sexta-feira, 24 de agosto de 2018

Da Fortificação de Lisboa

Francisco de Holanda, «Da Fortaleza de Belém e S. Gião e baluartes» (1571)
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«Com o mesmo Cuidado e Providençia que a Cidade de Lysboa deve ser fortalecida de novo Castello e de Muros e Torres, e Portas e Baluartes e de Bastiaens, ao modo das fortalezas modernas, que hoje se costumão por toda a christãdade. E se possivel for cercada toda de Novo e forte Muro: inda que os velhos que lhe fez ElRey Dom Fernando, sejaõ ao seu modo honestamente fortes pola bõa argamassa e entulhos que tem, que foi a milhor obra que nenhum rey fez em Lysboa depois das Igrejas.
Assim mesmo deve de ser fortalecida, Repairada e acabada a fortaleza de Belem. E a de São Giaõ. Pois que tem tãto custado sem estar bem acabada. E isto com alguns baluartes fortes que lhe Respondaõ da outra banda da Trafaria e da Area da Adiça. s. hum de fronte da Torre de Belem: onde esta a torre velha. E o outro de fronte de S. Caterina de Ribamar que he a mais segura fortaleza de Lysboa ali onde acabaõ os montes Dalmada e começam a Area da ponta da Trafaria ou Cachopos.(...)»
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Francisco de Holanda, Da fábrica que falece à cidade de Lisboa, 1571. In Jorge Segurado, Francisco d'Ollanda, Lisboa, Edições Excelsior, 1970, p. 89.
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Nota: O texto do capítulo IV está completo no site Almada Virtual Museum (de onde retirei a imagem), onde tem referência para uma Tese de Doutoramento de Maria Luiza Zanatta de Souza, Um novo olhar sobre "Da fábrica que falece à cidade de Lisboa" (Francisco de Hollanda 1571), São Paulo, Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, 2011.

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