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Retrato do artista quando coisa
A maior riqueza
do homem
é sua incompletude.
Nesse ponto
sou abastado.
Palavras que me aceitam
como sou
— eu não aceito.
Não aguento ser apenas
um sujeito que abre
portas, que puxa
válvulas, que olha o
relógio, que compra pão
às 6 da tarde, que vai
lá fora, que aponta lápis,
que vê a uva etc. etc.
Perdoai. Mas eu
preciso ser Outros.
Eu penso
renovar o homem
usando borboletas.
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4 comentários:
Nunca é demais lembrar Manoel de Barros. Até porque é pouco conhecido em Portugal e pouco divulgado, senão em círculos restritos, no Brasil - basta lembrar que o último Prémio Camões galardoou A. Costa e Silva, poeta francamente menor, do Brasil...
Do pouco que conheço, gosto muito. Bom dia!
Margarida,
Também achei este poema lindo.
:)) Obrigada.
Gostei muito das borboletas.
Beijinho.
Ana - O poema descobri no seu post do Prosimetron e gostei muito. E as borboletas são de facto bonitas. Beijinhos!
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