Richard Long, Small White Pebble Circles (1987, Tate Modern, Londres)
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As pedras
As pedras falam? pois falam
mas não à nossa maneira,
que todas as coisas sabem
uma história que não calam.
Debaixo dos nossos pés
ou dentro da nossa mão
o que pensarão de nós?
O que de nós pensarão?
As pedras cantam nos lagos
choram no meio da rua
tremem de frio e de medo
quando a noite é fria e escura.
Riem nos muros ao sol,
no fundo do mar se esquecem.
Umas partem como aves
e nem mais tarde regressam.
Brilham quando a chuva cai.
Vestem-se de musgo verde
em casa velha ou em fonte
que saiba matar a sede.
Foi de duas pedras duras
que a faísca rebentou:
uma germinou em flor
e a outra nos céus voou.
As pedras falam? pois falam.
Só as entende quem quer,
que todas as coisas têm
um coisa para dizer.
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Maria Alberta Menéres, Conversas com versos
6 comentários:
Gosto muito de Maria Alberta Menéres. Belo poema. E imagem também.
Bom dia! :-)
Bjns!
Também gosto :-)) Beijinhos!
Já conhecia o poema que acho bonito, e a imagem também é muito interessante.
Boa tarde:)
Obrigada! :-)
Margarida,
Gosto muito deste poema e liga muito bem com a instalação(?).
Adoro este círculos são representativos do tempo e da nossa vida.
Beijinho. :))
Também gosto! Bjns! :-)
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