quinta-feira, 18 de maio de 2017

E os ventos

«Com efeito, ali estavam os doze filhos do temível Éolo, adorados na Antiguidade como deuses por serem a manifestação mais poderosa da Natureza. 
(...) Seguindo o sentido dos ponteiros do relógio, podia ver-se, em primeiro lugar, o velho Bóreas (...); seguidamente Helespôntias – simbolizado por uma tempestade -; depois Apeliotes - um campo cheio de frutas e cereais -; o benéfico Euro – “o vento bom” de Leste, (...); Euronoto; Noto – o vento do Sul (...); Libonoto; Libs (...); o jovem Zéfiro, o vento de Oeste, que, juntamente com a sua amante, a ninfa Clóris, derramava flores sobre o seu negro bothros; Argestes – mostrado como uma estrela; Tráscias, coroado de nuvens; e, por último, o horrível Apárctias (...). 
Os quatro ventos cardeais, Bóreas, Euro, Noto e Zéfiro, estavam representados pelas figuras maiores e acabadas (...).»
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In Matilde Asensi, O Último Catão, Lisboa, Dom Quixote, 2005, pp. 461-462.
Cf. Classical Compass Winds na Wikipedia. Pelo que entendo, estes ventos correspondem aos de Timosthenes (séc. III a.C.).
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Notos (séc. II a.C.?, Torre dos Ventos, Atenas)
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Eurus (Antióquia, séc. II, Virginia Museum of Fine Arts)
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Cloris e Zéfiro, detalhe de A Primavera de Sandro Botticelli (1470-1480, Galeria degli Uffizi, Florença)
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John William Waterhouse, Boreas (1903)

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