Ramon Casas i Carbó, Autoportrait dans l'atelier (1882).
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«Ver é ser visto. Olhar é ser olhado. A reflexibilidade especular da visão prolonga no mundo a reversibilidade sensível do corpo – que ao ver-se e tocar-se é visto e tocado -, como se o olhar que abre a nossa pele ao olhar dos outros a transportasse assim para as coisas e as recobrisse com uma pele-espelho que nos reflectisse».
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José Gil (1994).
3 comentários:
Magnífico!
O espelho, os pormenores, a decoração e, finalmente, o olhar do lado do espelho, tudo me deleita. Beleza é o que aqui vejo.
As palavras de José Gil são sublimes.
Um todo de imagem e palavras formam a beleza deste post. Onde posso encontrar José Gil?
Eu só o descobri há pouco tempo em artigos dispersos. Este texto é de um catálogo de uma exposição sobre auto-retrato (O Rosto da Máscara) e há também um texto no livro "O Impulso Alegórico". Também ando com curiosidade de ler mais textos dele.
Obrigada pela visita e bom Domingo!
Gostei muito deste quadro, pelo detalhe, pela luz, pela composicao da imagem, em que todos os elementos nos dao informacao sobre o autoretratado.
Muito bom!
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