sexta-feira, 3 de julho de 2009

Encontrar a Beleza

Vihelm Hammershoi, Hvile - Repouso (1905, Museu d'Orsay, Paris)
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A minha última descoberta em pintores que aprecio é este artista dinamarquês, Vihelm Hammershoi (1864-1916). As suas obras são de uma beleza repousante e extraordinária, na minha opinião. O Museu de Orsay refere-o como um seguidor de Vermeer ou percursor de Hopper. Talvez...
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«O que os neurocientistas reconheceram é que, quando bem-sucedida, a arte intensifica ou aprofunda os conteúdos emocional, perceptual e cognitivo de experiências que ocorrem em muitos outros contextos não estéticos, incluindo a própria vida quotidiana. Não é propósito da arte (...) o retrato ou a representação fiel da realidade, mas sim ampliá-la, transcendê-la ou até mesmo distorcê-la. Esta é também a forma que a arte encontrou para conhecer a verdade e criar beleza e, embora a definição desta continue a iludir-nos, o conceito de beleza é ainda o valor estético mais seguro. Por seu lado, os neurocientistas continuam a busca incessante para lhe apreender o sentido e revelar a sua intimidade biológica. Mas não seria melhor preservar-lhe o mistério?».
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João Lobo Antunes (2008).

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