Fotografia de Margarida Elias, Convento do Varatojo (Século XV, Varatojo - Torres Vedras).
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Fui rocha, em tempo, e fui, no mundo antigo,
Tronco ou ramo na incógnita floresta... Onde, espumei, quebrando-me na aresta
Do granito, antiquíssimo inimigo...
Rugi, fera alvez, buscando abrigo
Na caverna que ensombra urze e giesta;
Ou, mesmo primitivo, ergui a testa
No limoso paul, glauco poscigo...
Hoje sou homem - e na sombra enorme
Vejo, a meus pés, a escada multiforme,
Que desce, em espirais, na imensidade...
Interrogo o infinito e às vezes choro...
Mas, estendendo as mãos no vácuo, adoro
E aspiro unicamente à liberdade.
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Antero de Quental.
Tronco ou ramo na incógnita floresta... Onde, espumei, quebrando-me na aresta
Do granito, antiquíssimo inimigo...
Rugi, fera alvez, buscando abrigo
Na caverna que ensombra urze e giesta;
Ou, mesmo primitivo, ergui a testa
No limoso paul, glauco poscigo...
Hoje sou homem - e na sombra enorme
Vejo, a meus pés, a escada multiforme,
Que desce, em espirais, na imensidade...
Interrogo o infinito e às vezes choro...
Mas, estendendo as mãos no vácuo, adoro
E aspiro unicamente à liberdade.
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Antero de Quental.
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