Francisco Goya, Una mujer y dos niños junto a una fuente (1786, Museu Thyssen-Bornemisza, Madrid)
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Embora a pintura de Goya apresente uma cena do quotidiano, o tema da mulher na fonte tem provável ligação à Bíblia, nomeadamente no episódio de Jesus e a Samaritana, que é relatado no Evangelho segundo S. João (4:4–26), representado, por exemplo por Annibale Carracci.
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Ary Scheffer, Margaret at the Fountain (1858, The Wallace Collection, Londres)
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Mais tarde terá recebido outros significados, sobretudo para a temática da "Margarida na fonte". No site Art UK conta-se que: «The subject is taken from Goethe’s Faust I (1808). Margaret, who has been seduced by 'Faust', has just learnt from Lisbeth that their unmarried friend Barbara ‘feeds two now when she eats and drinks’. Margaret reflects that once she would have condemned Barbara’s conduct, but now ‘the reproach and sin are mine’».
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Jeanne Bole, A la fontaine
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Camille Corot, Dreamer at the Fountain (c.1860 - c.1870)
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Leon Bonnat, Fille romaine à la fontaine (1875)
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Charles Sprague Pearce, L'italienne (at the Fountain) (1875)
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William-Adolphe Bouguereau, Orphan Girl at a Fountain (1883)
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Carlos Reis, No Caminho da Fonte (1887, Museu Municipal Carlos Reis, Torres Novas)
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Jules Breton, À la fontaine (1892)
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Alfredo Roque Gameiro, Margarida vai à fonte (c. 1900)
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Jorge Barradas, Sem Título (Aguadeira) (1916, Museu Nacional de Arte Contemporânea - Museu do Chiado, Lisboa)
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Alice Rey Colaço, Margarida Vai à Fonte (1918)
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Quanto à "Margarida vai à Fonte" portuguesa, no blogue Guitarra de Coimbra V, diz-se: «Em nenhum cancioneiro musical português anterior a 1900 foi encontrado sinal da CANÇÃO DA MARGARIDA (Margarida vai à fonte), também conhecida por MARGARIDA, tout court, e ainda MARGARIDA VAE A FONTE.Trata-se, ao que tudo indica, de uma canção composta entre 1900-1903, no âmbito de uma peça de teatro musical, não se pode adiantar se em Lisboa, se no Porto».
Não tendo encontrado muito sobre o tema (numa rápida pesquisa na internet), creio que, em Portugal, haverá relação quer com a Leonor do poema Descalça vai para a Fonte de Luís de Camões, quer com a Clara (irmã de Margarida) d' As Púpilas do Senhor Reitor (1867), de Júlio Dinis.
6 comentários:
Um poste bem engraçado, que apreciei muito.
Bom dia.
Uma boa e grande seleção.
Vinheta: a BB estará a cantar Gainsbourg? Se assim, for, geminação completa.
Bom dia!
Obrigada, Margarida, por este belíssimo post.
Quinta feliz🌞
MR - Tirei a fotografia da Wikipédia. Tinha a legenda «Brigitte Bardot dans Vie privée (1962)». Bom dia!
APS - Fico feliz! Bom dia!
Maria - Obrigada! Bom dia!
Quando penso numa menina que vai à fonte lembro-me logo dum conto de encantar que eu adorava quando era criança, sobre duas irmãs em que uma era má e indelicada e a outra era a simpática. Quando a irmã bondosa vai buscar água à fonte uma fada disfarçada de velhinha pede-lhe água e quando ela a ajuda é recompensada com flores e pérolas a saírem-lhe da boca sempre que fala; quando é a má e esta recuse ajudar a velhinha é castigada saindo-lhe escorpiões e sapos da boca.
M - Acho que já li esse conto (pela Ana de Castro Osório, seria?) Bom Domingo!
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