Fotografias do Panteão Nacional, em Lisboa (2013)
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Vamos-te construindo com mãos a tremer
e pomos, em torre, átomo sobre átomo
Mas quem pode concluir-te,
Catedral?
O que é Roma?
Desmorona-se.
O que é o mundo?
Despedaça-se
antes de as tuas torres terem cúpulas,
antes que de milhas de mosaico
surja a tua fronte resplandecente.
Mas muitas vezes em sonho
posso abarcar
o teu espaço,
fundo, desde início
até à aresta dourada do telhado.
E vejo então: os meus sentidos
formam e constroem
os últimos ornatos.
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Reiner Maria Rilke.
2 comentários:
Belas fotos, belo poema. Adorei o post, que me trouxe um cheirinho de Lisboa.
Obrigada Sandra! Já vieste cá ou ainda vens, este ano? bjns!
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