Sé de Lisboa (1879)
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«(...) Os monumentos de uma cidade são considerados vulgarmente como testemunhas mudas, mas coevas, cenários imóveis de pequenos e grandes dramas. Mas, a nosso ver, há que encarar essas moles pétreas numa outra perspectiva, na sua qualidade de sujeitos enquanto produção do homem/construtor, a ele umbilicalmente ligadas no nascimento/construção e na morte/destruição. Relacionamento quase simbiótico, transcendendo o mero enquadramento».
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António Ventura . 1982. «Os Monumentos Militares de Portalegre – Breve Apontamento Histórico-Descritivo». In Primeiro Congresso sobre Monumentos Militares Portugueses, Livro do Congresso: Comunicações, Palestras, Conclusões e Recomendações. Vila Viçosa: Património XXI - Associação Port. para a Protecção e Desenvolvimento da Cultura, p. 69.
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Nota: A imagem escolhida mostra bem como a Direcção-Geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais (mas não só)* alterou a configuração dos monumentos, apagando as marcas da sua história - embora acrescentando outras. Na verdade, mostra bem, também, como aquilo que nós julgamos que sempre foi assim, na verdade não foi - e isso é válido não só para os monumentos. Por sua vez, isso lembra a importância da história: conhecer o mundo que nos rodeia, saber interpretá-lo, para melhor actuar nele e sobre ele. Daí, a importância dos museus, que preservam a memória. Por fim, deixo aqui duas exposições (em Lisboa) que gostava de ver (e tenho de me organizar para vê-las):
- "Pós-Pop. Fora do lugar-comum. Desvios da «Pop» em Portugal e Inglaterra, 1965-1975" - Museu Calouste Gulbenkian - até 10 de Setembro de 2018 - Curadoria: Ana Vasconcelos e Patrícia Rosas. No dia 18 de maio, no âmbito do Dia e Noite dos Museus, a exposição está aberta até às 24:00, com entrada gratuita.
- "Arte Portuguesa. Razões e Emoções" - Museu do Chiado - MNAC - até 31 de Março de 1919 - Curadoria: Maria de Aires Silveira, Emília Tavares, Emília Ferreira.
* Por exemplo, ver o Mosteiro dos Jerónimos, em 1869 - Projecto "Velha" Lisboa.
2 comentários:
Os Museus e a suas exposições mereciam uma maior visibilidade por parte dos agentes culturais e não só, porque tanto os meios-audiovisuais como a imprensa escrita mereciam oferecer-lhe mais destaque, porque o universo que nos rodeia e a nossa memórias não se podem restringir ao universo futebolístico.
Já vimos a primeira exposição que refere e gostámos bastante, já a segunda talvez no próximo fim-de-semana.
Bom domingo!
Mister Vertigo - Também só fui ver a exposição da Gulbenkian. Tenho ainda de ver a do Museu do Chiado. Boa tarde!
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