sexta-feira, 31 de outubro de 2008

A máscara do medo

Pintura de Paul Klee, A máscara do medo (1932, The Museum of Modern Art, Nova Iorque).
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Fear is the main source of superstition, and one of the main sources of cruelty. To conquer fear is the beginning of wisdom.

quinta-feira, 30 de outubro de 2008

Trouillebert

Pintura de Trouillebert, Construction of an Elevated Railway: Bridge over the Cours de Vincennes (1888, Cleveland Museum of Art, Ohio).
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Paul Désiré Trouillebert (1829-1900), aluno de Ernest Hébert and Charles-François Jalabert, iniciou a sua carreira no Salon de 1865, exibindo um retrato. Continuou a pintar retratos até cerca de 1881, quando se começou a concentrar nas paisagens. Recebeu alguma atenção quando uma das suas pinturas na colecção do escritor Alexandre Dumas foi vendida como sendo um Corot (q.v.). Trouillebert pintou uma grande variedade de assuntos, incluindo cenas de género, retratos, nus e paisagens.

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Cleveland Museum of Art.

sábado, 25 de outubro de 2008

O instante e a eternidade

Pintura de Bartolomé Esteban Murillo, Duas Mulheres à Janela (1670, National Gallery of Art, Washington).
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Le tableau et la sculpture arrêtent le temps, ils font croire à l'éternité d'un sourire ou d'une détresse, ils retiennent une existence à l'instant où déjà elle se retire.
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Catherine Chalier.

sexta-feira, 24 de outubro de 2008

Desenhos de crianças



Desenho do Tiago.
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Children also have artistic ability, and there is wisdom in there having it! The more helpless they are, the more instructive are the examples they furnish us; and they must be preserved free of corruption from an early age.
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Paul Klee.

quinta-feira, 23 de outubro de 2008

Avó Irene


Desenho de Margarida Elias (2004).
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É de longe, que sabemos ver as pessôas e as cousas. De perto, são os olhos que vêem. De longe, é a alma que vê.
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Teixeira de Pascoaes (1924).

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

A Boémia

Pintura de Fantin-Latour, Un Coin de Table (1872, Museu d'Orsay, Paris).
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Aos vinte anos é preciso que alguém seja estroina nem sempre para que o Mundo progrida, mas ao menos para que o mundo se agite. Para se ser ponderado, correcto e imóvel, há tempo de sobra na velhice.
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Ramalho Ortigão,
Citado por Maria João Ortigão de Oliveira.

terça-feira, 21 de outubro de 2008

A Moleirinha

Fotografia de Margarida Elias (Ribamar, Torres Vedras).

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Pela estrada plana, toque, toque, toque
Guia o jumentinho uma velhinha errante
Como vão ligeiros, ambos a reboque,
Antes que anoiteça, toque, toque, toque
A velhinha atrás, o jumentinho adiante!...
Toque, toque, a velha vai para o moinho,

Tem oitenta anos, bem bonito rol!...
E contudo alegre como um passarinho,
Toque, toque, e fresca como o branco linho,
De manhã nas relvas a corar ao sol.
Vai sem cabeçada, em liberdade franca,
O jerico ruço duma linda cor;
Nunca foi ferrado, nunca usou retranca,
Tange-o, toque, toque, moleirinha branca
Com o galho verde duma giesta em flor.
Vendo esta velhita, encarquilhada e benta,

Toque, toque, toque, que recordação!
Minha avó ceguinha se me representa...
Tinha eu seis anos, tinha ela oitenta,
Quem me fez o berço fez-lhe o seu caixão!...
Toque, toque, toque, lindo burriquito,

Para as minhas filhas quem mo dera a mim!
Nada mais gracioso, nada mais bonito!
Quando a virgem pura foi para o Egipto,
Com certeza ia num burrico assim.
Toque, toque, é tarde, moleirinha santa!

