quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

As mãos

Columbano Bordalo Pinheiro, A Luva Cinzenta (1881, Museu do Chiado-MNAC).
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"(…) as mãos são quase seres animados. Serviçais? Talvez.
Mas dotadas de um temperamento enérgico e livre, de uma fisionomia - rostos sem olhos e sem voz, mas que vêem e que falam...
(…) A mão é acção: ela toma, ela cria, e por vezes, dir-se-ia que ela pensa. Em repouso, ela não é uma ferramenta sem alma, abandonada sobre a mesa ou pendurada ao longo do corpo: o hábito, o instinto e a vontade da acção meditam nela e não é preciso um longo exercício para adivinhar o gesto que ela vai fazer (…)»
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Henri Focillon.

8 comentários:

  1. Luís Barata: É verdade. É um dos meus quadros preferidos dele.

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  2. Como dizia Eugénio de Andrade:
    "São os mais belos sinais da terra/.../ trémulas barcaças onde a água,/ a tristeza e as quatro estações/ penetram, indiferentemente..."

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  3. APS: Que maravilha. Tenho de conhecer melhor Eugénio de Andrade.

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  4. Margarida,
    Adorei a tela e o texto.

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  5. Lembro-me deste quadro do teu livro sobre Columbano. Esta não era a mulher dele, ou algo do estilo?

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