segunda-feira, 29 de abril de 2019

Para o Dia da Dança

Charles Schulz, Peanuts, do site GoComics.

sexta-feira, 26 de abril de 2019

Do inacabado



Michelangelo Buonarroti, Schiavo ribelle (1513-1516, Musée du Louvre, Paris)

«Une page (...) de Vasari suggère dans le cas Michel-Ange la valeur positive de l' "inachevé". Dans la seconde édition des Vite, l'historien introduisit, en effet, à propos de la Cantoria de Luca della Robbia confrontée avec celle de Donatello, une importante digression sur le fini et l'abbozzato. L'ouvrage de Luca, "bien que dessiné et exécuté avec soin est si lisse et fini que l’œil, vu à distance, le perçoit mal, à la différence de celui de Donatello qui est en quelque sorte esquissé (abbozzato). C'est à quoi doivent prêter grande attention les artistes: l'expérience enseigne que peintures ou sculptures ou toutes autres œuvres d'art, vues de loin, ont plus de force et d'effet si elles sont largement ébauchées que finies. Et, en dehors de la distance, y contribue le fait que, dans l'ébauche, souvent l'artiste en proie à l'inspiration (furor dell'arte), exprime sa pensée en quelques coups et il ne fera parfois que l'affaiblir par l'effort et l'application, comme ceux qui ne savent pas s'arrêter dans le travail". l'historien s'appuie sur l'analogie entre le mouvement du peintre et celui du poète: "Les poésies inspirées para la "fureur poétique" sont les seules véritablement bonnes." El la comparaison est poursuivie avec un peu d'embarras pour conclure qu'il y a des succès légitimes dans le "fini" comme dans l' "esquissé", mais que "le vulgaire s'attache à une délicatesse extérieur sans s’apercevoir qu'un ouvrage conçu avec sens et jugement n'a pas besoin d'être ainsi extérieurement poli et lisse". Il est permis de penser que cette digression a été ajoutée après coup, en 1568, pour soutenir la cause de l' "inachevé", que l'on considérait comme un aspect essentiel du style "génial" de Michel-Ange. Les "esclaves" venaient d'être placés dans un décor spectaculaire au jardin Boboli, et la discussion était d'actualité. Condivi venait d'expliquer la Madonna Medici en disant que l'état inachevé n’empêche en rien la beauté de l'oeuvre: "Lo sbozzo non impedisce la perfezione e la bellezza dell' opera"».
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André Chastel, Art et Humanisme à Florence au Temps de Laurent le Magnifique, Paris, Presses Universitaires de France, 1982, p. 329-330.

quinta-feira, 25 de abril de 2019

Da Liberdade

Eugène Delacroix, La Liberté guidant le peuple (1830, Musée du Louvre, Paris)
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Eastman Johnson, A Ride for Freedom - The Fugitive Slaves (1862, Brooklyn Museum, New York City)
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Fernand Léger, Liberté, j'écris ton nom (1953, Musee National Fernand Leger, Biot)
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Maria Helena Vieira da Silva, LIberdade (1974)

quarta-feira, 24 de abril de 2019

Da Fotografia em Portugal – Adelino Lyon de Castro

A Caminho (1940-1953)
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Ala-Arriba (1950)
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Sobre Adelino Lyon de Castro (1910-1953), ver o blogue de Alexandre Pomar, o texto de Lucinda Canelas no Público (2011) e o texto de Emília Tavares na página do MNAC - ao qual pertencem as fotografias aqui reproduzidas, retiradas da Matriznet.

terça-feira, 23 de abril de 2019

No Dia do Escoteiro (segundo a minha agenda)

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«My belief is that we were put into this world of wonders and beauty with a special ability to appreciate them, in some cases to have the fun of taking a hand in developing them, and also in being able to help other people instead of overreaching them and, through it all, to enjoy life - that is, to be happy»
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Robert Baden-Powell.
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E, porque hoje em dia, o escotismo passou a ser para rapazes e raparigas, lembro aqui uma cena de ontem, da última temporada da Guerra dos Tronos:

segunda-feira, 22 de abril de 2019

Páscoa

Matthias Grünewald, Ressurreição do Retábulo de Isenheim (c. 1515, Unterlinden Museum, Colmar)

sexta-feira, 19 de abril de 2019

Sexta-feira Santa

Rogier van der Weyden, El Descendimiento (antes de 1433, Museu do Prado, Madrid)

quinta-feira, 18 de abril de 2019

No Dia Internacional dos Monumentos e Sítios: Sintra

Vista de Sintra (ou Passeio de Moserrat) (1810-1825, Museu Nacional dos Coches)
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Celestine Breláz, Palácio Real de Sintra (1840, Museu Nacional de Soares dos Reis)
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João Cristino da Silva, Cinco Artistas em Sintra (1855, MNAC)
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Maria Guilhermina da Silva Reis, Paisagem de Sintra com Pastor e Cabras (Palácio Nacional da Ajuda)
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Francisco Rocchini, Sintra, Palácio da Pena (1873)
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D. Carlos de Bragança, Castelo dos Mouros (1885, MNAC)
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D. Maria Pia, Penha Verde (1885, Palácio Nacional da Ajuda)
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Alfredo Keil, Um Rebanho em Sintra (1898, MNAC)
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Veloso Salgado, Paisagem de Sintra (1920, Museu de José Malhoa)
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José Tagarro, Sintra, Trecho do Parque (1922, Museu Nacional Grão Vasco)
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Raquel Roque Gameiro, Caminho em Sintra
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Alda Marinha, Sintra (1955)