Nascem as estrelas, vivas, em cardume...
Toque, toque, toque, e quando o galo canta,
Logo a moleirinha, toque, se levanta,
Pra vestir os netos, pra acender o lume...
Toque, toque, toque, como se espaneja,

Lindo o jumentinho pela estrada chã!
Tão ingénuo e humilde, dá-me, salvo seja,
Dá-me até vontade de o levar à igreja,
Baptizar-lhe a alma, prà fazer cristã!
Toque, toque, toque, e a moleirinha antiga,

Toda, toda branca, vai numa frescata...
Foi enfarinhada, sorridente amiga,
Pela mó da azenha com farinha triga,
Pelos anjos loiros com luar de prata!
Toque, toque, como o burriquito avança!
Que prazer d'outrora para os olhos meus!
Minha avó contou-me quando fui criança,
Que era assim tal qual a jumentinha mansa
Que adorou nas palhas o menino Deus...
Toque, toque, é noite... ouvem-se ao longe os sinos,
Moleirinha branca, branca de luar!...
Toque, toque, e os astros abrem diamantinos,
Como estremunhados querubins divinos,
Os olhitos meigos para a ver passar...
Toque, toque, e vendo sideral tesoiro,
Entre os milhões d'astros o luar sem véu,
O burrico pensa:
Quanto milho loiro!
Quem será que mói estas farinhas d'oiro
Com a mó de jaspe que anda além no Céu!
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Guerra Junqueiro
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segunda-feira, 20 de outubro de 2008

Como uma interpretação errada de duas abreviaturas pode levar a uma errada resposta:

Certa ocasião uma família inglesa foi passar as férias à Alemanha.
No decorrer de um dos habituais passeios, os membros da referida família repararam numa pequena casa de campo que lhes pareceu muito apropriada para passar as férias de verão. Informados de quem fosse o proprietário e vindo a saber que se tratava de um Pastor protestante, pediram que lhes mostrassem a pequena propriedade. A casa, tanto pela sua comodidade, como pela sua óptima situação, agradou muito aos visitantes ingleses, que resolveram alugá-la para a próxima estação.
Regressados a Inglaterra, discutiram muito acerca da planta da casa, quando de repente, falando sobre a utilização a dar às diversas divisões, a senhora se lembrou de não ter visto o W.C..
Confirmando o sentido prático dos ingleses, a senhora escreveu imediatamente, para obter pormenores, tendo a sua carta sido formulada da maneira seguinte:
«Gentil Pastor:
Sou um dos membros da família que à pouco tempo o visitou com o fim de alugar a sua propriedade no próximo Verão, e visto todos nós havermos esquecido um detalhe importante, muito agradecíamos que nos informasse em que local se encontra o W.C..»
O Pastor, não compreendendo o significado das abreviaturas W.C., e julgando tratar-se da capela da seita inglesa "White Chapel", respondeu nos termos seguintes:
«Gentil senhora:
Recebi a sua carta e tenho prazer de comunicar-lhe que o local a que se refere fica a 12 kilómetros da casa.
Isto é muito cómodo sobretudo se se tem o hábito de ir lá frequentemente.
Neste caso, é preferível levar de comer para ficar lá todo o dia. Alguns vão a pé, outros de bicicleta. Há lugar para 400 pessoas sentadas e 100 de pé. O ar é condicionado para evitar os inconvenientes da aglomeração.
Os assentos são de veludo e recomenda-se o chegar cedo para apanhar lugar sentado. As crianças sentam-se ao lado dos adultos e todos cantam em coro. À entrada é fornecido um papel a cada pessoa, mas se alguém chegar depois da distribuição, pode usar o papel do parceiro do lado.
Tal papel deverá ser restituído para poder ser utilizado durante todo o mês. Existem amplificadores de som. Tudo o que se recolhe é para as crianças pobres da região. Fotógrafos especiais tiram fotografias para os jornais da cidade, de modo que todos possam ver pessoas no cumprimento de um dever tão humano».

sábado, 18 de outubro de 2008

O elogio da paisagem


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Je pense que l' infortune m'a obligé de me réfugier sous la voûte du ciel et les ombrages épais, et me placer le mieux possible pour assister aux concerts des oiseaux. Auprès de cela, de ces quiétudes, que sont les petites tempêtes indurables que fabriquent les hommes? Vive les pluies d'étoiles du mois de juillet et les jolies fleurettes dans les prés!
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Corot.

