segunda-feira, 9 de setembro de 2013

Entre geminações e outros pensamentos, nomeadamente sobre animais

Gwen John, Study of a Cat (Link)
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Vem este post a propósito de várias coisas:
1) Os posts de Ana e de MR no Prosimetron;
2) Hoje ser o dia das pessoas estranhas, segundo ouvi no programa das Manhãs da Comercial;
3) O livro Rosas de Atacama de Sepúlveda, mais especificamente os contos sobre o cão Fernando e o gato Zorbas.

Sou uma pessoa estranha, talvez em muitas coisas, mas numa sou mesmo estranha. Adoro animais e, na verdade, quando vejo alguém ter medo de animais, penso que eu tenho mais medo de algumas pessoas de que de muitos animais. Nunca nenhum animal me fez mal pelas costas, nunca nenhum animal fingiu ser meu amigo, nunca nenhum animal me tratou mal por me ver triste ou mal vestida - pelo contrário. Os animais são previsíveis e instintivos. Eu sei que um animal me ataca se tiver medo ou fome, ou se eu lhe fizer mal - é perfeitamente normal. Já levei dentadas de cães e arranhadelas de gatos, mas posso garantir que foi uma dor que passou rapidamente. Claro que aprendi a lição e não voltei a meter um dedo numa gaiola de hamster; tenho muito cuidado em mexer em patas de cães; não me aproximo de um gato assanhado ou de um cão que me esteja a ladrar. Já estive a brincar com lobos e foi um dos melhores momentos da minha vida. São animais magníficos.
Os cães e os gatos são até bastante leais e bons companheiros. Razão pela qual, talvez, sejam utilizados em terapias. Razão pela qual, talvez, eu me comova de uma maneira absurda a ler histórias de cães e de gatos. Sou uma fã de São Francisco. Já chorei a ver miúdos a apedrejarem uma osga; e, enfureci o meu instrutor de condução porque parava na estrada para deixar passar os pombos. Isto para além das saudades que tenho da minha querida cadela Gipsy, que morreu há cerca de 13 anos.
Um dos meus livros preferidos é o Animais nossos amigos com ilustrações de Raul Lino e poemas de Afonso Lopes Vieira. Adorei o livro Marley e eu de John Grogan; o Cão como nós do Manuel Alegre e o livro História de uma gaivota e de um gato que a ensinou a voar de Sepúlveda. Choro sempre quando vejo um episódio da série Garfield and friends, em que o pobre do Odie é levado para um canil e é quase morto, porque julgam que ele é um cão de rua. E, entre outras coisas, adorei as histórias do Sepúlveda sobre o cão Fernando e o gato Zorbas.
Que me desculpem as pessoas que não gostam de animais, mas este post vai em homenagem a todos os animais deste mundo, sobretudo aos cães e aos gatos. Quero acreditar (como disse aos meus filhos) que o Spike é hoje uma das estrelas que brilham no céu, assim como a Gipsy, a Princesa, o King, o Gorby, o Boss, a Baguera, entre tantos outros.

4 comentários:

APS disse...

Quanto a animais, Margarida, eu vou com calma, mas sempre privilegiei as aves. O meu Tio Bernardino tinha uma grande colecção de canários, e tive o meu primeiro animal de estimação aos 4 ou 5 anos: e o que ele, amarelinho, cantava bem!
De cães e gatos, fico sempre na defensiva, razões dolorosas, obrigam. Mas recomendo-lhe, de Doris Lessing: "Gatos e mais gatos", da Cotovia Editores - é uma maravilha. E o "Platero e eu" (Livros do Brasil), de J. R. Jimenez, se não conhecer. Porque acho que até os seus filhos hão-de gostar.

Margarida Elias disse...

Tenho de descobrir esses livros. Obrigada!

Presépio no Canal disse...

Gosto muito de animais, especialmente de gatos, cavalos e aves. E não suporto ver animais abandonados. Nem compreendo tamanha crueldade. Há gatis e canis, em último recurso.
Bjns!

Margarida Elias disse...

Concordo contigo. Há coisas inexplicáveis...