quarta-feira, 17 de abril de 2019

Do Património

Paris, Notre-Dame (Côté Sud). Papeghin, Paris-Tours (c. 1915)
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«(…) Com efeito, a observação directa de qualquer edifício, quantas vezes o mais singelo, acaba por se revelar um meio privilegiado de compreender a sociedade que a ele e a outros similares deu origem (…)».
Esta frase, de Pedro Cid*, aplica-se, de facto, a um edifício de aparência mais singela (a Torre de S. Sebastião da Caparica) e em ruínas, não motivadas por qualquer incêndio, mas sim pelo abandono. A Notre-Dame não tem nada de singelo e espero bem que o que aconteceu não se repita, e que se consiga fazer um bom restauro. No entanto, a frase de Pedro Cid aplica-se a qualquer edifício e revela a importância da história, do património e da memória na construção da civilização, sendo que julgo que esse é um tema muitas vezes esquecido.
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*Pedro de Alboim Inglez Cid (2007). A Torre de S. Sebastião de Caparica e a Arquitectura Militar do Tempo de D. João II. Lisboa: Colibri – IHA/FCSH/UNL, p. 15.

terça-feira, 16 de abril de 2019

Da Fotografia em Portugal - António Paixão

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Competição (década de 50, Museu do Chiado - MNAC)
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Idílio (década de 50, Museu do Chiado - MNAC)
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Roupa a Secar (década de 50, Museu do Chiado - MNAC)
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Sobre António Paixão (1915-1986), ver na página do MNAC, o texto de Emília Tavares.

segunda-feira, 15 de abril de 2019

Afinidades XXX

Peder Mønsted, Walking in the Forest (1904)
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Não sei exactamente o motivo, mas de cada vez que vejo esta pintura de Peder Mønsted (1859-1941), recordo-me de Alfredo Keil (1850-1907) e de Sintra.

Alfredo Keil, Sintra

sábado, 13 de abril de 2019

Para a Mãe Elias que faz anos hoje! :-)

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Da minha pesquisa na internet sobre Santa Delfina, descobri que é conhecida como Beata Delphine de Sabran ou de Signe, viveu entre 1283 e 1360 e o seu dia é 26 de Novembro.

quinta-feira, 11 de abril de 2019

Da Fotografia em Portugal – Varela Pécurto

Algumas fotografias já andaram por aqui, mas regressam, pois gosto bastante da obra deste fotógrafo alentejano, nascido em 1925. Todas as fotografias aqui colocadas vieram do site Matriznet e pertencem à colecção do Museu do Chiado - MNAC.
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Caracol (1954)
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Atalho (1956)
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quarta-feira, 10 de abril de 2019

Afinidades XXIX

Detalhe de William Merritt Chase, A Friendly Call (1895, National Gallery of Art, Washington)
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Das mulheres dentro de casa, com guarda-chuva (ou sombrinha) fechados, acabadas de chegar ou antes de sair.
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Gustave Léonard de Jonghe, Changeable Weather (1875-1876, Hermitage, São Petersburgo)
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James Ensor, La Dame Sombre (1881, Musees Royaux des Beaux-Arts de Belgique, Bruxelas)
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Henri-Paul Royer, Elegant Lady in the Studio (1894)
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Columbano Bordalo Pinheiro, Retrato de Maria Cristina Bordalo Pinheiro (1912, Museu do Chiado - MNAC)

terça-feira, 9 de abril de 2019

Para a Mariana que faz anos hoje :-)

Com votos de um dia muito feliz e tudo a correr pelo melhor!
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William Merritt Chase, A Friendly Call
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E fica também uma imagem de Santa Mariana, que se festeja a 26 de Maio:

Joaquín Pinto, Santa Mariana catequista (Museu Nacional da cidade de Quito)

sexta-feira, 5 de abril de 2019

Termos de Arte e de Arquitectura: Ampolas

Ampolas dos Santos Óleos (2.ª metade do século XVIII, Palácio Nacional de Queluz, Queluz)
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No Dicionário de Termos Artísticos e Arquitectónicos, diz-se: 
«Na antiga Grécia e em Roma, pequena ânfora de cerâmica, vidro ou outro material, utilizada para fins diversos. No início da era cristã, pequeno vaso de argila utilizado pelos fiéis para levar, dos santuários a casa, o óleo destinado a lâmpadas votivas. Na época medieval, as ampolas, feitas em materiais preciosos, continham o óleo sagrado com o qual eram coroados os reis» (Público, 2006, pág. 23).
Achei esta definição interessante, porque só conhecia o termo aplicado à química.
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Columbano Bordalo Pinheiro, O Químico (1874, Museu do Chiado - Museu Nacional de Arte Contemporânea, Lisboa)

quinta-feira, 4 de abril de 2019

Vilas

Ezequiel Pereira, Alentejo: Vila de Frades (1928, MNAC, Lisboa)
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«Attendamos agora ao que o nosso erudito e indefesso Viterbo no seu = Elucidario das palavras, termos e frases que em Portugal antigamente se usaram = nos diz sobre a accepção de villa: “- Em todos os nossos documentos até aos fins do século XII se tomou villa, não por uma povoação grande, (…) mas sim por uma pequena herdade, casal ou granja, constante de algumas peças de terra, com sua casa rustica (…)” (…)».
«Alexandre Herculano diz também na Historia de Portugal: “Em volta d’elle (de um castello no seculo XII ou XIII)… está assentado um grupo de povoações humildes… que constituem uma villa, denominação generica tanto de qualquer aldeia ou aldeola, como das mais importantes municipalidade, e que corresponde na sua significação vaga ao moderno vocábulo povoação”».
«Eis certamente a rasão de esta e tantas outras povoações pouquíssimo notáveis de Portugal se chamarem villas (…)».
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J. Leite de Vasconcelos, «O Presbyterio de Villa-Cova», in O Academico, n.º 5, 1878, p. 34.