sexta-feira, 31 de março de 2017

Dos objectos (ou não)

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«Elle résolut de se promener en attendant, et de visiter ce beau château. Elle ne pouvait s’empêcher d’en admirer la beauté. Mais elle fut bien surprise de trouver une porte, sur laquelle il y avait écrit : Appartement de la Belle. Elle ouvrit cette porte avec précipitation, et elle fut éblouie de la magnificence qui y régnait ; mais ce qui frappa le plus sa vue fut une grande bibliothèque, un clavecin, et plusieurs livres de musique. On ne veut pas que je m’ennuie, dit-elle, tout bas ; elle pensa ensuite, si je n’avais qu’un jour à demeurer ici, on ne m’aurait pas fait une telle provision. Cette pensée ranima son courage. Elle ouvrit la bibliothèque, et vit un livre où il y avait écrit en lettres d’or : Souhaitez, commandez ; vous êtes ici la reine et la maîtresse
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quinta-feira, 30 de março de 2017

Objectos

Fra Coraggio (Facebook)
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‘Las cosas tienen vida propia, todo es cuestión de despertarle el ánima’.
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Gabriel García Márquez, Cien años de soledad (1967).

terça-feira, 28 de março de 2017

Etimologias V

Walter Crane, The Triumph of Spring (1879, Walker Art Gallery, Liverpool)
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«(...) Tranquilo afirmava que o vocábulo triumphus era preferível considerá-lo latino, porque aquele que entrava triunfante na cidade era honrado previamente com um "triplo" juízo. Com efeito, primeiro era o exército que costumava dar a sua opinião sobre se devia conceder-se o triunfo ao general, logo o fazia o senado, e, em terceiro lugar, o povo. Era costume romano que os trunfantes fossem conduzidos em quadrigas, porque os antigos costumavam entrar deste modo na guerra. Quem era vencedor no combate era coroado com uma palma de ouro, porque a palma tem aguilhões. Ao que, sem necessidade de combater, vencia o inimigo em fuga, se premiava com uma coroa de louro, porque esta árvore não tem espinhos. (...)»
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Santo Isidoro de Sevilha, Etimologias (XVIII, 3-4), Madrid, La Editorial Católica, 1983, p. 387.

segunda-feira, 27 de março de 2017

1967

A pensar na minha cunhada que faz anos hoje.
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José de Rivera, Infinity (1967, National Museum of American History, Washington)
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“A sense of life meaning ensues but cannot be deliberately pursued: life meaning is always a derivative phenomenon that materializes when we have transcended ourselves, when we have forgotten ourselves and become absorbed in someone (or something) outside ourselves”.
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Irvin D. Yalom (primeiro publicado em 1967)
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sexta-feira, 24 de março de 2017

Para o dia da Anunciação (25 de Março) com votos de bom fim-de-semana!

Irmãos Limbourg, Les Belles Heures du duc de Berry (1405-1409, Metropolitan Museum of Art, New York)
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Donatello, Annunciazione Cavalcanti (c. 1435, Basílica de Santa Croce, Florença)
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The Virgin Mary from the Annunciation (c. 1480, St Martin´s Cathedral, Bratislava)
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Baltazar Echave Orio, Anunciacion (1621)
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António Carneiro, Anunciação (1915)

quinta-feira, 23 de março de 2017

Afinidades IV

Jean Raoux (séc. XVIII)
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Pietro Antonio Rotari, Portrait of a Young Woman with a Book

quarta-feira, 22 de março de 2017

Etimologias IV

Detalhe da pintura de Bertha Wegmann, Portrait of Jeanne Bauck (1881, National Museum, Stockholm)
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«Chamamos assim à mão (manus) porque está aos serviço (munus) de todo o corpo: ela leva o alimento à boca, ela realiza todos os trabalhos e os regula; por ela recebemos e por ela damos. (...) O nome de direita deriva de dar: por ela se dá a prenda da paz; ela se oferece em testemunho de fidelidade e de saúde (...). Por outro lado, a esquerda* (sinextra) se denomina assim como se disséssemos "sem direita", ou talvez porque permite fazer as coisas, em cujo caso sinistra derivaria de sinere (permitir). (...) [A] palma recebe o seu nome das ramas estendidas da "palmeira". A denominação dos dedos (digiti) se explica porque são dez (decem), ou porque coexistem unidos em perfeita conjunção (decenter): encerram em si um número perfeito e a mais harmoniosa ordem.»
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Santo Isidoro de Sevilha, Etimologias (XI, 66-70), Madrid, La Editorial Católica, 1983, p. 25.
* Segundo o Pequeno Dicionário da Língua Portuguesa, de Cândido de Figueiredo (Livraria Bertrand, 1981, p. 592), a palavra esquerda vem de "ezquer"(vasconço).
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Bertha Wegmann, Portrait of Jeanne Bauck

terça-feira, 21 de março de 2017

Para dar as boas vindas à Primavera

... que chegou ontem, às 10:29 h.
Mas parece que veio com frio...
Detalhe de uma pintura de Martinus Rørbye, View from the Artist's Window (1825) - retirada da Wikipédia.
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De acordo com a Wikipédia, Martinus Christian Wesseltoft Rørbye (1803-1848), foi um artista central da Idade de Ouro da Pintura Dinamarquesa. Foi também o mais viajado desse grupo de pintores. Para além da Suécia e da Noruega, visitou a Itália e a Turquia (Constantinopla). Descobri agora a obra dele e achei muito bela e interessante. Ficam aqui três exemplos, apresentando vistas com vasos de flores - apesar de que a última faz-me mais lembrar o Verão.
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A loggia from Procida (1835, ARoS Aarhus Kunstmuseum)


domingo, 19 de março de 2017

Com votos de Feliz Dia do Pai

Marcel Duchamp, Retrato do Pai do Artista (1910, Philadelphia Museum of Art)

quinta-feira, 16 de março de 2017

"Ways we can be"


