Ventura Terra, «Clube dos Empresários», Edifício no cruzamento da Avenida da República com a Avenida Visconde Valmor (Lisboa, 2013)
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«(…) perturba-me o inquietante espectáculo que apresentam o excesso de memória aqui, o excesso de esquecimento acolá, sem falar da influência das comemorações e dos erros de memória – e de esquecimento. A idéia de uma política da justa memória é, sob esse aspecto, um dos meus temas cívicos confessos».
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Paul Ricoeur, A memória, a História, o Esquecimento, São Paulo, Editorial Unicamp, 2007, p. 17.
3 comentários:
Margarida,
Realmente é uma tristeza este apagar da memória.
A citação é sublime e pungente neste caso.
Beijinho. :)
É verdade Ana. E este edifício está à venda - parece-me que não tarda a que se transforme numa ruína. Bjs!
Cara Margarida
Por coincidência, tenho discutido muito este assunto com amigos.
Comentamos que os último governos portugueses não tem qualquer política de memória e borrifam-se para a história, que é uma disciplina relegada para as faculdades, onde uns professores velhos e chatos fazem umas palestras acerca de não sei-o-quê.
Em oposição, o Estado Novo teve uma política para a memória, para a História e os monumentos do passado foram usados como estandartes políticos.
Pessoalmente, tal como Paul Ricoeur, preferia um meio termo, umas política de justa memória.
abraços
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