Karl Wilhelm Friedrich Bauerle, Poppy Girl.
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Joaquim de Vasconcelos (1849-1936) escreveu: «Mostrem-lhe as bellezas da sua pátria, da sua casa; honrem a poesia do seu lar; venerem a sua arte, porque elle o merece; amparem as suas industrias caseiras, que ainda podem ser uma fonte de receita e de inspiração nacional. Entre elles há cantadores-improvisadores; porque não haverá na arte decorativa popular o improviso fecundo? Se quem canta, seus males espanta – quem debuxa e esculpe e idealiza tanta coisa, é porque tem no coração a saudade de uma beleza entrevista em sonho, presentida, que lhe afaga e fecunda a imaginação. As fontes da inspiração popular nunca secaram. Quaes foram essas fontes? Eis o que importa averiguar» (citado por Sandra Leandro, 2008).
Este texto liga-se, de certo modo, à preocupação de preservação de valores etnográficos e antropológicos, que estão na base da preservação do Património Imaterial. Ana Carvalho, dedicou-se a este tema e irei aqui resumir um seu artigo sobre «Os museus e o Patrímónio Cultural Imaterial». Segundo esse texto, a «salvaguarda do Património Cultural Imaterial (PCI) é um tema que tem merecido destaque nos últimos anos nos fóruns internacionais, especialmente os promovidos pela UNESCO, motivando o interesse crescente de profissionais de várias áreas para a sua investigação e análise». A UNESCO veio chamar a atenção para o facto de que o Património Imaterial é tão importante como um edifício histórico, merecendo por isso ser igualmente preservado. Por outro lado, a necessidade de salvaguardar a diversidade cultural foi crescentemente motivada pela constatação dos riscos de massificação provocados pela globalização. Tendo em vista estas preocupações, foi adoptada, em 2003, a Convenção para a Salvaguarda do Património Cultural Imaterial, no âmbito da 32.ª Conferência geral da UNESCO. Esta Convenção assume que o Património Imaterial pode manifestar-se em vários domínios: desde as tradições e expressões orais (incluindo a língua); as artes do espectáculo; as práticas sociais, rituais e eventos festivos; os conhecimentos e práticas relacionados com a natureza e o universo; até às aptidões ligadas ao artesanato tradicional. Salienta-se ainda que a salvaguarda não se resume à preservação dos elementos em arquivos e colecções de museus.
Para além do meu carinho especial por algumas tradições portuguesas, como o Dia da Espiga, obviamente que haverá muitos patrimónios a preservar, sendo bastante notável o trabalho que tem sido promovido por Rosa Pomar nomeadamente no que diz respeito aos têxteis.
Para além do meu carinho especial por algumas tradições portuguesas, como o Dia da Espiga, obviamente que haverá muitos patrimónios a preservar, sendo bastante notável o trabalho que tem sido promovido por Rosa Pomar nomeadamente no que diz respeito aos têxteis.
Hoje foi feriado por aqui, mas sem Dia da Espiga...
ResponderEliminarGosto dos costumes associados em Portugal e espero que nunca se percam. :-)
Oportuna chamada de atencao, Margarida.
Gostei muito do quadro.
Um Feliz Dia da Espiga (atrasado, sorry) :-)
Beijinhos grandes! xoxo
Obrigada Sandra! Bjs!:))
ResponderEliminarTão bonita a tela, preciosa mesmo!
ResponderEliminarO texto é muito interessante e como diz a Sandra, oportuno!
Desejo que tenha tido um bom dia da espiga!
Beijinho. :)
Ana: Obrigada! Bjs!
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