sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015

Ambiguidade

Samuel van Hoogstraten, A Peepshow with Views of the Interior of a Dutch House (c.1655-1660, via Old Paint)
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«A sua essencial, permanente ambiguidade. A pintura não fixa instantes porque não pode; insinua pensamentos, sentimentos, momentos metafísicos, e nisso reside, quanto a mim, a sua natureza ambígua e ilusionista que faz com que nunca estejamos certos de qual é realmente o seu conteúdo, mal-grado a eventual fidelidade às aparências.»
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Nikias Skapinakis (2010), citado por Leonor de Oliveira, Nikias Skapinakis, col. «Pintores Portugueses», Quidnovi, 2010, pp. 53-54.

6 comentários:

MR disse...

Estes interiores holandeses são magníficos.

LuisY disse...

Margarida

Talvez não tenha havido ninguém como os holandeses para pintar interiores e o texto que escolheu para esta obra está muito adequado.

De facto olhamos para esta pintura com uma curiosidade de voyeur, Queremos entrar no quadro, ver mais coisas, penetrar na sala ou talvez numa das outras divisões e ficamos indecisos no hall. Também não sabemos se ele corresponde a uma vista real, se ao interior de uma casa de bonecas, dessas que os holandeses encomendavam no século XVII. Ao mesmo tempo parece que esta vista de um interior foi captada por qualquer instrumento óptico. Enfim, uma obra serena, mas cheia de ambiguidades, capaz de nos despertar toda uma série de sentimentos e sensações.

Um abraço

ana disse...

Adoro a "paisagem" dos interiores holandeses.

Beijinho. :))

Margarida Elias disse...

MR - Concordo consigo.

LuisY - Gostei imenso da sua análise sobre este interior. A pintura holandesa do século XVII é riquíssima de leituras, apesar da sua aparente simplicidade. Desconhecia essa questão das casas de bonecas e tenho de pesquisar sobre elas. Obrigada!

Ana - São paisagens interiores, de facto... Bjs! :-)

Presépio no Canal disse...

:-) Lindo! Pela simplicidade, pela luz, pela vida íntima que deixa adivinhar...

Margarida Elias disse...

Gosto muito de arte holandesa, nomeadamente do séc. XVII. Bjns, Sandra!