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Santo António nasceu em Lisboa a 15 de Agosto de 1195, tendo como nome de baptismo Fernando de Bulhões. Foi na Sé de Lisboa que foi baptizado, sendo também aí que aprendeu as primeiras letras e rudimentos de humanidades. Entrou com 15 anos para a comunidade dos cónegos regrantes de Santo Agostinho, seguindo de São Vicente de Fora para Santa Cruz de Coimbra, onde completou os seus estudos. Nessa cidade aderiu à ordem franciscana, entrando para o convento dos Olivais e adoptando o nome de António. Depois partiu para a África com intenção de evangelizar, mas ficou doente. No regresso, o navio levou-o para a costa da Sicília, onde se encontrava São Francisco de Assis (1221). Os dois encontram-se em Bolonha, sendo Santo António provido titular da cadeira de Teologia da ordem franciscana. O Santo faleceu em Pádua, com trinta e seis anos de idade, a 13 de Junho de 1231, sendo canonizado uma ano depois.
Muitas lendas se formaram sobre Santo António, tendo-lhe sido atribuídos vários milagres.
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Cantigas Soltas (Évora)
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Ó meu Padre Santo António,
A vossa capela cheira,
Cheira a cravos, cheira a rosas,
Cheira a flor de laranjeira.
No altar de Santo António
Há um vaso de açucenas,
Onde vão os namorados
Dar alívio a suas penas.
Ó meu Padre Santo António,
Casei-mr, que bem podeis,
Com um velho de quinze anos
Que vá para os dezasseis.
Na noite de Santo António
É que se tomam amores.
Que está o trigo granando
E o campo cheio de flores.
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Bibliografia: Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira.