segunda-feira, 20 de outubro de 2025

In Memoriam: Fátima Rodrigues (1948-2025)

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«Se eu não morresse, nunca! E eternamente
Buscasse e conseguisse a perfeição das cousas!»
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Morreu ontem, com 77 anos, a minha querida tia Fátima. Ao procurar em casa da minha mãe, ontem, uma boa fotografia dela, deparei-me com muitas outras de há muitos anos. De uma realidade não muito longínqua - há 44 anos - que já não parece a mesma realidade. Muitos dos protagonistas dessas fotografias já morreram, incluindo o marido dela, o tio Henrique. Eram duas das melhores pessoas que conheci na minha vida.

Detesto a morte e não há nada que me faça pensar o contrário. Detesto o vazio que ela deixa, detesto a ausência irreversível, vagamente substituída pelas boas memórias, com ou sem fotografias.

Espero sinceramente que haja algum tipo de vida depois da morte, onde um dia nos possamos reencontrar.

Ficam algumas memórias desse tempo, mas também a biografia da minha tia, no livro Cesário Verde, Recepção Oitocentista e Poética, publicação da tese de Mestrado, em 1998:

«Fátima Rodrigues nasceu em 1948. Licenciada em Filologia Românica (1970) e Mestre em Literatura Portuguesa (1995). Professora do Ensino Secundário, exerceu, como assistente convidada, a docência de Didáctica de Literatura na Faculdade de Letras de Lisboa, de 1990 a 1993. Organizou, em colaboração, antologias para a disciplina de Português do 10.º ao 12.º anos, participando em projectos de inovação no âmbito desta disciplinas».
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Dedicatória do livro O Rapaz de Bronze, que a minha tia me ofereceu, com um poema dela e do tio Henrique.
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A tia Fátima, a tia Eduarda e o meu primo João (1981)

A minha mãe, o meu pai e a tia Fátima
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Em baixo: o meu pai, julgo que o tio Beto e o tio Henrique


3 comentários:

MR disse...

Um grande abraço.

MR disse...

Este Cesário já me passou pelas mãos.

APS disse...

Acompanho, respeitosamente.