terça-feira, 15 de junho de 2010

Musica medicinalis est et mirabilia operatur

Pintura de Evaristo Baschenis, Still-life with Instruments (1667-1677, Gallerie dell'Accademia, Veneza).
 Pintura da oficina de Evaristo Baschenis, Still-life with Musical Instruments (Wallraf-Richartz-Museum, Colónia).
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Pitágoras estudou as proporções musicais, vendo-as como algo que se pode organizar numericamente, reflectindo as estruturas harmónicas do universo. Em 1491, foi publicada a obra De Musica de Santo Agostinho, onde se dizia que todas as notas sonoramente perceptíveis apontam para Deus como creator omnium.
Desde a Idade Média que foi atribuída à música uma função terapêutica. Segundo Joahannes de Muris (c. 1290-c. 1351), «a música é terapêutica e faz milagres, e as doenças são curadas por ela, particularmente aquelas que resultam de melancolia ou tristeza». Baschenis explorou por vezes a ligação entre a cosmologia e a terapia musical, o que acontece numa natureza morta que está em Colónia, atribuída à sua oficina. O mesmo talvez se poderá dizer sobre a obra que está em Veneza, muito semelhante.
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Bibliografia: Norbert Schneider (1994).

Para ouvir: Ludovico Viadana, La Bergamasca.

3 comentários:

ana disse...

Começo por agradecer este post.
A simbiose entre o texto e a imagem é fabulosa. Gosto muito de Still-Life ligada a instrumentos musicais.
Vou tentar procurar o livro de Santo Agostinho, interessa-me.
:) Boa tarde.

Margarida Elias disse...

Obrigada! Boa tarde!

LUIS BARATA disse...

Belas telas!