sexta-feira, 17 de outubro de 2008

A formiguinha do pé preso


Era uma vez uma formiga que andava na neve, entregue aos seus afazeres. A dado momento, a formiga ficou com uma pata presa na neve e, por mais esforços que fizesse, não conseguia libertá-la.
A formiga virou-se para a neve e pediu-lhe:
- Ó neve, tu és tão forte que o meu pé prendes. Liberta o meu pezinho.
A neve respondeu-lhe:
- Não posso. Mais forte do que eu é o sol que me derrete.
A formiga virou-se para o sol e pediu-lhe:
- Ó sol, tu és tão forte que derretes a neve que o meu pé prende. Liberta o meu pezinho.
O sol respondeu-lhe:
- Não posso. Mais forte do que eu é a nuvem que me tapa.
A formiga virou-se para a nuvem e pediu-lhe:- Ó nuvem, tu és tão forte que tapas o sol que derrete a neve que o meu pé prende. Liberta o meu pezinho.
A nuvem respondeu-lhe:
- Não posso. Mais forte do que eu é o vento que me empurra.
A formiga virou-se para o vento e pediu-lhe:
- Ó vento, tu és tão forte que empurras a nuvem que tapa o sol que derrete a neve que o meu pé prende. Liberta o meu pezinho.O vento respondeu-lhe:
- Não posso. Mais forte do que eu é a parede que me impede.
A formiga virou-se para a parede e pediu-lhe:
- Ó parede, tu és tão forte que impedes o vento que empurra a nuvem que tapa o sol que derrete a neve que o meu pé prende. Liberta o meu pezinho.
A parede respondeu-lhe:- Não posso. Mais forte do que eu é o rato que me fura.
A formiga virou-se para o rato e pediu-lhe:
- Ó rato, tu és tão forte que furas a parede que impede o vento que empurra a nuvem que tapa o sol que derrete a neve que o meu pé prende. Liberta o meu pezinho.
O rato respondeu-lhe:
- Não posso. Mais forte do que eu é o gato que me papa.
A formiga virou-se para o gato e pediu-lhe:
- Ó gato, tu és tão forte que papas o rato que fura a parede que impede o vento que empurra a nuvem que tapa o sol que derrete a neve que o meu pé prende. Liberta o meu pezinho.
O gato respondeu-lhe:- Não posso. Mais forte do que eu é o cão que me morde.
A formiga virou-se para o cão e pediu-lhe:
- Ó cão, tu és tão forte que mordes no gato que papa o rato que fura a parede que impede o vento que empurra a nuvem que tapa o sol que derrete a neve que o meu pé prende. Liberta o meu pezinho.
O cão respondeu-lhe:
- Não posso. Mais forte do que eu é o pau que me bate.
A formiga virou-se para o pau e pediu-lhe:
- Ó pau, tu és tão forte que bates no cão que morde no gato que papa o rato que fura a parede que impede o vento que empurra a nuvem que tapa o sol que derrete a neve que o meu pé prende. Liberta o meu pezinho.O pau respondeu-lhe:
- Não posso. Mais forte do que eu é o fogo que me queima.
A formiga virou-se para o fogo e pediu-lhe:
- Ó fogo, tu és tão forte que queimas o pau que bate no cão que morde no gato que papa o rato que fura a parede que impede o vento que empurra a nuvem que tapa o sol que derrete a neve que o meu pé prende. Liberta o meu pezinho.O fogo respondeu-lhe:
- Não posso. Mais forte do que eu é a água que me apaga.
A formiga virou-se para a água e pediu-lhe:
- Ó água, tu és tão forte que apagas o fogo que queima o pau que bate no cão que morde no gato que papa o rato que fura a parede que impede o vento que empurra a nuvem que tapa o sol que derrete a neve que o meu pé prende. Liberta o meu pezinho.A água respondeu-lhe:
- Não posso. Mais forte do que eu é o homem que me bebe.
A formiga virou-se para o homem e pediu-lhe:
- Ó homem, tu és tão forte que bebes a água que apaga o fogo que queima o pau que bate no cão que morde no gato que papa o rato que fura a parede que impede o vento que empurra a nuvem que tapa o sol que derrete a neve que o meu pé prende. Liberta o meu pezinho.O homem respondeu-lhe:
- Não posso. Mais forte do que eu é Deus que me governa.
A formiga virou-se então para Deus e pediu-lhe:
- Ó Deus, tu és tão forte que governas o homem que bebe a água que apaga o fogo que queima o pau que bate no cão que morde no gato que papa o rato que fura a parede que impede o vento que empurra a nuvem que tapa o sol que derrete a neve que o meu pé prende. Liberta o meu pezinho.
Deus, que tudo pode, libertou o pezinho da formiga. Esta agradeceu e foi toda contente para casa.

