Fotografia de Margarida Elias, Vivenda S. José (Lisboa, 2009).
(Campo Grande 191, 1920, decoração interior do pintor Gabriel Constante).
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Em 1788, o Intendente Pina Manique manda elaborar o projecto do Passeio Público do Campo Grande, onde Alvalade mantém todas as características de “Campo”, constituindo uma das mais interessantes alamedas de Lisboa. Incluído na periferia do Lumiar até ao século XVII, e no Concelho de Loures até há pouco mais de cem anos, o Campo Grande – local de treino militar no século XVI… –, viu nascer em seu redor novos retiros e solares onde os lisboetas procuravam viver horas de folga ou noites de paródia, com fados, petiscos, esperas de touros ou saraus. Dos retiros, foi o Quebra-Bilhas, com grandes tradições gastronómicas, que chegou até aos nossos dias, mais propriamente até 2005 (...). Dos solares, o melhor exemplar é o Palácio Pimenta (Museu da Cidade), com os seus magníficos pátios e interiores. O aspecto actual do Campo Grande (Keil do Amaral, 1950), com os seus lagos e palmeiras, não difere muito do imaginado pelo Conde de Linhares há duzentos anos atrás. Ainda que a ideia de fazer do Campo Grande uma alameda remontasse aos finais do século XVII, apenas em 1801 é que o Príncipe Regente, D. João VI, dá ordens para reformular a área onde anualmente – nos meses de Outubro – era realizada a célebre feira de gado, de ourivesaria, panos e quinquilharias, junto da Igreja dos Santos Reis Magos.
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