terça-feira, 31 de janeiro de 2023

História

«Egreja e convento de Nossa Senhora da Penha de França», in Archivo Pittoresco, n.º 9, 1863, p. 69.
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«Só imaginamos o futuro porque temos memórias do passado».
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In Isabel Minhós Martins, Maria Manuel Pedrosa e Madalena Matoso, Cá dentro, Guia para Descobrir o Cérebro, Planeta Tangerina, 2017, p. 107.

segunda-feira, 30 de janeiro de 2023

Com votos de boa semana!

Samuel John Lamorna Birch, The Stream in My Garden (Maidstone Museum & Bentlif Art Gallery)

sexta-feira, 27 de janeiro de 2023

Com votos de bom fim de semana!

Norman Rockwell, Baker Reading Diet Book (1953, via Gandalf's Gallery)

quinta-feira, 26 de janeiro de 2023

No atelier

Max Liebermann, The Artist's Studio (1902, Museum of Art, St. Gallen)

quarta-feira, 25 de janeiro de 2023

Para a minha filha, que hoje faz 15 anos!!

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Com votos de muitas felicidades
E muitos anos de vida!
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terça-feira, 24 de janeiro de 2023

Para a Ana, que faz anos hoje!

Com votos de muita saúde e muitas felicidades!
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François Foisse, Natura morta con libri (1741)
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Pintura do artigo «Libri in Pittura, I Libri, le Librerie e le Biblioteche nei Dipinti», do blogue Didatticarte.
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E um bolo para festejar:

segunda-feira, 23 de janeiro de 2023

sexta-feira, 20 de janeiro de 2023

quinta-feira, 19 de janeiro de 2023

Afinidades LXXXVI

 
Romare Bearden, Out Chorus (1979-1980, in Gandalf's Gallery)
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José Vassalo, Jazz (Saxofonista, contrabaixista, trompetista - e beagle) (2000, Museu Municipal Carlos Reis, Torres Novas)

quarta-feira, 18 de janeiro de 2023

Ys

Obrigada, APS!

Imagem do Pinterest
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"La Cathédrale engloutie", de Debussy

Creio que nunca perdoarei o que me fez esta música.
Eu nada sabia de poesia, de literatura, e o piano
era, para mim, sem distinção entre a Viúva Alegre e Mozart,
o grande futuro paralelo a tudo o que eu seria
para satisfação dos meus parentes todos. Mesmo a Música,
eles achavam-na demais, imprópria de um rapaz
que era pretendido igual a todos eles:
alto ou baixo funcionário público,
civil ou militar. Eu lia muito, é certo. Lera
o Ponson du Terrail, o Campos Júnior, o Verne e o Salgari,
e o Eça e o Pascoaes. E lera também
nuns caderninhos que me eram permitidos
porque aperfeiçoavam o francês,
e a Livraria Larousse editava para crianças mais novas
do que eu era,
a história da catedral de Ys submersa nas águas.

Um dia, no rádio Pilot da minha Avó, ouvi
uma série de acordes aquáticos, que os pedais faziam pensativos,
mas cujas dissonâncias eram a imagem tremulante
daquelas fendas ténues que na vida,
na minha e na dos outros, ou havia ou faltavam.

Foi como se as águas se me abrissem para ouvir os sinos,
os cânticos, e o eco das abóbadas, e ver as altas torres
sobre que as ondas glaucas se espumavam tranquilas.
Nas naves povoadas de limos e de anémonas, vi que perpassavam
almas penadas como as do Marão e que eu temia
em todos os estalidos e cantos escuros da casa.

Ante um caderno, tentei dizer tudo isso. Mas
só a música que comprei e estudei ao piano mo ensinou
mas sem palavras. Escrevi. Como o vaso da China,
pomposo e com dragões em relevo, que havia na sala,
e que uma criada ao espanejar partiu,
e dele saíram lixo e papéis velhos lá caídos,
as fissuras da vida abriram-se-me para sempre,
ainda que o sentido de muitas eu só entendesse mais tarde.

Submersa catedral inacessível! Como perdoarei
aquele momento em que do rádio vieste,
solene e vaga e grave, de sob as águas que
marinhas me seriam meu destino perdido?
É desta imprecisão que eu tenho ódio:
nunca mais pude ser eu mesmo - esse homem parvo
que, nascido do jovem tiranizado e triste,
viveria tranquilamente arreliado até à morte.
Passei a ser esta soma teimosa do que não existe:
exigência, anseio, dúvida e gosto
de impor aos outros a visão profunda,
não a visão que eles fingem,
mas a visão que recusam:
esse lixo do mundo e papéis velhos
que sai dum jarrão exótico que a criada partiu,
como a catedral se iria em acordes que ficam
na memória das coisas como um livro infantil
de lendas de outras terras que não são a minha.

Os acordes perpassam cristalinos sob um fundo surdo
que docemente ecoa. Música literata e fascinante,
nojenta do que por ela em mim se fez poesia,
esta desgraça impotente de actuar no mundo,
e que só sabe negar-se e constranger-me a ser
o que luta no vácuo de si mesmo e dos outros.

Ó catedral de sons e de água! Ó música
sombria e luminosa! Ó vácua solidão
tranquila! Ó agonia doce e calculada!

