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terça-feira, 5 de agosto de 2025

Espaço

Jorge Barradas, Casario – Barquinha (1922, Centro de Arte Moderna Gulbenkian, Lisboa)
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«We put thirty spokes together and call it a wheel,
But it is on the space where there is nothing that the usefulness of the wheels depends.
We turn clay to make vessel,
But it is on the space where there is nothing that the usefulness of the vessel depends.
We pierce doors and windows to make a house,
And it is on these spaces where there is nothing that the usefulness of the house depends.
Therefore just as we take advantage of what is, we should recognize the usefulness of what is not.»
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Lao-Tse (via Good Reads)

terça-feira, 6 de agosto de 2024

Afinidades CVIII

 

António Carvalho da Silva Porto, Cancela Vermelha (1878-1879, Museu Nacional de Soares dos Reis, Porto)
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Jorge Barradas, Paisagem, Pernambuco (1923, Centro de Arte Moderna, Gulbenkian Lisboa)

quarta-feira, 5 de abril de 2023

Exposição «Jorge Barradas no Jardim da Europa»

O Riso d' A Vitória, n.º 2, 30 de Agosto de 1919.

Anunciação (1936, Museu Nacional de Arte Contemporânea, Lisboa)

As Máscaras (1959, Museu Municipal Dr. Santos Rocha, Figueira da Foz)

Pássaros e Flores (1969, Colecção Millenium bcp, Lisboa)

A Árvore Vermelha (1970)

quarta-feira, 22 de agosto de 2018

Afinidades XXIII

Pierre Bonnard, La terrasse de Vernon (1928)
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Jorge Barradas, Paisagem tropical - S. Tomé (1931, MNAC)

terça-feira, 3 de fevereiro de 2015

Telhados

Adelino Lyon de Castro, Recanto de aldeia (1945-1952, Museu do Chiado – Museu Nacional de Arte Contemporânea)
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«A Cerâmica rodeia-nos desde sempre. Está presente onde quer que estejamos. Quando no berço, momentos após virmos ao mundo já ela nos defende, nos protege das ardências do sol, das inclemências custosas da chuva e do frio. Ela está sobre as nossas cabeças, cobrindo o tecto da nossa habitação. É humilde a sua forma, é modesto o seu nome. Chama-se telha.»
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Jorge Barradas.

sexta-feira, 16 de janeiro de 2015

Da arte

Jorge Barradas (1932, Centro de Arte Moderna)
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«A arte, é a objectivação da vida, porque sonhar é viver também.»
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J. M. Teixeira de Carvalho, 1926, Notas de Arte e Crítica, Porto, Livraria Moreira Editora, p. 208.

terça-feira, 25 de março de 2014

A Inocência

Jorge Barradas, Anunciação (1936, Museu do Chiado – Museu Nacional de Arte Contemporânea)
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A Inocência

Caminhando no mundo vai segura 
A Inocência, com grave firme passo. 
Sem temor de cair no infame laço 
Que arma a traidora mão, a mão perjura. 

Como não obra mal, nem mal procura 
Para os seus semelhantes, corre o espaço 
Sem lança, sem arnês, sem peito de aço, 
Armada só de consciência pura. 

Pois que ofensa não faz, não teme ofensa 
E por isso passeia, satisfeita, 
Sem as feras temer na selva densa. 

Traições, ódios, vinganças não espreita. 
Certa no bem que faz, só nele pensa: 
Quem remorsos não tem, mal não suspeita. 
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domingo, 13 de maio de 2012

A Capela de Nossa Senhora de Fátima na Igreja de Santo Eugénio em Roma

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A iniciativa da Capela de Nossa Senhora de Fátima na Igreja de Santo Eugénio em Roma surgiu em 1942, no âmbito de um projecto traçado pelo Vaticano, cujo objectivo residiu na criação de um templo comemorativo do jubileu episcopal do Papa Pio XII (1876-1958), que tinha sido ordenado a 13 de Maio de 1917, no mesmo dia da primeira aparição de Nossa Senhora na Cova da Iria. A igreja foi erguida na Vialle delle Belle Arti e deveria ser construída, apenas, com donativos de católicos de todo o mundo. Os trabalhos foram suspensos entre o Verão de 1943 e 1947, devido aos bombardeamentos da cidade de Roma. Portugal foi a única nação que garantiu, desde 1942, que a sua capela seria exclusivamente “feita com os mármores e pelos artistas portugueses”. Já depois da Guerra, Oliveira Salazar (1889-1970), que era então o Presidente do Conselho de Ministros, indicou ao Ministro das Obras Públicas e Comunições, José Frederico Ulrich (1905-1982), que procedesse à nomeação dos técnicos e artistas necessários e assumisse a responsabilidade da concretização do projecto. Foram chamados Luís Benavente (1902-1993), Jaime Martins Barata (1899-1970), Leopoldo de Almeida (1898-1975) e Jorge Barradas (1894-1971), que colaboraram na criação da capela, materializada no transepto da Igreja. O espaço projectado por Benavente apresenta-se como uma reunião do povo português em torno da Virgem. Jaime Martins Barata realizou uma pintura mural onde figuram Nuno Álvares Pereira, herói da independência nacional cuja causa de canonização fora retomada em 1940, Santo António de Lisboa, o santo português declarado Doutor da Igreja pelo próprio Papa Pio XII, a Rainha Santa Isabel e S. João de Deus. A meio da altura do pano central de parede, deparamo-nos com um alto-relevo da titular da capela, obra de Leopoldo de Almeida. A escultura, realizada em mármore de Vila Viçosa, constrói-se dentro de uma volumetria piramidal, no topo da qual sobressai o rosto humanizado de Maria. Estão presentes elementos característicos da iconografia fatimita, como a estrela junto aos pés e o rosário, mas o mestre inovou e simplificou, optando por uma volumetria inédita e uma expressão mais eloquente, actualizando, inclusivamente, o seu modelo, inaugurado com a igreja de Nossa Senhora de Fátima (1934-1938). Junto da mesa de altar projectada por Benavente, fica o frontal em cerâmica policromada, da autoria de Jorge Barradas, onde se vê uma interessante “Anunciação”, que remete para o culto eucarístico. A inauguração da igreja de Santo Eugénio em Roma e, naturalmente, da capela oferecida pelos portugueses a Sua Santidade, ocorreu no dia 2 de Junho de 1951. Paralelamente, em Lisboa, era inaugurada a igreja de Santo Eugénio no bairro da Encarnação, no exacto mesmo dia da consagração do templo homónimo de Roma.
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Resumido e adaptado do artigo de Vera Félix Mariz, «A capela de Nossa Senhora de Fátima na igreja de Santo Eugénio em Roma», in Artis, Lisboa, Instituto de História da Arte da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, vol. 9/10, 2010/2100, pp.389-397. A Dissertação de Mestrado, desta investigadora, orientada por Maria João Neto, sobre o mesmo assunto, foi apresentada na Universidade de Lisboa em 2010 e publicada em 2011 pelo Centro de História do Banco Espírito Santo.