segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

«Trompe l'oeil»


Cornelius Norbertus Gijsbrechts, Reverse side of a painting (c. 1670, Statens Museum for Kunst, Copenhaga) e Still-Life with Self-Portrait (1663, Národní Galerie, Praga).
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Sempre gostei de pinturas em «trompe l'oeil», sendo essa uma das razões porque me atraiu o quadro do meu post anterior, sobre a «Camera Obscura», pois as figuras parecem estar a sair de dentro do quadro. 
O «trompe l'oeil» foi muito explorado pela arte barroca, tendo um dos seus expoentes na obra de Gijsbrechts (c. 1610- d. 1683). Escreveu Gérard-Julien Salvy, acerca da obra Reverse side of a painting que: «Ce que nous dit Gijsbrechts, c'est que toute apparence n'est qu'une illusion». 
O mesmo se poderia sobre Still-Life with Self-Portrait, apesar de neste caso existirem outros factores de interesse: o pintor aproveita o jogo ilusionista para fazer um duplo auto-retrato. Em cima, à esquerda, vemos uma miniatura com o retrato do pintor. Mas ele também se auto-representa no jogo de «trompe l'oeil», na pintura de natureza-morta, nos pincéis e na paleta.

3 comentários:

ana disse...

Margarida,
Também gosto de "trompe l'oeil" por causa da ilusão criada pelo pintor, ... a fantasia, "c'est fantastique"!
Bjs :)

Margarida Elias disse...

ana: Eu gosto bastante destes jogos da arte barroca. Têm uma certa magia... Bom dia!

mvs disse...

Lembro-me sempre de um guia no Palácio da Pena a mostrar umas pinturas num tecto e paredes em "tromp-lói"... nunca mais me esqueci!