Natura morta con fruttiera di vetro colma e vasi (63-79 d.C, Praedia di Iulia Felix, Pomepeia) (Museo Archeologico Nazionale, Nápoles)
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O "trompe l'oeil" é considerado um importante princípio criativo na história da natureza morta, pois a sua prática requeria um estudo intensivo das leis da óptica. Os "trompe l'oeil" são populares desde a Antiguidade e foram produzidos na Idade Média, existindo exemplos na pintura de Giotto.
Giotto, Fresco da Capela dos Scrovegni na Arena de Pádua (1304-1306, Pádua)
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O ilusionismo desenvolveu-se no séc. XV, ligado ao pensamento empírico que procurava a experiência directa e a observação da natureza.
O interesse pelo "trompe l'oeil" também surgiu na Itália de Quatrocentos, através dos embutidos em madeira, que reproduziam verdadeiros quadros de natureza morta. Estes embutidos exibem um elevado grau de abstracção, pelo monocromatismo e estilização formal.
Posteriormente, a natureza morta em "trompe l'oeil" continuou a estar em voga, nomeadamente na arte barroca, pelo seu carácter sedutor de surpresa e encenação. No entanto, podem-se encontrar obras em "trompe l'óeil" aplicadas a outros temas e até aos dias de hoje.
Salvador Dali, Overture in trompe l'oeil (c. 1972)
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Norbert Scneider, Still Life Painting in the Early Modern Period, Taschen, 1994.
2 comentários:
Margarida,
Uma beleza esta postagem. Gosto do efeito do trompe l'oeil.
Beijinho. :))
Eu também gosto muito - assim como gosto de arte barroca e de naturezas mortas. Bjns! :)
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