Mostrar mensagens com a etiqueta Boccaccio. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta Boccaccio. Mostrar todas as mensagens

quinta-feira, 21 de janeiro de 2021

Auto-Retrato

Iluminura de uma tradução francesa de Giovanni Boccaccio, De Claris mulieribus, Livre des femmes nobles et renommees, folio 100v (1403, © Gallica)
-

quarta-feira, 3 de março de 2010

Daphne e a Coroa de Louros

 
Escultura de Bernini, Apolo e Daphne (1622-1625, Galleria Borghese, Roma).
---
«Alguns acreditam, porque sabem que Daphne era amada por Febo e se transformou em louro, que Febo foi o primeiro autor e patrono dos poetas, e também alguém que triunfou, e que por amor desse louro coroava as suas liras e triunfos com as suas folhas. Os homens seguiram o seu exemplo (...) É verdade que esta opinião não me desagrada, e não nego que assim possa ter sido, mas existe outra razão que me intriga. E que é a seguinte. Aqueles que investigam as virtudes das plantas e a sua natureza consideram que o louro, entre outras propriedades, possui três especialmente notáveis e louváveis. A primeira, como sabemos, é nunca perder o verde das suas folhas. A segunda, é a árvore nunca ser atingida pelos raios, fenómeno nunca documentado em relação a qualquer outra árvore. E a terceira é o facto de ser deveras fragrante (...). Em primeiro lugar, o verde perpétuo das folhas evidencia, dizem, a fama da sua obra (...) [segunda] nem o fogo da inveja nem os raios do tempo, que consomem tudo mais, serão alguma vez oapazes de atingi-las, como os raios caídos dos céus atingem uma árvore. Afirmam ainda que a passagem do tempo nunca tornará as suas obras menos graciosas e agradáveis a quem as ouça ou leia, sendo sempre aceitáveis e fragrantes».
---x
Giovanni Boccaccio, citado por Ana no Prosimetron