ele venha a ser tão feliz na outra creche para onde vai como foi aqui. Quero agradecer e recordar para sempre algumas das pessoas que lá conheci, nomeadamente a Cláudia, a Teresa e a Ângela, da sala da minha filha; mas também a Catarina, a Cila e a Isabel, da sala do meu filho (que já foi para a primária e por isso já saiu da Creche este ano); e ainda o sr.Alvaro, o sr. João, a Joana, entre muitos outros.
Deixo aqui apenas algumas imagens da Creche e a sua história. A primeira fotografia é da Creche antiga, fundada em Dezembro de 1974, para dar apoio às mães que estavam a trabalhar. O novo edifício foi construído em 1999 e foi aquele que os meus filhos conheceram. Aqui fica uma imagem do hall de entrada.
Foi uma segunda casa para os meus filhos durante cerca de 3 anos e fico com muitas saudades. Mas tem de ser...
Aqui fica o bolo feito pela mãe de um colega do meu filho na festa de finalistas, em Junho deste ano:
Muito obrigada Creche do Povo!

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Sobre a necessidade de ter paciência...

Albert Anker, Peeling potatoes.
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«Patience and perseverance have a magical effect before which difficulties disappear and obstacles vanish».
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John Quincy Adams.

domingo, 18 de setembro de 2011

Sobre a esperança

Borissow-Mussatow, Zwei sitzende Damen (1899, Staatliches Russisches Museum).
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«All it takes is one bloom of hope to make a spiritual garden».
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Terri Guillemets.

terça-feira, 13 de setembro de 2011

Porque o meu filho está quase a entrar para a escola

Winslow Homer, School Time (1874).
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«The whole purpose of education is to turn mirrors into windows».
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Sydney J. Harris.

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

domingo, 11 de setembro de 2011

Sobre a leitura

Károly Ferenczy, Red Wall (1910).
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O Homem que Lê
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Eu lia há muito. Desde que esta tarde
com o seu ruído de chuva chegou às janelas.
Abstraí-me do vento lá fora:
o meu livro era difícil.
Olhei as suas páginas como rostos
que se ensombram pela profunda reflexão
e em redor da minha leitura parava o tempo. —
De repente sobre as páginas lançou-se uma luz
e em vez da tímida confusão de palavras
estava: tarde, tarde... em todas elas.
Não olho ainda para fora, mas rasgam-se já
as longas linhas, e as palavras rolam
dos seus fios, para onde elas querem.
Então sei: sobre os jardins
transbordantes, radiantes, abriram-se os céus;
o sol deve ter surgido de novo. —
E agora cai a noite de Verão, até onde a vista alcança:
o que está disperso ordena-se em poucos grupos,
obscuramente, pelos longos caminhos vão pessoas
e estranhamente longe, como se significasse algo mais,
ouve-se o pouco que ainda acontece.

E quando agora levantar os olhos deste livro,
nada será estranho, tudo grande.
Aí fora existe o que vivo dentro de mim
e aqui e mais além nada tem fronteiras;
apenas me entreteço mais ainda com ele
quando o meu olhar se adapta às coisas
e à grave simplicidade das multidões, —
então a terra cresce acima de si mesma.
E parece que abarca todo o céu:
a primeira estrela é como a última casa.
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Rainer Maria Rilke.

sábado, 10 de setembro de 2011

Sobre o silêncio

Carl Holsoe, Interior with a Cello.
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«O silêncio está tão repleto de sabedoria e de espírito em potência como o mármore não talhado é rico em escultura».
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sábado, 3 de setembro de 2011

