Frederick William Flower,
Porto, Panorâmica (1849-1859, Arquivo de Documentação Fotográfica / DPIMI/DGPC)
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«Le véritable voyage de découverte ne consiste pas à chercher de nouveaux paysages, mais à avoir de nouveaux yeux».
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Descobri outro dia esta frase num dos meus blogues preferidos (
Do Porto e não só), que agora está em pausa.
Ao ler esta frase fiquei a meditar que gosto muito de viajar (nomeadamente) para locais onde ainda não fui; mas tenho de concordar que ver "velhas" paisagens com outros olhos é também estimulante. Aliás, aprecio regressar ao mesmo sítio várias vezes e reparar em detalhes que antes não tinha reparado, ou nas coisas novas que entretanto surgiram. E também é bom regressar a museus, reler livros, rever filmes, etc.
Ainda outro dia comentava, com uma amiga, que gostaria de voltar ao Porto, porque é uma cidade que ainda não aprendi a apreciar. Para já, nessa cidade, só gosto de Serralves, do Museu Soares dos Reis e do Palácio da Bolsa, para além do vinho do Porto. Acho que preciso de lá voltar com um novo olhar - e aproveitar para ver alguns museus onde nunca fui, nomeadamente a Casa-Oficina António Carneiro e a Casa-Museu Marta Ortigão Sampaio.
Esta mesma frase fez-me lembrar também o Mister Vertigo que gosta muito de Proust - também nunca li nada desse autor francês e tenho forçosamente de o fazer, está visto.
Por fim, tenho de assumir que julgo que Proust se referia mais às descobertas que podemos fazer mesmo no quotidiano próximo, se o olharmos com novos olhos.