Jacques Emile Blanche, Fillette (Lucie Esnault au Pysche).
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Gosto de muito de ver espelhos na pintura (ou na fotografia), quer pelos jogos que permitem com o espectador, quer pelo valor simbólico ou textual que se pode ligar ao tema. Muitas vezes se associa o espelho negativamente à ideia de vaidade (e daí o seu uso em pinturas com temas ligados à vanita), mas o espelho pode ter também um valor positivo (de verdade) ou lúdico - ao multiplicar os espaços representados e jogando com as expectativas do espectador. Os exemplos são numerosos, por exemplo, desde Van Eyck e Velásquez, até aos quadros cubistas com colagem de espelhos.
Creio que é o lado lúdico que é explorado neste quadro. Aqui o espelho duplica a imagem da menina e permite-nos ter uma percepção mais abrangente do espaço em que ela se insere.
E, já agora, ainda a propósito dos espelhos, fica também uma citação:
«You use a glass mirror to see your face; you use works of art to see your soul» (George Bernard Shaw).
5 comentários:
A citacao e forte! Adorei!
Tambem gosto muito do aspecto ludico dos espelhos na pintura.
Bjs!! :-)
Sandra: Obrigada! Bj!
Gostei muito da tela e da citação.
Sinto exactamente o que a citação e a margarida foca!
Beijinhos e é sempre bom passar por aqui. :)
Ana: Muito obrigada! É sempre bom que passe por aqui!!:))
Olá, Margarida! à procura de uma imagem de Jacques-Émile Blanche ( e Proust...) vim dar ao seu blog.
Beijinhos. Gostei muito do que vi!
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