Claude Monet, The Artist's house at Argenteuil (1873, Art Institute of Chicago).
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O lugar da Casa
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Uma casa que fosse um areal
deserto; que nem casa fosse;
só um lugar
onde o lume foi aceso, e à sua roda
se sentou a alegria; e aqueceu
as mãos; e partiu porque tinha
um destino; coisa simples
e pouca, mas destino:
crescer como árvore, resistir
ao vento, ao rigor da invernia,
e certa manhã sentir os passos
de Abril
ou, quem sabe?, a floração
dos ramos, que pareciam
secos, e de novo estremecem
com o repentino canto da cotovia.
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Eugénio de Andrade.
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Uma casa que fosse um areal
deserto; que nem casa fosse;
só um lugar
onde o lume foi aceso, e à sua roda
se sentou a alegria; e aqueceu
as mãos; e partiu porque tinha
um destino; coisa simples
e pouca, mas destino:
crescer como árvore, resistir
ao vento, ao rigor da invernia,
e certa manhã sentir os passos
de Abril
ou, quem sabe?, a floração
dos ramos, que pareciam
secos, e de novo estremecem
com o repentino canto da cotovia.
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Eugénio de Andrade.
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Obrigada Ana pelo poema!
7 comentários:
Que post maravilhoso, Margarida!
O quadro e lindissimo e o poema e belo!
Eu gosto muito de Eugenio de Andrade!
Adorei este post!
Beijinhos!
Sandra: Ainda bem que gostaste. O poema foi-me enviado pela Ana e gostei imenso dele. Muitos beijinhos!
Muito bonito Margarida, de bastante bom gosto, o poema e a tela.
bjs das 5
Margarida,
Obrigada pela surpresa. A tela é linda.
Beijinho! :)
Cozinha dos Vurdons: Obrigada!:)
Ana: De nada! Muitos beijinhos!
E quem não quer uma casa assim?
Tudo muito bonito, Margarida.
Obrigada e um beijinho!
(e obrigada também à Ana, por esta mediação :))
Tem razão Sara! Bjs!:)
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