Peder Severin Kroyer, Landscape from Stenbjerg with moon (1889, Skagens Museum)
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António Carneiro, Contemplação (1911, Museu do Chiado – Museu Nacional de Arte Contemporânea)
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Louis Moland escreveu, a propósito de Hans Christian Andersen: «l'imagination du conteur danois, à dire vrai, est parfois vertigineuse. Une remarque que l'on a faite déjà et que nous pouvons répéter à son occasion, c'est que, par l'éclat et la hardieuse de l'invention poétique, les peuples du Nord rivalisent avec les peuples de l'Orient. Il n'y a pour lutter de merveilles avec le brûlant soleil de l'Inde, de la Perse et de l'Arabie, que la neige et la brume de l'Irlande, de la Norwége, de la Suède et du Danemark.» (in Andersen, Contes Danois, Librairie Garnier Frères, Paris).
Por outro lado, Denis Huisman escreveu também: «A influência do meio geográfico é igualmente muito nítida na obra de arte (...). Provou-se que a obra de arte era apenas o reflexo do meio geográfico, tal como a arquitectura, onde se vêem os traços mais marcados do meio botânico, geológico e morfológico.» (Denis Huisman, A Estética, Edições 70, 1997, p. 106)
Por outro lado, Denis Huisman escreveu também: «A influência do meio geográfico é igualmente muito nítida na obra de arte (...). Provou-se que a obra de arte era apenas o reflexo do meio geográfico, tal como a arquitectura, onde se vêem os traços mais marcados do meio botânico, geológico e morfológico.» (Denis Huisman, A Estética, Edições 70, 1997, p. 106)
E, por fim, José de Figueiredo, a propósito da presença de Columbano na Exposição de 1900, disse: «Pois embora isto pareça um paradoxo, a verdade é que, com esta nossa paisagem luxuriante e este nosso sol claro, nós somos entretanto, como os russos, um povo de bruma. Sómente, emquanto a do paiz moscovita é real (…) a nossa é mais symbolica que natural. – (…) bruma mais feita de distancia d’um sonho longínquo do que dos próprios effeitos climatéricos» (José de Figueiredo, Portugal na Exposição de Paris, Lisboa, Sociedade Editora - Empresa da História de Portugal, 1901, pp. 126-127.)
O texto de José de Figueiredo é o que melhor corresponde à minha opinião. Penso que a arte e o imaginário são mais inspirados pela história e pela cultura, do que pela geografia. Porém, alguma verdade existe na hipótese de o clima, o relevo, a fauna e a vegetação, terem influência sobre a criação artística e sobre a imaginação em geral.
O texto de José de Figueiredo é o que melhor corresponde à minha opinião. Penso que a arte e o imaginário são mais inspirados pela história e pela cultura, do que pela geografia. Porém, alguma verdade existe na hipótese de o clima, o relevo, a fauna e a vegetação, terem influência sobre a criação artística e sobre a imaginação em geral.
4 comentários:
Pôs algumas questões bem interessantes, neste seu poste. Uma, que também me interroga, de tempos a tempos: porque é que os nossos pintores, com a nossa soberba luz, pintam "tão escuro"?
Claro que há algum Sequeira, há Pomar e Vieira da Silva, que serão mais solares, mas não são a maioria...
Concordo consigo. Acho que a nossa pintura é geralmente melancólica, por vezes "pesada". Já pensei se será uma questão genética que também estaria na origem do "fado"... Os espanhóis têm um clima idêntico ao nosso e são muito mais alegres.
Gosto muito das duas telas. Acho os tons rosa quentes e com as nuvens e céu carregado só poderia ter esta luz, na minha modesta opinião. Gostei do texto que compôs.
Boa noite!:))
Nesse caso, é bem verdade. Beijinhos!
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