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sábado, 20 de abril de 2013

O Mosteiro de Odivelas










Odivelas, 2012.
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Visitei pela primeira vez há uns meses o Mosteiro de Odivelas. Foi em trabalho e uma das visitas mais interessantes que fiz a um espaço arquitectónico. Trata-se de um Mosteiro antigo, pertencente à Ordem de Cister, fundado por D. Dinis em 1295. Da primitiva construção restam a cabeceira gótica, constituída pela capela-mor e dois absidíolos, todos cobertos por abóbadas de nervuras chanfradas, e os túmulos de D. Dinis e da sua filha D. Maria Afonso, ambos góticos. Possui dois claustros do século XVI, apresentando o claustro da Moura arcos chanfrados com capitéis góticos. 
O espaço foi adaptado para escola das filhas dos militares, com a denominação de Instituto de Odivelas e, nos anos 50, foi remodelado pela Direcção Geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais. O mobiliário do Instituto foi todo estudado para o seu propósito educativo, tendo em consideração que se tratava de um colégio interno e feminino. 
O que mais me impressionou na visita foi o facto de este lugar parecer ter parado no tempo, sendo sobretudo curioso devido ao mobiliário inspirado no estilo rústico (em voga na época, devido à Política do Espírito, de António Ferro), o que torna algumas destas salas lugares que nos transportam para uma outra realidade. 
É um lugar memorável que espero que não se perca na fugacidade do tempo, quer pela parte monumental, nomeadamente medieval e moderna, quer pela parte já do século XX. Acrescente-se sobre este espaço que, em 1960, foi inaugurado o monumento da Rainha Santa, de Álvaro de Brée, que fica no largo em frente do Mosteiro. Deixo ainda uma reportagem transmitida na SIC, que mostra um pouco da vida das "Meninas de Odivelas". Acrescento uma pequena nota: quando fui ao Instituto foi durante as férias, antes do início do Ano Lectivo actual. Vi uma exposição de trabalhos escolares que me deixou francamente impressionada, pois havia trabalhos realmente muito bons.
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Património Arquitectónico e Arqueológico Classificado, Distrito de Lisboa, IPPAR.
Panorama, Série III, n.º 20, Dezembro de 1960.