segunda-feira, 4 de março de 2013

Memória, História e Esquecimento



Ventura Terra, «Clube dos Empresários», Edifício no cruzamento da Avenida da República com a Avenida Visconde Valmor (Lisboa, 2013)
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«(…) perturba-me o inquietante espectáculo que apresentam o excesso de memória aqui, o excesso de esquecimento acolá, sem falar da influência das comemorações e dos erros de memória – e de esquecimento. A idéia de uma política da justa memória é, sob esse aspecto, um dos meus temas cívicos confessos».
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Paul Ricoeur, A memória, a História, o Esquecimento, São Paulo, Editorial Unicamp, 2007, p. 17.

3 comentários:

ana disse...

Margarida,
Realmente é uma tristeza este apagar da memória.
A citação é sublime e pungente neste caso.
Beijinho. :)

Margarida Elias disse...

É verdade Ana. E este edifício está à venda - parece-me que não tarda a que se transforme numa ruína. Bjs!

LuisY disse...

Cara Margarida

Por coincidência, tenho discutido muito este assunto com amigos.

Comentamos que os último governos portugueses não tem qualquer política de memória e borrifam-se para a história, que é uma disciplina relegada para as faculdades, onde uns professores velhos e chatos fazem umas palestras acerca de não sei-o-quê.

Em oposição, o Estado Novo teve uma política para a memória, para a História e os monumentos do passado foram usados como estandartes políticos.

Pessoalmente, tal como Paul Ricoeur, preferia um meio termo, umas política de justa memória.

abraços