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«Imagine-se uma boca de mina, aberta na base de pequeno outeiro, que, todo abandonado de pinheirais, se prolongava à distância, na direcção do norte da aldeia; uma telha, meio quebrada, servindo de bica; e, a receber o abundante e inesgotavel jorro de água límpida, a bacia natural, por ele mesmo cavada, e onde à vontade vegetavam os agriões, ávidos de humidade.
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Júlio Dinis, As Pupilas do Senhor Reitor, Lisboa, Edições Amigos do Livro, pp. 196-197.
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Há cerca de oito anos, a propósito da pintura
Nasturiums de Caillebotte, andei à procura de uma citação decente que falasse em agriões e nada encontrei. Recentemente li
As Pupilas do Senhor Reitor e lá estavam os agriões na fonte natural, que diziam ser de água milagrosa, num dos momentos cruciais da história. Devido a isso, decidi recuperar a pintura de Caillebotte, desta vez acompanhada de Júlio Dinis e de Roque Gameiro.