http://amateriadotempo.blogspot.com/2006/06/formiga-com-o-p-preso-na-neve.html

quinta-feira, 16 de outubro de 2008

Exposição de 1900



A entrada em 1900 foi celebrada com a Exposição Universal de Paris, na qual Portugal também participou, sendo o pavilhão português da autoria do arquitecto Ventura Terra. A Exposição decorreu entre 14 de Abril e 12 de Novembro, tendo sido inaugurado no dia 26 de Maio o pavilhão de Portugal .
Este cartão de expositor pertenceu ao meu bisavô, João da Cruz David e Silva. A família Mattos e Silva provém do casamento, em 28 de Janeiro de 1893, na Igreja do Coração de Jesus, em Lisboa, de João da Cruz David e Silva e de Emília Adelaide de Oliveira Mattos. João da Cruz David e Silva (Pedrógão Pequeno, 1863-1942) foi comerciante, industrial e vereador substituto da C.M. de Lisboa. Vinha de uma antiga família de proprietários e pequena nobreza rural, sendo os David – que até ao século XVIII se grafava da Vide – descendentes de Guilherme Arnauth (ou Arnau) de “ Rivo”, Mordomo ou Vedor - Mor da rainha Dona Filipa de Lancaster.
Cf. blogue Três Gerações

quarta-feira, 15 de outubro de 2008

Santa Teresa de Avila

Escultura de Bernini, Extâse de Santa Teresa (1647-1652, Igreja de Santa Maria da Vitória, Roma ).
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Esta obra de Bernini apresenta o momento chave da vida de Santa Teresa, segundo o qual, em êxtase, ela terá visto um serafim trespassar o seu coração com uma flecha de fogo. O conjunto escultórico apresenta uma construção tipicamente barroca pela expressividade e gestualidade de Santa Teresa, pelo movimento das formas e ainda pelo jogo ilusório que coloca os membros da família Cornaro a assistir ao milagre como se estivessem nos camarotes de um teatro, associando também o espctador a essa posição privilegiada.
Gian Lorenzo Bernini (1598-1680), um dos fundadores do Barroco, foi escultor, arquitecto, urbanista e pintor. Desde 1624 que trabalhou para as autoridades pontifícias. A sua oficina era um dos centros da cultura romana do séc. XVII, com um grande número de encomendas.
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Texto de Margarida Elias.
Bibliografia:
Sandro Sproccati (Dir.), Guia de História da Arte.

segunda-feira, 13 de outubro de 2008

Nossa Senhora das Mercês

Em 621 os visigodos tornaram-se senhores de toda a Espanha. Em 711 vieram os árabes que os repeliram para as montanhas das Astúrias e conquistaram quase toda a Península. Foram precisos seis séculos para os expulsar. Durante este período foram levados para África grande número de cristãos. Os que abraçavam o islamismo eram tratados como homens livres; os outros eram vendidos como escravos. Para os libertar era necessário pagar o resgate. Como nem todas as famílias tinham posses para libertar seus familiares, S. Pedro Nolasco fundou, em 1218 a Ordem das Mercês ou da Redenção dos Cativos. A própria Virgem, numa aparição, incitou a isso. Pedro contou a sua visão a S. Raimundo de Penhaforte e ao rei Jaime I, de Aragão. Os três conseguiram pôr em prática o projecto. Graças ao seu heroísmo e à generosidade dos cristãos, a obra foi fecunda em resultados e só terminou com o desaparecimento da pirataria. Dizia o Breviário romano que "foi com o fim de agradecer a Deus e à Santíssima Virgem os benefício de tal Instituição que se estabeleceu a festa de Nossa Senhora das Mercês". O nome feminino, Mercedes, vem deste título especial da Virgem Maria.
Festa: 24 de Setembro.
http://www.ecclesia.pt/santos/setembro/24.htm

sábado, 11 de outubro de 2008

sexta-feira, 10 de outubro de 2008

Serra de Sintra

Fotografia de Margarida Elias (Sintra, Palácio da Pena e Castelo dos Mouros).
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Oh! Em que variegado labirinto de montes e vales surge agora o glorioso Éden de Sintra! (…) qual a pena ou pincel que reproduzir pode metade sequer das suas belezas (…)? Húmidos rochedos, coroados lá no alto por conventos suspensos; sobreiros seculares a revestir escarpas hirsutas; musgos de montanha enegrecidos pelas soalheiras; vales profundos em que à sombra gotejam arbustos (…). Trepar depois a senda tortuosa e voltar de quando em quando a cabeça à medida que subimos…Cresce a altura da fraga, e as graças crescem.
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Lord Byron.