Brian Dettmer, Old masters (2006)
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«(…) Millions of items in the outward order are present to my senses which never properly enter into my experience. Why? Because they have no interest for me. My experience is what I agreed to attend to. Only those items which I notice shape my mind – without selective interest, experience is an utter chaos.» - William James (1890).
«(…) At a given moment we are incapable of focusing on more than a few bits of information at a time. It requires effort to concentrate, that is, to keep the same information in focus for any length of time. Consequently, there are a limited number of things we can do, a limited number of ways we can be. (…)»
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Mihaly Csikszentnihalyi, Eugene Rochberg-Halton, The Meaning of Things, Domestic Symbols and the Self, Cambridge University Press, 1981, pp. 5-6

quarta-feira, 15 de março de 2017

Etimologias III

Detalhe do Painel dos Pescadores do Políptico de São Vicente de Fora, atribuído a Nuno Gonçalves (c. 1450-1490, MNAA, Lisboa)
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«(...) Se denominam assim os olhos (oculus) porque os cobrem (occulere) as membranas das pálpebras com o fim de não sofrerem alguma lesão, ou porque possuem um luz oculta (occultum), escondida no seu interior. Entre todos os sentidos, o da vista é o que está mais perto da alma, e assim, nos olhos se reflecte toda a manifestação da nossa mente: nos olhos se evidencia a perturbação ou a alegria do espírito. têm também o nome de lumina, porque deles emana a luz (lumen), ou talvez porque mantêm a luz encerrada no seu interior; ou talvez porque, na visão, reflectem ao que receberam do exterior. A pupila é o ponto central do olho, na qual se concentra a capacidade de ver, e se lhes dá o nome de pupillae devido a que as imagens nos parecem pequenas. (...) contudo, o seu nome é pupilla, porque é pura e virgem, como são as meninas.»
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Santo Isidoro de Sevilha, Etimologias (XI, 36-37), Madrid, La Editorial Católica, 1983, p. 19.

terça-feira, 14 de março de 2017

No dia do Pi

Mosaico de Apolo (MNA, Lisboa)
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Mosaico cerâmico (1501-1550, MNAz, Lisboa)
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Andrea della Robbia, Virgem com o Menino e São João Baptista (1501-1520, MNAA, Lisboa)
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Cúpula da Basílica do Palácio Nacional de Mafra (1735 © Sipa 1965)
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August Macke, Colour circle
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Kazimir Malevich, Black circle (1923)
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Ellsworth Kelly, Circle line (1951)
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Marcelle Cahn, Composition with circles
M. C. Escher, Circle Limit III (1959)
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David Annesley, Big yellow circle (1966)
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De Wain Valentine, Circle, blue rose (1977)
 
 
 

sexta-feira, 10 de março de 2017

Roque Gameiro em Cascais

Alfredo Roque Gameiro, Praia Grande
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Intitulada "Roque Gameiro. Uma Família de Artistas", a exposição, com curadoria de Luis Cabral coadjuvado por Raquel Henriques da Silva encontra-se no Centro Cultural de Cascais, até 22 de Março.
«A presente exposição centra-se nas duas primeiras gerações da chamada "tribo dos pincéis": Alfredo Roque Gameiro; filhos Raquel, Manuel, Helena, Màmia e Ruy; e genros José Leitão de Barros e Jaime Martins Barata.»
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Raquel Roque Gameiro, Auto-retrato familiar com as filhas Ana, Manuel e Guida na Foz do Arelho (1916)
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Manuel Roque Gameiro, Paisagem
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 Helena Roque Gameiro, Menina a ler à janela
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Màmia Roque Gameiro, Nazaré (1926)
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Jaime Martins Barata, José Pedro
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Ruy Roque Gameiro, Infante D. Henrique
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José Leitão de Barros (realizador), Ala Arriba (filme de 1942)
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P.S. Aos gulosos que lá forem, recomendo uma visita à cafetaria, Conversas na Gandarinha, que tem coisas maravilhosas. Até as torradas são um especialidade.
 

quarta-feira, 8 de março de 2017

Para o dia da mulher

Detalhe de Capitel da Catedral de Vézelay (Séc. XII)
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Jan Van Eyck, Eva do Altar de Ghent (1425-1429, St. Bavo Cathedral, Ghent)
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Hugo Van der Goes, detalhe de The Fall of Man and The Lamentation (após 1479, Kunsthistorisches Museum, Viena)
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Albrecht Dürer, Eva (1507, Museu do Prado, Madrid)
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Michelangelo, detalhe do tecto da Capela Sistina (1509)
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Gustave Moreau, Eva (1885)
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Tomás Costa, Eva (1891, Museu do Chiado - MNAC)
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Henri Rousseau, Eva (c. 1906-1907, Kunsthalle Hamburg, Hamburg)
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João da Silva, Eva (1918, Casa-Museu Dr. Anastácio Gonçalves)
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Diogo de Macedo, Eva (1923, Museu do Chiado - MNAC)
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Ernesto Canto da Maia, Eva (1929-1939, Museu do Chiado - MNAC)
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Almada Negreiros, detalhe de Adão e Eva (1943, Museu do Abade de Baçal)