Detalhe do Painel dos Pescadores do Políptico de São Vicente de Fora, atribuído a Nuno Gonçalves (c. 1450-1490, MNAA, Lisboa)
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«(...) Se denominam assim os olhos (oculus) porque os cobrem (occulere) as membranas das pálpebras com o fim de não sofrerem alguma lesão, ou porque possuem um luz oculta (occultum), escondida no seu interior. Entre todos os sentidos, o da vista é o que está mais perto da alma, e assim, nos olhos se reflecte toda a manifestação da nossa mente: nos olhos se evidencia a perturbação ou a alegria do espírito. têm também o nome de lumina, porque deles emana a luz (lumen), ou talvez porque mantêm a luz encerrada no seu interior; ou talvez porque, na visão, reflectem ao que receberam do exterior. A pupila é o ponto central do olho, na qual se concentra a capacidade de ver, e se lhes dá o nome de pupillae devido a que as imagens nos parecem pequenas. (...) contudo, o seu nome é pupilla, porque é pura e virgem, como são as meninas.»
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Santo Isidoro de Sevilha, Etimologias (XI, 36-37), Madrid, La Editorial Católica, 1983, p. 19.
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