quinta-feira, 12 de junho de 2014

As alcachofras

Floris Gerritsz. van Schooten, Kitchen Still-Life (detalhe)
-
No Prosimtron, já apareceu um post sobre o tema. Eu também já andava a pensá-lo para hoje, porque é véspera de Santo António. De facto, na Infopédia surge este texto que se refere ao São João, mas creio que a tradição também é do Santo António, em Lisboa:
«Diz a tradição que a água das orvalhadas da madrugada de São João tem poderes excecionais de purificação, regeneração e proteção, garantindo amores felizes e casamento próximo, para além de proporcionar vigor aos idosos e beleza aos jovens. Este simbolismo universal das águas também se observa nos poderes místicos de certas plantas, como o alho-porro, o manjerico, a alcachofra, o cardo ou a cidreira. A alcachofra tem o poder de adivinhar a realização do casamento, devendo por isso ser queimada ou chamuscada na véspera do dia 24, à meia-noite, na fogueira de São João - "Em louvor de São João, para ver se fulano me quer bem ou não" - e deixada ao relento, enterrada num vaso. O casamento está garantido se a planta reflorir no dia seguinte».
-
Floris Gerritsz. van Schooten, Kitchen Still-Life
-
Still life with strawberries (séc. XVII, Metropolitan Museum of Art, Nova Iorque)
-
Still Life with Artichokes and a Parrot (séc. XVII, National Gallery of Art, Washington)
-
Fábrica de Faianças das Caldas da Rainha, Centro de Mesa (1908-1916, Museu da Cerâmica, Caldas da Rainha)
-
«La mythologie raconte que Jupiter tomba amoureux fou de Cynara, une très belle fille aux cheveux blond cendrés, qui le repoussa; pour la châtier, il décida de la transformer en Cynara Scolymus: à savoir l'artichaut».
-

2 comentários:

MR disse...

Gostei bastante deste post. E acabou por haver uma imprevista geminação noturna. :)
Bom feriado!

Margarida Elias disse...

Ainda bem que gostou! Bom feriado!