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sexta-feira, 27 de junho de 2025

Com votos de bom fim de semana!

Fernand Toussaint, Au Jardin du Luxembourg (via Galerie Gabriëls)

sexta-feira, 3 de janeiro de 2025

Com votos de bom fim de semana!

Louis Abel-Truchet, Funfair, Boulevard de Clichy (c.1910, Musée Carnavalet, Paris, via Gandalf's Gallery)

quarta-feira, 22 de maio de 2024

Loïs Mailou Jones (1905-1998)

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Jardin Du Luxembourg (c. 1948, Smithsonian American Art Museum, Washington)
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Eglise Saint Joseph (1954, Smithsonian American Art Museum, Washington)
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Suriname (1982)

segunda-feira, 27 de novembro de 2023

Com votos de boa semana!

Mily Possoz, Paris-Quai Voltaire (c.1930-1937, Museu Nacional de Arte Contemporânea-Museu do Chiado, Lisboa)

quinta-feira, 23 de novembro de 2023

Columbano em Paris, entre 1881 e 1883 - um itinerário à volta de Montparnasse

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Entre Janeiro de 1881 e Setembro de 1883, Columbano Bordalo Pinheiro viveu em Paris, na companhia da sua irmã Maria Augusta, para completar os estudos de pintura realizados na Academia de Belas Artes de Lisboa. Sem bolsa oficial do Estado (que perdera para Artur Loureiro e Adolfo Greno), teve o apoio de uma bolsa oferecida por D. Fernando de Coburgo, por intermédio da Condessa d’ Edla.
Os dois irmãos começaram por viver em quartos de estudantes, no bairro Montparnasse, não longe do Jardim do Luxemburgo. Posteriormente, alugaram um apartamento na Rue Bréa (n.º 11) e um atelier na Rue Delambre (n.º 30), local onde o artista terá pintado o quadro Concerto de Amadores.
D. Fernando entregara a Columbano uma carta de recomendação para o pintor Carolus-Duran, para que este viesse a ser seu mestre de pintura. Este abrira, cerca de 1874, um atelier no Boulevard du Montparnasse, onde recebia alunos, na sua maioria ingleses e americanos – entre eles estando John Singer Sargent. É incerto se Columbano chegou a frequentar o atelier desse artista. Segundo as suas palavras, e testemunhos de quem o conheceu, preferiu visitar museus (sobretudo o Louvre) e ateliers livres, sendo para isso auxiliado por Artur Loureiro que o levou a «calcorrear exposições, botequins de artistas e aulas de pintura» (ALDEMIRA, 1941). No entanto, é de crer que, pelo menos inicialmente, passou pelo atelier de Carolus-Duran, pois quando expôs o quadro Concerto de Amadores no Salon de Paris (1882), apresentou-se como seu discípulo. O pintor contava, anos depois, a Jaime Batalha Reis, que esteve em Paris «uns dois annos e meio, trabalhando e estudando sempre, em liberdade, tendo frequentado apenas, por algumas semanas em companhia de Artur Loureiro, um ateliê livre de que era empresario um Italiano Colarossi». A Academia Colarossi fora fundada pelo escultor italiano Filippo Colarossi, tendo funcionado na Rue de la Grande Chaumière. Era uma escola particular e atelier livre, que tinha alunos estrangeiros. Seguindo o relato de Columbano, nesse «atelier trabalhei juntamente com pintores de varios paizes, sobretudo americanos, ingleses e franceses. (...) eu, com o meu feitio sempre pouco comunicativo, não logrei saber-lhes os nomes». Columbano ainda referia que teve «como professor Gustave Courtois, Raphael Collin e diziam que Bastien Lepage, mas esse nunca eu tive a honra de conhecer».

Columbano Bordalo Pinheiro, Árvores do Jardim do Luxemburgo (1881, Museu do Chiado - Museu Nacional de Arte Contemporânea, Lisboa)

