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terça-feira, 24 de janeiro de 2017

Da arte - e para a Ana


Heinrich Kuhn, Lady before a mirror (1904)*
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«Toute société tend à visualiser d'une manière affective et en même temps active ses jugements de valeur sur le monde qui l'entoure.»
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Pierre Francastel, La Réalité Figurative, p. 222.
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* A fotografia escolhida foi a pensar na Ana, que faz anos hoje e, pelo que sei, gosta de espelhos na arte. Muitos beijinhos e votos de muitas felicidades!

quarta-feira, 14 de dezembro de 2016

Da soberania na Natividade

Fra Angelico, A Virgem da Humildade (1445, Thyssen-Bornemisza Museum, Madrid)
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«Tomemos o caso do estrado. Se Angelico nos apresenta a Virgem sentada sobre um trono sobreposto a um estrado, não se trata de uma invenção sem motivo. Em todas as civilizações, o estrado é a marca da soberania, do poder real. É o mesmo para a arcada. Em si, deste modo, o símbolo do estrado é tão geral que se torna vago. Ele exprime somente a dignidade soberana da Virgem. Mas, no século XV, é uma variante da cena da Coroação da Virgem (...).»
 
Sandro Botticelli, A Natividade Mística (1530)
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«Como o estrado, o tecto é um sinal de dignidade. Encontramo-lo particularmente associado ao tema da Natividade. Ele aparece geralnente como um pequeno edifício aberto (*), formado por um tecto de palha sobre uns suportes de madeira. (...) Notamos sobretudo que, muito frequentemente, o tema morfológico do tecto está ligado a outro tema, o da rocha, ou mais exactamente da gruta (...). Mais tarde, o carácter rústico do tecto atenua-se (...).»
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In Pierre Francastel, La Rélité Figurative, pp. 216-217 (tradução minha).
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Piero della Francesca, Natividade (1470-1475, National Gallery, Londres)
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Pietro Perugino, Natividade (Yale University Art Gallery (1496-1500, Yale University, New Haven)
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(*) De facto na Bíblia não é referido com excatidão como era o local onde Jesus nasceu. São Lucas (2, 7) diz apenas: «(...) envolveu em panos e recostou numa manjedoira, por não haver para eles lugar na hospedaria. (...)».

sexta-feira, 9 de dezembro de 2016

Da arte como linguagem

Felix Valloton, La Neva (1913)
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 «(...) l'art est un langage aussi clair pour ceux qui l'entendent ou le parlent spontanément et aussi complet que les autres. Un tableau étant un système de lignes et de taches qui cherche à satisfaire à la donnée d'un problème, il exprime autant de causes intellectuelles qu'un discours ou qu'un théorème (...)»
«(...) l'art fournit un instrument puissant d'analyse aussi bien s'il s'agit de connaître les mécanismes de l'imagination humaine et de l'expression que s'il s'agit de retracer l'histoire des comportements successifs des hommes vivant en société. (...)»
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Pierre Francastel, in La Réalité Figurative, pp. 153-154, 157.

quarta-feira, 23 de novembro de 2016

Perspectiva e pintura

Félix Vallotton, Le Poker (1902, Musée d'Orsay)
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«(...) les oeuvres d'art nous fournisent un moyen précieux de vérification. Elles nous montrent, en effet, la possibilité de concevoir un monde dépourvu de grandeur fixe, de troisiéme terme si l'ont veut, un monde où les objects se situent et se deplacent uniquement par rapport à l'artiste ou au spectateur mais non par rapport les uns aux autres, où les déplacements n'altérent pas les volumes et les qualités, où véritablement les objects sont des êtres pourvus, une fois pour toutes, de qualités attributives et immuables. (...)»
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Pierre Francastel, La Réalité Figurative, p. 145.

quarta-feira, 9 de novembro de 2016

Arte: espaço e significado

 Carl Fredrik Reuterswärd, Non-Violence (1985, Nova Iorque © ZhengZhou)
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«Tous les arts plastique sont des arts de l'espace. (...) Tout signe plastique est par conséquent spatial.»
«(...) Ainsi les oeuvres d'art traduisent la conception que les artistes et leur temps se font de l'espace, tandis que les conceptions générales, et spécialement mathématiques, de l'éspace nous réseignnt sur les intentions des artistes à une époque donnée.»
«(...) les oeuvres d'art sont des signes au même titre que les mots et que les symboles mathématiques.»
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Pierre Francastel, La Réalité Figurative, p. 131.

sexta-feira, 1 de março de 2013

Arte e percepção

Berndt Lindholm, Koivumaisema Landskap med björkar (1864, Ateneum Art Museum, Helsinki, via Oldpaint).
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«O artista (…) materializa percepções seguindo um sistema paralelo ao das especulações do cientista e das actividades do técnico».
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Pierre Francastel,
in Arte e Técnica nos Séculos XIX e XX, Lisboa, Edição «Livros do Brasil», p. 8 (citação no prefácio de José-Augusto França, 1963).

sábado, 2 de fevereiro de 2013

Expressão de um tempo

Émile Friant, Self portrait.
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«Os artistas exprimem, para uma época determinada, e na sua linguagem específica, a fisionomia do mundo e as leis variáveis do espírito»
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Pierre Francastel, Arte e Técnica nos Séculos XIX e XX, Lisboa, Edição «Livros do Brasil», p. 162.

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

O que o artista revela

Sir William Orpen, The Mirror (1900, Tate Gallerry, Londres).
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«O que o artista fixa, não é o que ele viu ou apreendeu; é o que ele procura o o que ele quer revelar aos outros».
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Pierre Francastel (1983).
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No site da Tate Gallery comparam esta pintura a obras de Van Eyck (pelo espelho) e de Whistler (retrato da mãe). A mim faz-me lembrar os retratos femininos de Fantin-Latour e As Meninas de Velásquez.

segunda-feira, 8 de junho de 2009

A Arte e a Sociedade

Gravura de Emília Matos e Silva.
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«Ligada da maneira mais estreita ao destino das sociedades, a arte não se explica pela compreensão global dos seus mecanismos, mas permite reconstituir grandes planos do seu sistema de pensamentos tanto como dos seus rituais e das suas actividades técnicas. Estável numa sociedade estável, móvel numa sociedade em movimento, ela é, simultaneamente, produto e testemunho.»
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Pierre Francastel (ed. 1973).

quinta-feira, 4 de junho de 2009

A Cultura


Ilustração Victoriana.
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«A cultura é um tesouro pacientemente acumulado».
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Pierre Francastel, in A Realidade Figurativa (ed. 1973).

quinta-feira, 29 de maio de 2008

A imaginação

Fotografia de Margarida Elias (Castro do Zambujal - Torres Vedras, 2004).
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«Ainda estaríamos na idade das cavernas se a permanência dos habitats não cedesse por vezes lugar a atos ou obras do espírito fundadas numa das problemáticas do imaginário.»
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Francastel.