Toponímia V

Arnaldo Madureira, Rua Andrade, 55 (1960, Arquivo Municipal de Lisboa, via Lisboa de Antigamente)

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«Actualmente [1949], enquanto não sejam sempre classificação oficial mas termos de origem popular, há os chamados Bairros, que correspondem ao que antigamente tinham várias denominações (…), com a diferença de possuírem geralmente os modernos locais uma área consideravelmente mais extensa do que os antigos. Tais são os bairros:

Andrade,

de Alcântara,

de Campo de Ourique,

do Castelo,

David Lopes,

da Estefânia,

da Liberdade,

de Londres,

da Madre de Deus,

Novo da Lapa, etc.

e mais modernamente os

Bairros sociais (do Arco do Cego),

Bairros de casas económicas (do Alto da Boa Vista),

Bairros residenciais (da Ajuda, habitações de luxo),

que tomaram o nome ou do local ou de pessoas proprietárias do terreno, ou que se pretendeu homenagear; e cujas vias públicas foram baptizadas com os nomes subordinados aos mesmos motivos das restantes ruas da cidade (…).

Há modernamente a tendência para dar às vias públicas de certos aglomerados urbanos os nomes de pessoas ou objectos ideològicamente relacionados, sendo esses bairros vulgarmente conhecidos por tais características. Assim temos os Bairros:

dos Actores,

das Colónias,

das Nações,

dos Estrangeiros, etc.»

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A. Vieirada Silva, «Origens e motivos dos topónimos de Lisboa», in Olisipo, N.º 47, Julho de 1949, p. 155.