«(...) Sabe, por exemplo, que uma grama de pólen é como um grama de si mesmo, docemente predestinado ao lodo germinal, ao mistério daquilo que se erguerá vivo dos ramos, de frutos e de filhos, com a bela certeza das transformações, do começo inevitável e do necessário final, porque o que é imutável encerra o perigo do eterno, e só os deuses têm tempo para a eternidade»
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Luís Sepúlveda, As rosas de Atacama, Porto, Edições Asa, 2000, p. 10.
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