Ah como havia em ti, tão só prelúdio,
tamanho alvorecer, por sob ou sobre as águas,
de negros sóis e brancos céus nocturnos?
Eu hei-de perdoar-te? Eu hei-de ouvir-te ainda?
Mais uma vez eu te ouço, ou tu, perdão, me escutas?
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A propósito:
Maureen Buja, «Cathedrals in Sound», in Interlude, 28 de Agosto de 2022 - https://interlude.hk/cathedrals-in-sound-and-music/

terça-feira, 17 de janeiro de 2023

Catedrais

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The Cathedral Builders

They climbed on sketchy ladders towards God,
With winch and pulley hoisted hewn rock into heaven,
Inhabited the sky with hammers, defied gravity,
Deified stone, took up God's house to meet Him,

And came down to their suppers and small beer,
Every night slept, lay with their smelly wives,
Quarrelled and cuffed the children, lied, 
Spat, sang, were happy, or unhappy,

And every day took to the ladders again,
Impeded the rights of way of another summer's 
Swallows, grew greyer, shakier, became less inclined 
To fix a neighbour's roof of a fine evening,

Saw naves sprout arches, clerestories soar,
Cursed the loud fancy glaziers for their luck,
Somehow escaped the plague, got rheumatism,
Decided it was time to give it up,

To leave the spire to others, stood in the crowd, 
Well back from the vestments at the consecration,
Envied the fat bishop his warm boots,
Cocked a squint eye aloft, and said, 'I bloody did that.'
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segunda-feira, 16 de janeiro de 2023

sexta-feira, 13 de janeiro de 2023

Cor Pantone para 2023

 
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Casaca / Masculino (pormenor) (1770-1790, Museu Nacional do Traje, Lisboa)
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Manufactura de Edouard Honoré, Prato "Géranium" (1834-1840, Palácio Nacional da Ajuda, Lisboa)
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Édgar Degas, Les danseuses roses, Avant le ballet (1884, Ny Carlsberg Glyptotek, Copenhaga)
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Taça com pé, Murano (1880, Palácio Nacional da Ajuda, Lisboa)
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Henri Matisse, Pink Blouse (1924)
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Pino Pinelli, Pittura R (1975)
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Hein Semke, Flores e Flores (1977, Museu Nacional de Arte Contemporânea-Museu do Chiado, Lisboa)
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Jeff Koons, Mooth Egg with Bow (Magenta/Orange) (1994-2009)
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quinta-feira, 12 de janeiro de 2023

quarta-feira, 11 de janeiro de 2023

Artur May (1869-1936)

Artur May, Aproveitando uma aberta (1894, Museu de Lisboa)
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«De resto a scena é verdadeira e qualquer a póde observar, em dia de inverno, na Avenida da Liberdade (...)». - in O Ocidente, 21 de Agosto de 1894.
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«Pintor do século XIX, discípulo de Silva Porto. Figurou com pintura na 2.ª Exposição do Grémio Artístico (1892) e seguintes. No Museu Municipal de Ponta Delgada, há paisagens e retratos da sua autoria». - In Fernando de Pamplona, Dicionário de Pintores e Escultores Portugueses, Vol. IV, Barcelos, Livraria Civilização Editora, 1988, p. 96.

terça-feira, 10 de janeiro de 2023

Para o meu marido que faz anos hoje!

Caneca (2.ª met. Séc. XIX, Palácio Nacional da Ajuda, Lisboa)
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Com votos de muitos anos de vida, com muita saúde e boa disposição!
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Aqui vai um puzzle de xadrez (brancas - mate em 3)
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segunda-feira, 9 de janeiro de 2023

sexta-feira, 6 de janeiro de 2023

Feliz Dia de Reis! Com Botticelli

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Adorazioni dei Magi (c. 1476, Galeria dos Uffizi, Florença)

quarta-feira, 4 de janeiro de 2023

Sobre a Beleza

Ludovica Thornam, Venus from Milo. From Louvre (1891, National Museum of Art, Architecture and Design, Oslo)
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«O binómio de Newton é tão belo como a Vénus de Milo. O que há é pouca gente para dar por isso.»
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Álvaro de Campos (in Citador.pt)

terça-feira, 3 de janeiro de 2023

Biografias

August Macke, Elisabeth at the Table (1909)
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«Carregamos o peso daquilo que os outros pensam que somos. Os outros tiveram acesso a uma parte de nós e tiraram as suas conclusões. Muitas vezes, os outros não nos deixam mudar porque não estão dispostos a mudar a forma como nos veem, fazê-lo implicaria que eles próprios mudassem. As biografias são depósitos de convicções que os outros tiveram sobre nós. A imperfeição desse método é evidente».
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Autobiografia de José Luís Peixoto, 2019, Quetzal Editores, nota de pé de página, p.144, citado na página de Facebook de António Pinho Vargas, em 29 de Novembro de 2022.

segunda-feira, 2 de janeiro de 2023

Com votos de Bom Ano e boa semana!

Vasyl Yermylov, Future Plans
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«só imaginamos o futuro porque temos memórias do passado».
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Isabel Minhós Martins, Maria Manuel Pedrosa e Madalena Matoso, Cá dentro, Guia para Descobrir o Cérebro, Planeta Tangerina, 2017, p. 107.