Lenda de Nossa Senhora da Nazaré

Columbano Bordalo Pinheiro e J. Pedrozo, Nossa Senhora da Nazaré (Museu Dr. Joaquim Manso).
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«Uma curiosa Lenda atribui o topónimo Nazaré a uma imagem da Virgem oriunda de Nazareth, na Palestina, que um monge grego teria trazido até ao Mosteiro de Cauliniana, perto de Mérida, no século IV. No século VIII teria chegado ao Mosteiro o fugitivo Rei D. Rodrigo, último rei visigodo da Península Ibérica, depois da sua derrota, frente aos Mouros, em Guadalete. Aí teria encontrado Frei Romano que o acompanhou na sua fuga, trazendo com ele a imagem da Virgem e uma caixa com as relíquias de S. Brás e de S. Bartolomeu. Antes de morrer, Frei Romano teria escondido a imagem numa lapa, no Sítio, onde ficou guardada durante quatro séculos, sendo então descoberta por pastores, que a passaram a venerar.
D. Fuas Roupinho, alcaide-mor do Castelo de Porto de Mós, tinha por hábito caçar nesta região. Conta a lenda que também ele descobriu a imagem e a venerou. Algum tempo passado, uma manhã de nevoeiro, a 14 de Setembro de 1182, perseguia D. Fuas um belo veado quando o viu desaparecer no precipício. Alarmado pelo perigo, D. Fuas pediu auxilio à Virgem e logo o cavalo estacou salvando a vida ao cavaleiro. Em acção de graças, mandou D. Fuas Roupinho construir a Ermida da Memória.
Venerada desde então, a imagem teria dado origem ao nome do lugar – Sítio de Nossa Senhora de Nazareth».
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terça-feira, 30 de agosto de 2011

Sobre o amor

Edward Burne-Jones, Cupid and Psyche (1865-1867, Manchester City Art Gallerie).
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Amor Pacífico e Fecundo

Não quero amor
que não saiba dominar-se,
desse, como vinho espumante,
que parte o copo e se entorna,
perdido num instante.

Dá-me esse amor fresco e puro
como a tua chuva,
que abençoa a terra sequiosa,
e enche as talhas do lar.
Amor que penetre até ao centro da vida,
e dali se estenda como seiva invisível,
até aos ramos da árvore da existência,
e faça nascer
as flores e os frutos.
Dá-me esse amor
que conserva tranquilo o coração,
na plenitude da paz!
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Rabindranath Tagore.

domingo, 28 de agosto de 2011

A praia segundo Hermann Seeger

Hermann Seeger, A girl on the beach (a sgunda imagem é um detalhe).
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«Assim como quatro quintas partes do corpo humano são agua, assim quatro quintas partes da grande corpulencia do globo são mar. Parecendo separar os homens, o bello destino eterno do mar é reunil-os».
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sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Duas praias de Adriano Sousa Lopes

Adriano Sousa Lopes, Manhã na Praia da Caparica e Areal  (MNAC, Lisboa).
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«Les pieds sur le sable, la tête aux nues, voilà l'étirement maximal de l'homme rêveur».
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quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Sobre a dança

Elizabeth Forbes, The Minuet (1892).
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«O senhor X gostava de olhar para as coisas e para os acontecimentos sempre a partir de um ponto de vista diferente (...).
- Por exemplo, para o senhor X dançar era uma maneira estética das pessoas se enganarem no caminho».
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Gonçalo M. Tavares (2011).

terça-feira, 23 de agosto de 2011

Ainda sobre a praia

António Carneiro, Praia da Figueira da Foz (1921, Centro de Arte Moderna, Lisboa).
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«...e depois procurar, a escorrer, um côncavo quentinho de areia que nos sirva de abrigo contra o vento e secar-se a gente naquele lençol doirado – é uma das coisas boas da terra. E outro prazer simples e extraordinário é ir descalço pelo grande areal fora com os pés na água. A onda vem, espraia-se, molha-nos e salpica-nos de espuma. Calca-se esse mosto branco e salgado, que gela e vivifica, e caminha-se sempre ao lado dos sucessivos rolos que se despedaçam na areia».
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segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Uma nova semana que está a começar...