quinta-feira, 9 de outubro de 2008

Lagoa do Fogo

Fotografia de Margarida Elias.
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Subindo ao cume dos montes, fica-se esmagado na solidão imensa. Rodeando a ilha, mar e só mar…
É assim a paisagem açoreana: terra, mar e céu…
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Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira.

quarta-feira, 8 de outubro de 2008

O Branco

Fotografia de Margarida Elias, Encumeada (Madeira).
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Este universo é de tal modo elevado, que dele não nos chega qualquer som. Apenas um grande silêncio se estende até ao infinito, como uma fria muralha, impenetrável e indestrutível. Na nossa alma, o branco actua como o silêncio absoluto. (…) Este silêncio não está morto, antes transborda de possibilidades vivas. O branco soa como um silêncio que de súbito pudesse ser entendido. É um “nada” anterior ao nascimento, a qualquer começo. Talvez a Terra, na sua época glaciar, soasse assim, branca e fria.
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Kandinsky.

terça-feira, 7 de outubro de 2008

Rosário - Rosa - Rosácea

Vitral da Catedral de Notre-Dame (Paris).
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Rosário
Fios de pérolas sobre um fio, do qual fala a Blagavad Gità. O fio é o Atmâ sobre o qual todas as coisas estão enfiadas, a saber todos os mundos, todos os estados de manifestação. Atmâ, o Espírito universal, liga os mundos entre si; é também o sopro que lhes dá vida.

Rosa
É a flor simbólica mais usada no Ocidente. Designa uma perfeição acabada, uma realização sem defeitos. Simboliza o vaso da vida, a alma, o coração, o amor. Na iconografia cristã corresponde ao Graal, a transfiguração das gotas do sangue de Cristo ou mesmo as próprias chagas de Cristo. Pode ser a rosa celeste da redenção. A rosácea gótica e a rosa-dos-ventos marcam a passagem do simbolismo da rosa para o da roda.
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Baseado em Jean Chevalier e Alain Cheerbrant.

segunda-feira, 6 de outubro de 2008

As árvores

Fotografia de Margarida Elias (Castelo de São Jorge, Lisboa).
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Uma árvore! Pintar a grande macieira do meu quintal!... Mas só eu que a adoro e que às vezes, sòzinho, a abraço, é que, se soubesse, a poderia pintar. A minha macieira é uma pessoa: tem a sua feição, carácter: de Inverno, nua e trágica, conversa com estas ásperas ventanias do mar largo; na Primavera, cheiinha de flor, tem galhos que enternecem. E às vezes de Inverno, de tonta, acontece (se é tão velha!) deitar um ramo, um único, onde as flores pousam de leve como borboletas - e todas as crianças que passam ao pé do muro se põem a rir para ela!...
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Raul Brandão, 1895.

sexta-feira, 3 de outubro de 2008

Baleia

Foi uma das experiências mais gratificantes das minhas viagens.
Numa visita aos Açores, a São Miguel, fui com o meu pai num passeio de barco para ver baleias. Afastámos-nos bastante da costa e nada... Quando o guia estava quase a desistir surgiram duas baleias, uma delas ainda bebé, que se aproximou do barco e até dava para lhe tocar. Quando voltávamos, passou por nós um grupo de golfinhos. Vi-os dar saltos e piruetas. Passaram junto do nosso barco e eu pude ver que dentro de água as barrigas deles ganhavam cores fluorescentes.
Acho que tive muita sorte em poder ter assistido a este espectáculo da natureza!

quinta-feira, 2 de outubro de 2008

O Anjo

Pintura de Turner, The Angel, Standing in the Sun (1846, Tate Gallery, Londres).
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E vi um anjo forte, bradando com grande voz: Quem é digno de abrir o livro e de desatar os seus selos?
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Apocalipse (5, 2)

quarta-feira, 1 de outubro de 2008

Santa Teresa do Menino Jesus

Festa litúrgica: 1 de outubro
Atribuições: Rosas
Padroeira: Missionários católicos, Rússia.
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