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quarta-feira, 6 de março de 2024

Afinidades XCIX

Enrico Albrici, Alegoria da Caridade (1744, Santa Maria della Carità, Brescia)
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Gratidão (Palácio Nacional da Ajuda, Lisboa)
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Cesare Ripa, Gratidão

terça-feira, 9 de julho de 2019

Termos de Arte e de Arquitectura - Árvore de Jessé

António de Holanda (atribuído), Árvore de Jessé (1517-1551, Museu Nacional de Arte Antiga)
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«Tema iconográfico típico da arte medieval. Representa o patriarca Jessé (pai de David) que dorme e de cujo corpo sai uma árvore com ramos que sustêm imagens dos antepassados de Cristo e a Virgem com o Menino. Tal representação pode ser admirada na capela da catedral de Chartres (c. 1140) e numa coluna da catedral de Orvieto (primeiras décadas do século XIV)».
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In Dicionário de Termos Artísticos e Arquitectónicos, Público, 2006, pág. 42.
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Colcha (Séc. XVII, Museu Nacional do Traje e da Moda)

quinta-feira, 29 de março de 2018

Símbolos

Anastasis (c. 350 CE).
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Nas origens do cristianismo (...) a Cruz não foi objecto de nenhuma espécie de adoração. Os primeiros cristãos ignoraram completamente o instrumento do Martírio, preferindo outros elementos ornamentais mais alegres se de representar símbolos e imagens se tratava. Além disso, durante as perseguições romanas (...) a exibição e adoração pública da Cruz teria sido (...) muito perigosa, de modo que nas paredes (...), nos objectos pessoais e nos altares apareceram símbolos tais como o cordeiro, o peixe, a âncora ou a pomba. A representação mais importante, porém, era o Crisma, o monograma formado pelas primeiras letras gregas do nome de Cristo, XP – chi e ró -, que foi profusamente usado para decorar os lugares sagrados.»
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Matilde Asensi, O Último Catão, Lisboa, Dom Quixote, 2005, pp. 42-43.

quinta-feira, 21 de setembro de 2017

No Dia Mundial da Gratidão

Aproveito para agradecer a todos os meus familiares e amigos, sem excepções.
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Dürer, The Stork (1515, Museu de Ixelles, Bruxelas)
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De acordo com a Hieroglyphica de Horus Apollo, os escribas egípcios antigos representavam a cegonha como sinal de gratidão.
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Cf. Simona Cohen,  Animals as Disguised Symbols in Renaissance Art, 2008, p. 71.
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Allan McCollum, Thanks (Visible Markers)
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Chocolates Merci

quinta-feira, 25 de agosto de 2016

Iconografia da Fortuna


Hans Sebald Beham, Fortuna (1541)
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A deusa Fortuna, para os romanos (Tyche para os gregos) era filha de Júpiter. As representações da Fortuna, enfatizam a sua dualidade e instabilidade. É muitas vezes representada com duas faces, como Janus, ou de olhos tapados como a Justiça. Por vezes a sua cabeça é careca atrás, mas tem um cabelo longo na frente para poder ser apanhada, como a Ocasião (ou Oportunidade). O símbolo é a roda, o que tem origem na Consolação da Filosofia de Boécio (c. 524). A Fortuna comanda a roda, que é geralmente dividida em quatro estádios com figuras: uma a subir chamada de "regnabo", uma em cima que é muitas vezes coroada e chama-se "regno", uma a descer intitulada "regnavi" e a de baixo, sem reino, chamada de "sum sine regno".
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Cf. The Iconography of Fortuna - in (A. K.) Richard Leighton Greene. s.v. "Fortune." Dictionary of the Middle Ages, Vol.3, Joseph R Strayer, ed. New York: Scribner's, 1983. pp. 145-147; Fortuna (Wikipedia).
Cf. também «A Ocasião».
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Carmina Burana (c. 1230)
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sábado, 25 de julho de 2015

São Tiago Maior


Albrecht Dürer, Saint James Major (Metropolitan Museum of Art, Nova Iorque)
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Tiago é um nome possivelmente de origem hebraica, e que pode significar protecção e seguimento. São Tiago veste-se como um peregrino e tem como um dos seus atributos a concha - o que se deve talvez ao facto de os peregrinos que iam a Santiago terem o costume de irem até ao mar na Finisterra colher uma concha como prova de terem completado a sua peregrinação. 
Na Bíblia ele surge como filho de Zebedeu e irmão mais velho de São João Evangelista. Jesus chamava-o de filho do trovão, o que leva a pensar que fosse uma pessoa de temperamento explosivo. São Tiago, com São João e São Pedro, esteve presente no momento da Transfiguração e da Agonia. De acordo com a Lenda Dourada, depois da Ascenção de Jesus, ele pregou na Judeia e Samaria, levando depois a mensagem da Bíblia para Espanha. Regressou a Jerusalém, onde foi martirizado, cerca do ano 42. Segundo a lenda, os seus discípulos colocaram o seu corpo num barco que foi para a Galiza, onde foi sepultado numa floresta. No século IX o seu túmulo foi descoberto em circunstâncias milagrosas, sendo assim que nasceu o culto de Santiago de Compostela. 
Ele é patrono dos farmacêuticos, peregrinos e da Espanha (entre outros), sendo invocado para obter bom tempo.
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Cf. Rosa Giorgi, Saints in Art, Los Angeles, J. P. Getty Museum, 2003, p. 172.

terça-feira, 5 de janeiro de 2010

Baltasar


Pintura de Vasco Fernandes (Grão Vasco), Adoração dos Magos (1501-1506, Museu de Grão Vasco, Viseu).
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Esta pintura é uma curiosidae iconográfica da pintura portuguesa porque o Rei Mago negro é figurado por um índio brasileiro, o que remete para a descoberta do Brasil por Pedro Álvares Cabral, em 1500.
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«Tinha na cabeça um turbante branco e dos seus ombros caía um longo manto verde bordado de pérolas. A sua cara era preta.
- Boa noite - disse ela. - O meu nome é Joana. E vamos com a estrela.
- Também eu - disse o rei - caminho com a estrela e o meu nome é Baltasar».
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Sophia de Mello Breyner Andresen, A Noite de Natal (1959).

sábado, 1 de novembro de 2008

A Ocasião


Escola de Andrea Mantegna, Occasio and Poenitentia (ca. 1500, Castelo Ducal, Mântua).
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Representada sob os traços de uma jovem mulher com a face escondida por longos cabelos, com a cabeça careca atrás, e equilibrada sobre uma esfera que rebola. A ocasião representa o momento propício para agir e realizar os seus desejos. A habilidade do ser humano consiste em apanhá-la pelos cabelos antes que a jovem se afaste para sempre.
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Matilde Battistini.