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 «Os dias são, por assim dizer, filhos do tempo porque o dia seguinte, com o seu conteúdo, é produto do anterior».
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Immanuel Kant (1794).

domingo, 21 de agosto de 2011

Sobre o descanso II

Peder Severin Krøyer, Día de verano en Skagen (1884).
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«Rest is not idleness, and to lie sometimes on the grass under trees on a summer's day, listening to the murmur of the water, or watching the clouds float across the sky, is by no means a waste of time».
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J. Lubbock.

sábado, 20 de agosto de 2011

Barquilhos


Tomas Hiepes, Natureza morta com doces.
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Fiquei surpreendida quando encontrei barquilhos pintados num quadro do século XVII, pois não sabia que eram um alimento com uma tradição tão antiga. Segundo informação que encontrei na internet a origem dos barquilhos remonta aos princípios do cristianismo e deriva directamente do pão divino que se repartia pelos fiéis nas igrejas. Em todo o Ocidente Europeu, este alimento fazia parte das sobremesas dos banquetes mais importantes e comia-se nas mesas dos reis e dos grandes senhores.

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Para a minha mãe


Na época das amoras

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Late August, given heavy rain and sun
for a full week, the blackberries would ripen.
At first, just one, a glossy purple clot
among others, red, green, hard as a knot.
You ate that first one and its flesh was sweet
like thickened wine: summer's blood was in it
leaving stains upon the tongue and lust for
picking. Then red ones inked up and that hunger
sent us out with milk-cans, pea-tins, jam-pots
where briars scratched and wet grass bleached our boots.
Round hayfields, cornfields and potato-drills
we trekked and picked until the cans were full,
until the tinkling bottom had been covered
with green ones, and on top big dark blobs burned
like a plate of eyes. Our hands were peppered
with thorn pricks, our palms sticky as Bluebeard's.
We hoarded the fresh berries in the byre.
But when the bath was filled we found a fur,
A rat-grey fungus, glutting on our cache.
The juice was stinking too. Once off the bush
the fruit fermented, the sweet flesh would turn sour.
I always felt like crying. It wasn't fair
that all the lovely canfuls smelt of rot.
Each year I hoped they'd keep, knew they would not.
---
Seamus Heaney.

terça-feira, 16 de agosto de 2011

As mãos


As mãos em nossas mãos
se entrelaçam
como as palavras para ser
poesia: num poema maior
por que amizade
um verso após um verso
em cada dia.
Assim iremos além da eternidade.
---
Poema de João Mattos e Silva (1987).

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Registos da Figueira da Foz


 
Um mapa antigo com uma legenda publicitária:
«Clima privilegiado. Praia. Desportos. Festas. Casino».
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 A praia e o seu imenso areal.
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 O oasis.
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O Casino antigo.
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As casas.
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E os seus detalhes.
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A animação na rua, com música.
Uma das animações era uma banda que tocou a tradicional canção da Figueira da Foz:
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Figueira, Figueira da Foz
Das finas areias
Berço de sereias
Procurando abrigo.
Estrelas, doiradas estrelas
Enfeitam o Mar
Que pede a chorar
Para casar contigo.
Figueira, e à noite o luar,
Deita-se a teu lado
A fazer ciúmes
Ao teu namorado.
E a Serra, que te adora e deseja,
Também sofre com a luz do Sol
Que te abraça e te beija.
---
António Sousa Freitas 
(para saber mais sobre esta canção é clicar aqui).

Mosteiro de Santa Clara-a-Velha

Consegui, finalmente, visitar o Mosteiro de Santa Clara-a-Velha e gostei muitíssimo.

O Mosteiro de Santa Clara-a-Velha, fundado no século XIII, sofreu constantes inundações e acabou por ser abandonado. Como esteve inundado durante muito tempo, ficou em ruínas, sobretudo no interior da igreja e na zona do claustro. Este facto torna-o diferente dos outros conventos que visitei, que continuaram a ser utilizados como conventos, ou que foram adaptados para outras funções.
Não vou aqui reproduzir o que já vem escrito noutros sítios, mas sim mostrar as fotografias daquilo que achei mais interessante:

As pedras que pertenciam ao claustro, que estão numeradas e que parecem fazer parte de um gigantesco puzzle
 Os capitéis medievais esculpidos com motivos zoomórficos e vegetalistas
Os azulejos
O arco triunfal que albergava o túmulo da Rainha Santa Isabel (transferido para o Mosteiro de Santa Calara-a-Nova)
O facto de se poder ver a estrutura (esqueleto) da arcaria do edifício
Concluindo, achei tudo uma maravilha, incluindo a vista para a Universidade.