Gustave Courbet, L'Atelier du Peintre (1855, Museu de Orsay, Paris)
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«Além do artista, há duas figuras femininas características, que tradicionalmente ocupam o atelier, e das quais apenas uma é real: a musa e o modelo. Que estas não raro se fundem numa só pessoa, ilustra-o a pintura de Gustave Courbet L’atelier du peintre (1855) (…). A figura feminina no centro do quadro pode ser interpretada como um modelo, que mal encobre, durante um intervalo, a nudez a que obriga a sua profissão. Porém, ela não se oferece ao olhar do pintor; está atrás dele. E esta atitude é mais da musa que inspira o artista – o qual, aliás, não está a pintar uma mulher, mas sim uma paisagem (…)».
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Dominik Müller, «Klause – Werkstatt – Liebesnest – Salon», in K+A, Kunst +Architektur in der Schweiz, Kunstlerhäuser und Ateliers, N.º 1, 2015, pp. 34-40.
3 comentários:
Pertinentes observações de Dominik Müller.
Bom dia.
Gosto muito de Courbet. E gostei de ler esta apreciação do quadro.
Schubert é dos dos compositores que mais oiço.
Boa semana!
APS - Também me pareceram. São daquelas observações que, depois de se lerem, já não se consegue olhar para o quadro sem pensar nelas. Bom dia!
MR - :-) Boa semana!
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