Vasily Vereshchagin, Buddhist Temple In Darjeeling. Sikkim (1874)
«Era uma Dança... mas para a descrever era necessário todo o espaço e todo o tempo. Uma vida... mas eram necessárias todas as coisas vivas para a descrever. Uma mente... mas eram necessários todos os pensamentos para a conhecer. Mesmo assim, não poderia ser descrita, definida ou conhecida na sua inteireza. (...)» - Stephen Lawhead, O Ladrão dos Sonhos (1998), p. 432.
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Neste verão li dois livros que me levaram aos Himalaias, por caminhos bem diferentes. No livro de Stephen Lawhead, O Ladrão dos Sonhos (1998), é lá, nomeadamente em Darjeeling, que se encontra um velho marciano, vindo de um mundo mais avançado mas arruinado, que deseja controlar a Terra, através do poder da mente, roubando os sonhos.
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Nicholas Roerich, Sacred Himalayas (1933)
«And, overshooting all other marks, the arrow passed far and far beyond sight. At the last it fell; and, where it touched earth, there broke out a stream which presently became a River, whose nature, by our Lord's beneficence, and that merit He acquired ere He freed himself, is that whoso bathes in it washes away all taint and speckle of sin.» - Rudyard Kipling, Kim
No livro de Rudyard Kipling, Kim (Prémio Nobel de 1907), é lá que Kim e um monge budista procuram o Rio da Seta - onde terá caído uma seta disparada por Buda. Procuraram nas montanhas, mas terá sido noutro lugar que terá caído a seta. Segundo a lenda, através do contacto com esse rio, poderá obter-se a liberdade sobre a Grande Roda.
«He drew from under the table a sheet of strangely scented yellow-Chinese paper, the brushes, and slab of India ink. In cleanest, severest outline he had traced the Great Wheel with its six spokes, whose centre is the conjoined Hog, Snake, and Dove (Ignorance, Anger, and Lust), and whose compartments are all the heavens and hells, and all the chances of human life. Men say that the Bodhisat Himself first drew it with grains of rice upon dust, to teach His disciples the cause of things. Many ages have crystallised it into a most wonderful convention crowded with hundreds of little figures whose every line carries a meaning. Few can translate the picture-parable; there are not twenty in all the world who can draw it surely without a copy: of those who can both draw and expound are but three.» - Rudyard Kipling, Kim
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Gosto de coincidências, e o facto de eu ter ido parar aos Himalaias por caminhos diferentes (e independentemente do final das respectivas histórias), levou-me a pensar neste lugar da Terra, que é provavelmente um dos poucos da Ásia que gostava de visitar. O que, por sua vez, me remete para um dos meus livros preferidos do Tintin:
4 comentários:
Na mesma "geografia", há um romance muito interessante, de James Hilton, "Horizonte Perdido", parcialmente passado no Tibete. Outro dos romances deste bom escritor deu o filme "Goodbye, Mr. Chipps", protagonizado por Peter O'Toole e Petula Clarck que, se calhar, a Margarida pode ter visto...
Creio que foi J. Hilton que cunhou pela primeira vez, ou inventou a palavra "Shangri-La".
Uma boa semana!
Não "conhecia" mais ninguém que tivesse lido o "Ladrão de Sonhos"! Também gostei e já o li há uns dois ou três anos! (sou a única a apreciar ficção científica lá por casa)
O budista tibetano faz parte das minhas memórias de infância!
Há uns largos anos atrás a influência deste Tintin levava-me a dizer que um dia iria lá - fico-me pelos filmes e documentários, na actualidade!
APS - Vou procurar! Obrigada e boa tarde :-)
Paula Lima - que interessante! Mas eu gostava de lá ir de facto, nem que fosse só ao Tibete. Bom dia!
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