A correspondência do artista com os amigos e familiares dá testemunho do seu isolamento. Logo no início da estada em Paris, o pintor escreveu a Alberto de Oliveira, queixando-se da situação em que se encontrava, tendo como resposta que era normal o estado do seu ânimo, «dado por natureza à melancolia e á saudade de poeta...». Tal como descreveu o pintor à irmã Amélia: «A unica coisa que me distrahe é o trabalho». Não conhecia franceses e tinha poucos apoios, entre os quais o de Guilherme de Azevedo, que era correspondente em Paris da Gazeta de Notícias.
A realidade, porém, deve ter sofrido alterações, sobretudo depois da chegada de Mariano Pina a Paris, em meados de 1882. Os dois faziam parte de um grupo que se reunia no Café Bas-Rhin, no Boulevard de St. Michel, que incluía o engenheiro Raúl Mesnier, os pintores António Ramalho e Artur Loureiro, Guilherme de Azevedo, Rafael Bordalo Pinheiro e Trigueiros de Martel.
Mariano Pina, que então vivia na capital francesa, trabalhando como correspondente da Gazeta de Notícias do Rio de Janeiro (em substituição de Guilherme de Azevedo, que, entretanto, falecera), contava numa carta, para Rafael, que Columbano estava bem, tendo o costume ir todas as noites a casa do jornalista. Pina mencionava que encontrara um amigo comum, o “Monsieur Luque” e acrescentava: «(…) vou apresentar-lhe teu irmão um dia d’estes ao Café de la Paix. O Columbano quer (…) conhecê-lo e quer mesmo por intervenção d’elle aproximar-se do Domingo [Francisco Domingo Marques] e do Madrazo [Raimundo de Madrazo y Garreta] (…)».
Em Setembro de 1883 o pintor voltou para Lisboa, terminada a pensão fornecida pela Condessa d’ Edla. Gervásio Lobato julgava que ele era um «pintor de muito talento», que só vinha a Lisboa visitar os amigos, voltando em breve para Paris, de forma a completar os seus estudos. Contudo, o pintor só iria regressar, já não como estudante, em 1889.
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Luís Varela Aldemira, Columbano, Ensaio Biográfico e Crítico, Lisboa, Livraria Portugal, 1941, p. 29; Margarida Elias, Columbano no seu Tempo (1857-1929), Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa, 2011 (Tese de Doutoramento).

sexta-feira, 17 de novembro de 2023

Paris III - Interior de um café

Jean Marie Mixelle, Intérieur d'un Café (1820, Ed. chez Mixelle, Paris, © Gallica).
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Fez-me lembrar a Confeitaria Nacional:

segunda-feira, 30 de outubro de 2023

sexta-feira, 31 de março de 2023

Com votos de bom fim de semana!

Louis Beroud, L'escalier de l'Opéra (1877, Musée Carnavalet, Paris)

quarta-feira, 21 de dezembro de 2022

Com votos de bom Inverno!

Camille Pissarro, Avenue de l'Opera, Snow Effect (1898, Pushkin Museum, Moscovo)

quarta-feira, 30 de novembro de 2022

Outono

Pierre Dubreuil, La Place de L'Opera (1909)
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«L'automne est une demeure d'or et de pluie.»
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segunda-feira, 28 de março de 2022

sexta-feira, 6 de setembro de 2019

Viagens

Francisco Rocchini, Sintra. Palácio de Seteais (1873, Arquivo de Documentação Fotográfica / DPIMI/DGPC)
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« Le seul véritable voyage, ce ne serait pas d’aller vers de nouveaux paysages, mais d’avoir d’autres yeux, de voir l’univers avec les yeux d’un autre, de cent autres, de voir les cent univers que chacun d’eux voit, que chacun d’eux est ».
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Marcel Proust, À la recherche du temps perdu, in Danielle Mérian (Pref.), Paris sera toujours une fête, Gallimard, 2016, p. 59.
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Nota: Já tinha colocado esta citação aqui no blogue, mas incompleta. Descobri-a de novo no livro Paris sera toujours une fête, que me me foi amavelmente oferecido pela Paula e o Rui Lima. A propósito da frase, deixo também umas referências aos locais por onde eu e o meu marido passámos, depois de nos casarmos, desde a Noite de Núpcias até à Lua de Mel.
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Elliott Erwitt, Budapest, Hungary (1964)
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Bernardo Bellotto, The Belvedere from Gesehen, Vienna (1759, Kunsthistorisches Museum, Vienna)
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Edouard Cortes, Sacred Heart of Paris
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Rennes - Avenue Janvier (Miles Blaine Collection)

quarta-feira, 17 de abril de 2019

Do Património

Paris, Notre-Dame (Côté Sud). Papeghin, Paris-Tours (c. 1915)
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«(…) Com efeito, a observação directa de qualquer edifício, quantas vezes o mais singelo, acaba por se revelar um meio privilegiado de compreender a sociedade que a ele e a outros similares deu origem (…)».
Esta frase, de Pedro Cid*, aplica-se, de facto, a um edifício de aparência mais singela (a Torre de S. Sebastião da Caparica) e em ruínas, não motivadas por qualquer incêndio, mas sim pelo abandono. A Notre-Dame não tem nada de singelo e espero bem que o que aconteceu não se repita, e que se consiga fazer um bom restauro. No entanto, a frase de Pedro Cid aplica-se a qualquer edifício e revela a importância da história, do património e da memória na construção da civilização, sendo que julgo que esse é um tema muitas vezes esquecido.
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*Pedro de Alboim Inglez Cid (2007). A Torre de S. Sebastião de Caparica e a Arquitectura Militar do Tempo de D. João II. Lisboa: Colibri – IHA/FCSH/UNL, p. 15.

sexta-feira, 6 de julho de 2018

Agradecimento :-)

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Ontem conheci pessoalmente a MR do Prosimetron, que, muito simpática, me ofereceu um café, um bloco e postais com ilustrações de Vasco Lopes de Mendonça. Muito obrigada!
Chegada a casa e tinha uma encomenda com um livro e um bilhete, oferta de PN Lima (blogue Ponto Aqui! Ponto Acolá!) e do Mister Vertigo (blogue Manuscritos da Galáxia, entre outros). Muito obrigada também!

domingo, 16 de junho de 2013

sexta-feira, 19 de junho de 2009

Sacré Coeur



Uma das minhas igrejas preferidas em Paris, por variadas razões. No interior encontra-se uma imagem de Santa Teresa, que me faz lembrar com saudade a Tia Alda.

