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quinta-feira, 3 de outubro de 2013

O céu, as nuvens e a chuva

«(…) La peinture n’est pas un langage, mais, dès lors qu’elle représente et, surtout, qu’elle “imite la Nature”, elle est articulée selon des operations similaires à celles qu’opère le langage pour render compte du reel en le transformant précisement en Nature».
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Daniel Arasse.
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Giogione, La tempesta (1505, Gallerie dell'Accademia, Veneza - Link)
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Josephine Bowes, A Cornfield near Calais (1860-74, Link)
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Ivan Shishkin, Gathering storm (1884, Russian Museum, St. Petersburg - Link)
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Nicholas RoerichBattle in the Heavens (1912, Russian Museum, St. Petersburg - Link)
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Felix Vallotton, The Entrance to the Villa Beaulieu in Honfleur (Before the Storm) (1916 - Link)
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Henri Rousseau, La Vigie de Malakoff (1892 - Link)
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Tomas Saraceno, Cloudy House (2009 - Link)

sábado, 25 de agosto de 2012

Sobre a pintura

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Um texto de James Elkins, inicia com o seguinte diálogo:

«Giancarlo Politi: How do you recognize a good painting? 
Francesco Clemente: Henry Geldzahler showed me two ways that I believe and trust in. One is by remembering — if you remember, and continue to remember, the image. The other involves looking at a painting more than once and finding something new in it each time.… Maybe there’s a third technique, the one I believe in the most, perhaps, though it’s the most arbitrary, and that’s to ask yourself if you could live inside the painting».

Acho este diálogo interessante, não só porque concordo com as primeiras premissas, mas também porque me intriga a última: a possibilidade de viver dentro de um quadro. Há obras de arte que eu sei que são excelentes, mas eu não quereria fazer parte delas. Contudo, por exemplo, até "entrava" numa das vistas de Veneza pintadas por Canaletto.
Por outro lado, este diálogo faz-me lembrar um outro texto, citado por Daniel Arasse (Le Détail, Paris, Flammarion, 1996, p. 242), que introduz uma perspectiva idêntica. É de Rilke e versa sobre A Virgem de Lucas de Van Eyck:

Jan Van Eyck, A Vigem de Lucas (c. 1436, Städelsches Kunstinstitut, Frankfurt).

«Et tout à coup je désirai, je désirai, oh! désirai d'être non pas l'une des petites pommes du tableau, non pas l'une de ces pommes peintes sur la tablette peinte de la fenêtre - même cela me semblait trop de destin... Non: devenir la douce, l'infime, l'imperceptible ombre de l'une de ces pommes -, tel fut le désir en lequel tout mon être se rassembla».

quinta-feira, 7 de junho de 2012

Corot e o detalhe



Jean-Baptiste-Camille-Corot,  Campagne de Naples (1840-45) e Bateau près d'une rivière (c.1862, Fondation Collection E. G. Bührle Zurique).
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Corot é um dos meus pintores preferidos e uma das razões porque fico fascinada com as suas obras é pela maneira como pintava a folhagem das árvores, que dava uma sensação onírica às suas paisagens. Há uns anos, no Museu Gulbenkian, cheguei a ficar emocionada, de uma forma inexplicável, perante uma pequena pintura de Corot. Por um lado esta questão remete-me para um texto de James Elkins sobre «Pictures and Tears: A history of people who have cried in front of paintings», que trata da emoção que podemos ter perante uma obra de arte. Contudo, o texto de Elkins refere-se a situações mais objectivas, onde os motivos da emoção são explicáveis. No meu caso, contudo, é apenas um detalhe que corresponde à maneira como Corot representava a folhagem das árvores, uma espécie de segunda assinatura do artista nas suas obras. Daqui transito para o livro de Daniel Arasse, intitulado Le Détail, onde, a dado momento, ele diz: «(...) il est bon de revenir à une question laissée en suspens: au ras du tableau, que cherche son spectateur et qu'y trouve-t-il? Qu'est-ce qui le pousse ainsi à se rapprocher de la peinture, à y faire le détail? Et que se passe-t-il quand, soudainement ou progressivement, le spectateur s'attache au détail ou quand un détail l'apelle?»

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

O percurso do olhar




 Diego Velázquez, An old woman cooking eggs (1618, National Gallery of Scotland).
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«le parcours du regard se constitue d’un va-et-vient du détail à l’ensemble et de l’ensemble au détail, et comment l’effet de plaisir du tableau tient à cette possibilite d’oscillation, entre rapprochement et mise à distance de ses parties».
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Daniel Arasse (1992).

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Detalhe

Ernest Meissonier, A Painter (1855, Cleveland Museum of Art, Ohio).
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«Un détail peut être porteur d’une signification essentielle à l’ensemble de l’image. Il peut être alors un element visible, manifeste ou discret. Il peut être parfois invisible et designer, dans le tableau, l’intimité de ce qui le travaille».
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Daniel Arasse (1992).

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Pintura moderna

Pintura de Gustave Caillebotte, Os Campos Amarelos em Gennevilliers (1884, Wallraf-Richartz Museum, Köln).
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«(...) La naissance de la peinture moderne proprement dite s'acompagne, quant à elle, de l'affirmation qu'un tableau de peinture est, essentiellement, la solution d'un probleme pictural ou "plastique" (...)».
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Daniel Arasse (1992).