Em 1899 foi fundada a Assistência Nacional aos Tuberculosos (ANT), por iniciativa da rainha D. Amélia e, pela mesma altura, foi criada a Liga Nacional contra a Tuberculose, pela Sociedade de Ciências Médicas de Lisboa. O número de doentes, porém, não parava de aumentar, sendo os meios insuficientes para o tratamento da doença. Em 1927, o Estado chamou a si as competências da ANT e reformulou-a. Em 1931, foi nomeado para a Direcção da ANT o médico Fausto Lopo de Carvalho (1890-1970).
A primeira instalação sanatorial portuguesa foi criada em 1853, no Funchal. Mais tarde eram fundados outros sanatórios: no Outão (1900), Carcavelos (1902), Guarda (Raul Lino, 1907); Portalegre (Raul Lino, 1909); Lumiar (Rosendo Carvalheira, 1912), etc. Alguns dos sanatórios foram criados por particulares e empresas, como é o caso do Sanatório da Covilhã (Penas da Saúde, 1944), da CP, projectado por Cottinelli Telmo (1897-1948).
Os sanatórios obedeciam a uma tipologia, que os enquadrava em dois nodelos: de montanha ou marítimos, devendo ficar afastados dos centros urbanos, para garantir a pureza do ar e evitar contágios. Algumas construções aproveitavam estruturas pré-existentes, como o Sanatório Marítimo de Outão, que foi estabelecido no Forte de Santiago (imagem em baixo). Outros foram projectados de raiz, como o da Covilhã.
Muitos sanatórios foram construídos, ampliados e equipados nos anos 40 e 50, mas pouco tempo depois tornaram-se obsoletos com o avanço da medicina, sobretudo depois da descoberta da B.C.G. e de outros tratamentos mais eficazes. Com o passar dos anos, alguns foram transformados em estâncias turísticas, outros foram convertidos em hospitais, outros, por fim, ficaram em ruínas - como o da Covilhã (imagem em baixo) e de Valongo.
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5 comentários:
Margarida, Muito interessante. Gostei de saber.
bjs
Obrigada! Bj!
Margarida,
Muito interessante este post!
Adoro sanatórios, nunca estive em nenhum mas são sempre em sítios belos.
Thomas Mann escreveu a Montanha Mágica onde o sanatório tem uma importância fundamental, a mulher foi internada num na Suíça, um livro belo.
Será que pode um dia falar-nos do conceito de beleza do Raul Lino?
Gosto muito da arquitectura dele.
Bjs. :))
Vou procurar a frase... Bj!
Muito interessante este post! Obrigada, Margarida!
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