quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

20 Dias para o Natal - O Azevinho e o Visco

(c. 1910 - Link)
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O AZEVINHO

Traduzindo e resumindo o artigo francês da Wikipedia, o azevinho (Ilex aquifolium) é um arbusto ou pequena árvore, de folha perene, que cresce de forma espontânea na Europa. É símbolo da persistência da vida vegetal no Inverno, sendo por isso adoptado no Natal, como sinal de imortalidade.
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Azulejo (1750 - 1775, Museu Nacional do Azulejo - Link)
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No site da Nova Acrópole há um interessante artigo de Carmen Morales que aborda o tema do azevinho. De acordo com o seu texto, em Inglaterra o azevinho está ligado ao amor e à esperança, bem como à lenda de Tristão e Isolda, sendo também símbolo de protecção e de firmeza.
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Nicholas Francois Regnault, Holly (1774- Link)
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Num texto de Nuno Cruz António (Link) é referido que a procura dos ramos do azevinho, sobretudo na quadra natalícia, tornou rara esta planta, na sua forma espontânea, pelo menos em Portugal, pelo que a sua recolha é proibida (Cf. também o seguinte link).
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Johanna Helena Looisen, A still life with christmas-pudding, holly and wine (Link)
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O VISCO

O visco (Viscum album) é uma planta semi-parasita, que tem antigo valor simbólico. Por curiosidade, sabe-se que era um dos ingredientes principais da poção mágica de Panoramix :-)
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(Link)
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O visco era olhado desde o tempo dos celtas como símbolo de imortalidade, vigor e regeneração. O mais raro é o que cresce no carvalho, sendo aquele que era usado pelos druidas e colhido com uma foice de ouro (costume referido por Plínio). Cf. Jean Chevalier e Alain Gheerbrant, Dictionnaire des Symboles, Paris, Éditions Robert Laffont, 1982, p. 492.
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Lucia Bliss, A Christmas Bouquet (1885 - Link)
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Provérbio francês:
"A qui trouve un chêne portant du gui, la fortune sourit et l'on croit qu'un trésor et caché non loin."
(Link)
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Anton Seder, Holly & Mistletoe Trees (1890 - Link)
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De acordo com a Wikipedia, na versão inglesa, mas também na francesa, acredita-se que o Ramo de Ouro de Eneias era feito de visco. Para os gregos, era o símbolo de Hermes, mensageiro dos deuses. Em muitas culturas o visco era símbolo de amor, fertilidade e vitalidade. Com o Cristianismo, o seu simbolismo tendeu a manter-se. O costume de o usar nas decorações de Natal é relatado desde o séc. XVIII e, segundo a tradição corrente nos países de influência inglesa, o ramo não deve tocar o chão, e depois de pendurado, assim deve ficar até ao Natal seguinte, para proteger a casa dos relâmpagos e do fogo.
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George Bernard O’Neil, Hanging the Mistletoe (1892 -Link)
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Ainda na Wikipedia, podemos ler que o costume de um casal se beijar debaixo de visco é provavelmente de origem escandinava. Em 1820, Washington Irving relatava:

«The mistletoe is still hung up in farm-houses and kitchens at Christmas, and the young men have the privilege of kissing the girls under it, plucking each time a berry from the bush. When the berries are all plucked the privilege ceases».
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Norman Rockwell, Merrie Christmas Couple Dancing Under the Mistletoe (Link)

4 comentários:

ana disse...

Maravilhoso. :))
É sempre bom ouvir Frank Sinatra.
Grata.
Beijinho.:))

Margarida Elias disse...

Obrigada Ana! Também gosto cada vez mais de o ouvir. Bjns!

Presépio no Canal disse...

Muito aprendo eu contigo. :-)
Obrigada, Margarida! Excelente trabalho! Digno de ser publicado.
Beijinho! :-)

Margarida Elias disse...

Obrigada Sandra! Bjns! :)