Jorge Barradas, Anunciação (1936, Museu do Chiado – Museu Nacional de Arte Contemporânea)
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A Inocência
Caminhando no mundo vai segura
A Inocência, com grave firme passo.
Sem temor de cair no infame laço
Que arma a traidora mão, a mão perjura.
Como não obra mal, nem mal procura
Para os seus semelhantes, corre o espaço
Sem lança, sem arnês, sem peito de aço,
Armada só de consciência pura.
Pois que ofensa não faz, não teme ofensa
E por isso passeia, satisfeita,
Sem as feras temer na selva densa.
Traições, ódios, vinganças não espreita.
Certa no bem que faz, só nele pensa:
Quem remorsos não tem, mal não suspeita.
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2 comentários:
Tão lindo o poema e a tela.
Não conhecia esta Anunciação.
Obrigada pela partilha.
Beijinho. :))
Ana - Gosto bastante da obra de Jorge Barradas e só descobri esta pintura há pouco tempo. Beijinho!
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