Alguns dados sobre a igreja que tirei de outro site:

La construction est commencée en 1876 sur la Butte Montmartre, elle s'achève en 1910 et est consacrée en 1919.

Le Sacré-cœur long de 100m et large de 50m est surmontée d'un dôme haut de 83m.

Le campanile haut de 84 m abrite une cloche pesant 18.5 tonnes avec son battant de 850kg.

La construction de cette basilique de style romano-byzantin dédiée au Sacré-cœur fut déclarée d'utilité publique par l'Assemblée Nationale en 1873.

La construction est commencée en 1876 sur les plans d'Abadie largement inspirés de l'église St Front de Périgueux dont il fut le restaurateur.

L'intérieur renferme des trésors de décoration: sculptures en marbre, vitraux et mosaïques.

La colline de Montmartre est le point culminant de Paris avec ses 130 mètres de hauteur.

Du parvis de l'édifice on a une très belle vue panoramique de Paris.

On peut accéder à la Butte Montmartre grâce à un funiculaire original.

Juste à coté, l'Eglise Saint Pierre de Montmartre a été construite au milieu du XIIème siècle sur l'emplacement d'un édifice beaucoup plus ancien (sans doute remontant à l'époque Gallo-romaine).

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In Paris 1900.

terça-feira, 5 de maio de 2009

A Civilização

Fotografia de Paris, Abertura da Exposição Universal de 1900.
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Ao fundo, e como um altar-mor, era o gabinete de trabalho de Jacinto. A sua cadeira, grave e abacial, de couro, com brasões, datava do século XIV, e em torno dela pendiam numerosos tubos acústicos, que, sobre os panejamentos de seda cor de musgo e cor de hera, pareciam serpentes adormecidas e suspensas num velho muro de quinta. Nunca recordo sem assombro a sua mesa, recoberta toda de sagazes e subtis instrumentos para cortar papel, numerar páginas, colar estampilhas, aguçar lápis, raspar emendas, imprimir datas, derreter lacre, cintar documentos, carimbar contas! Uns de níquel, outros de aço, rebrilhantes e frios, todos eram de um manejo laborioso e lento: alguns, com as molas rígidas, as pontas vivas, brilhavam e feriam: e nas largas folhas de papel Whatman em que ele escrevia, e que custavam quinhentos réis, eu por vezes surpreendi gotas de sangue do meu amigo. Mas a todos ele considerava indispensáveis para compor as suas cartas (Jacinto não compunha obras), assim como os trinta e cinco dicionários, e os manuais, e as enciclopédias, e os guias, e os directórios, atulhando uma estante isolada, esguia, em forma de torre, que silenciosamente girava sobre o seu pedestal, e que eu denominara o Farol. O que, porém, mais completamente imprimia àquele gabinete um portentoso carácter de civilização eram, sobre as suas peanhas de carvalho, os grandes aparelhos, facilitadores do pensamento — a máquina de escrever, os autocopistas, o telégrafo Morse, o fonógrafo, o telefone, o teatrofone, outros ainda, todos com metais luzidios, todos com longos fios. Constantemente sons curtos e secos retiniam no ar morno daquele santuário. Tique, tique, tique! Dlim, dlim, dlim! Craque, craque, craque! Trrre, Trrre, Trrre!... Era o meu amigo comunicando. Todos esses fios mergulhados em forças universais transmitiam forças universais. E elas nem sempre, desgraçadamente, se conservavam domadas e disciplinadas! Jacinto recolhera no fonógrafo a voz do conselheiro Pinto Porto, uma voz oracular e rotunda, no momento de exclamar com respeito, com autoridade:
— Maravilhosa invenção! Quem não admirará os progressos deste século?
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Eça de Queirós (Civilização, 1892).
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terça-feira, 7 de outubro de 2008

Rosário - Rosa - Rosácea

Vitral da Catedral de Notre-Dame (Paris).
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Rosário
Fios de pérolas sobre um fio, do qual fala a Blagavad Gità. O fio é o Atmâ sobre o qual todas as coisas estão enfiadas, a saber todos os mundos, todos os estados de manifestação. Atmâ, o Espírito universal, liga os mundos entre si; é também o sopro que lhes dá vida.

Rosa
É a flor simbólica mais usada no Ocidente. Designa uma perfeição acabada, uma realização sem defeitos. Simboliza o vaso da vida, a alma, o coração, o amor. Na iconografia cristã corresponde ao Graal, a transfiguração das gotas do sangue de Cristo ou mesmo as próprias chagas de Cristo. Pode ser a rosa celeste da redenção. A rosácea gótica e a rosa-dos-ventos marcam a passagem do simbolismo da rosa para o da roda.
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Baseado em Jean Chevalier e Alain Cheerbrant.